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6/30/2007


ÓBVIO ULULANTE

Desmatamento zero na Amazônia minimizará o aquecimento global

Brasília – A queima em escala, no penúltimo século, de petróleo e carvão; o pantagruélico consumo de carne de gado; e o desmatamento do planeta alteraram a temperatura da Terra em menos de um grau centígrado. Um desvio milimétrico da coluna vertebral causa dores no corpo todo, até nos olhos. Da mesma forma, o aumento centesimal que seja da temperatura da Terra causa cataclismos de toda ordem em todas as regiões do planeta.
Já não há mais como reverter o problema. A única atitude que a raça humana pode tomar, agora, é criar um arcabouço jurídico, financeiro e econômico global focado no desenvolvimento sustentável do planeta, com o objetivo de que nossos descendentes sejam felizes. E depois, além do desmatamento zero na Amazônia minimizar o aquecimento global, representa a exploração sustentável do maior patrimônio biológico da Esfera Azul.
O Brasil é o quarto poluidor do mundo, atrás dos Estados Unidos, Japão, China e Índia, e a contribuição do Brasil com o aquecimento global é, simplesmente, o desmatamento. Assim, basta que os parlamentares criem uma lei de desmatamento zero, apenando os bandidos do meio ambiente com cadeia, inclusive, se for o caso, prisão perpétua.
Arrasar florestas, como se faz na Amazônia, da qual são torados pelo menos escandalosos 12,5 mil quilômetros quadrados de árvores por ano, é estupidez. É como se uma quadrilha assaltasse um banco por dia com ajuda do estado.
A Amazônia é um patrimônio da humanidade de fato. Assim, os caboclos estão pagando pela destruição da Amazônia, conseqüência da irresponsabilidade criminosa da máfia de colarinho branco e daqueles que se locupletam nessa bacanal; os caboclos são eviscerados a motosserra – escravidão, tráfico de mulheres e crianças para escravidão sexual, assassinatos recrudescem na hiléia.
A bancada boa da Amazônia no Congresso Nacional precisa deixar de timidez. Por que é tão tímida? É necessário berrar alto. Berrar limpa os pulmões e a alma.

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Cortesia do site ABC Polítiko

6/24/2007

Campanha Social


Todos nós sabemos que a linguagem publicitária é composta por técnicas psicológicas, estéticas e mercadológicas e que exercem um profundo poder de persuasão na consciência das pessoas. Quando esta mesma linguagem é feita com ética, a coletividade tende a ganhar muito do ponto de vista social e moral.
Formar essa consciência cidadã entre as novas gerações de publicitários e, sem dúvida, um grande desafio. Digo desafio porque esses jovens podem facilmente se deslumbrar com uma linguagem que trabalha com o encantamento e com as fantasias das pessoas e concluir que a ética seja algo secundário em sua profissão. Acabam por acreditar na categoria da genialidade da criação de imagens sedutoras e sem nenhuma responsabilidade moral.
Mas talvez estejamos respirando um ar de renovação nas faculdades de publicidade. Esse é o caso dos alunos de produção publicitária da Faculdade de
Tecnologia da Amazônia que campanha “Sou cego, mas você quem não me vê” como trabalho de conclusão de módulo e criado especialmente para da Associação Paraense das Pessoas com Deficiência. A campanha fala da indiferença das pessoas em relação à vida dos cegos. Mas o que mais chama a atenção é que essa campanha não é ditada pelo tradicional tom de piedade. O que ela diz claramente é que existe um outro tipo de cegueira: a cegueira moral. Ela nos faz lembrar inclusive de uma máxima moral de Platão na famosa alegoria da caverna que dizia que ter olhos não é a mesma coisa que perceber e, portanto, nos levaria a perguntar: de que vale ter olhos se ele não serve para produzir conhecimento?
Desse modo, é bastante louvável uma campanha como esta, feita por alunos de publicidade e que estão aprendendo uma das lições mais importantes nesse curso, a saber: que o ser humano não pode ser reduzido à esfera de uma mercadoria, de uma coisa vendável.

Amaury de Souza Filho
appd.appd@yahoo.com.br

(Transcrito do Diário do Pará, de ontem, sábado, 23 de junho de 2007 – Espaço do Leitor).

Em tempo – A Campanha que o Amaury Filho – presidente da Associação Paraense das Pessoas com Deficiência (APPD) – se refere foi lançada e apresentada aos dirigentes da APPD, na noite de sexta-feira/23, como se vê na foto, tendo Amaury - o quarto da esquerda para direita - deficientes e o pessoal do projeto, Alexandre Filizola, Érica Macedo, Igor Lopes, além de Hélio Doria Jr.

RENANGATE

Caso Renan mostra o quanto a Amazônia é importante

Brasília – O presidente do Senado, Renan Calheiros, não precisa se preocupar com essa ondinha que a imprensa está fazendo sobre ele. E depois, o Brasil precisa de gente como Renan, um dos mais representativos caciques do PMDB, liderança que divide com o senador maranhense José Sarney e com o deputado federal paraense Jader Barbalho, dois dos maiores políticos brasileiros, que ajudaram a escrever a história recente do país. São tão importantes que de Jader, Lula beijou a mão; quanto a Sarney, ouve-o antes de tomar qualquer atitude de grande estadista que Lula é – grande líder da América do Sul, à frente inclusive de Hugo Chaves, de Evo Morales e de Rafael Correa.
Aqui, faço um parêntese, para dizer que Lula ganhou um grande reforço no quadro de seus conselheiros, ao chamar para dirigir o trigésimo e tanto ministério (perdi a conta), a imprescindível Sealopra (Secretaria de Assuntos de Longo Prazo), o filósofo Mangabeira Unger, para quem já providenciou mais de 600 aspones ganhando os tubos, e um carrão para o filósofo relaxar a gozar o “puder”. Falar em relaxar e gozar, Lula reforçou seu ministério com outra importante figura, a ministra do Turismo, Marta Suplicy. Sobre ela, não é necessário tecer qualquer comentário, pois todos sabem da sua capacidade de trabalho, demonstrada como prefeita de São Paulo, e da sua brilhante verve.
Voltando a Renan Calheiros, trata-se de um produtor de supergado. Renan, aliás, deverá ser o sucessor de Lula. Se o país cresce, agora, como uma China ocidental, avalie-se com Renan comandando o destino dos brasileiros!
Mas por que a Amazônia é importante nessa história? Por causa de três senadores biônicos e um pára-quedista. O primeiro deles é Sibá Machado, do PT do Acre. Sibá não tem um voto furado sequer, mas colocou o Acre na mídia nacional com sua atuação ímpar como presidente e relator do Caso Renan no Conselho de Ética do Senado. Quem derrubará Renan com um cara desses na defesa dele?
Além de Sibá, Renan conta com Gilvam Borges, do PMDB do Amapá. Gilvam tem em comum com Sibá que também não tem voto. Gilvam é tão macho que já quis anexar ao Brasil a Guiana Francesa; quis acabar com o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil; e é veemente defensor do nepotismo.
O pára-quedista é o senador maranhense José Sarney, imortal da Academia Brasileira de Letras; ex-presidente da República; ex-presidente do Senado; o homem que tornou o Maranhão o estado mais rico do país; intransigente defensor da liberdade de imprensa. Os amapaenses o amam tanto que lhe deram vaga vitalícia no Senado. O PMDB do Amapá disse para a cabocada (sic) do curral eleitoral que não há nada mais chique do que ter um ex-presidente da República como senador, muito mais para um Território Federal que estava começando a ser estado.
E depois, qual é o crime de Renan? Só porque um lobista estava pagando pensão para a filha de Renan com sua ex-amante? Só porque Renan tem a boiada mais vitaminada do país, igual as super-rãs de Jader Barbalho? Só porque espalhou-se, criminosamente, o boato de que o Senado seria utilizado para encontros amorosos? Inveja! Tudo isso é inveja de Renan. Renan sairá do Senado diretamente para a poltrona de Lula, no Planalto.

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Cortesia do site ABC Polítiko

Padre CID completa 29 anos de sacerdócio


Neste dia festivo de São João, a comunidade católica de Icoaraci – distrito de Belém do Pará - comemora os 29 anos de vida sacerdotal do padre Raimundo Possidônio Carrera da Mata, ou simplesmente Padre CID titular da Paróquia de São João Batista e Nossa Senhora das Graças, - a mais antiga da chamada “Vila Sorriso”.
É-me muito grato falar deste homem de Deus, meu amigo, meu irmão e meu pastor, no esplendor dos seus 54 anos.
Nascido aqui mesmo em Icoaraci, bom menino, bom filho e temente a Deus, desde cedo manifestou aquela imensa vontade de servi-lO mais e melhor.
Concluído o antigo curso primário e o ginásio, o piedoso jovem, morador da Travessa Souza Franco, próximo a Rua Siqueira Mendes (Antiga 1ª Rua) ingressou no Seminário São Pio X.
Após anos de estudos (Filosofia, Teologia, etc) no dia 24 de junho de 1978, Raimundo Possidônio foi ordenado sacerdote pelo falecido (e sempre lembrado) D. Alberto Gaudêncio Ramos para sempre “...Tu es sacerdus in aeternum segundo ordinem Melchisedeque”.
Nesses quase seis lustros de intensa vida apostólica, Raimundo Possidônio – carinhosamente chamado de “CID”, em alusão ao grande e legendário herói espanhol, ativo, destemido e empreendedor, apelido adquirido desde menino, exerceu muitas atividades.
Há cerca de cinco anos, “CID” por seus méritos, foi escolhido pela Arquidiocese de Belém – e especialmente pelo então Arcebispo Metropolitano de Belém, Vicente Zico, atual Arcebispo Emérito - para fazer Doutorado em “História da Igreja” na Universidade Gregoriana, Roma, em virtude do trabalho desenvolvido ao longo de 25 anos – pela da Igreja, com fé, piedade, devotamento, zelo e entusiasmo.
Após três anos de intensa atividade acadêmica “CID” que escreve a tese de pós-graduação que tem como tema A Igreja na Amazônia e o Episcopado De D. Alberto Ramos, após entregar ao diretor da tese o 1ª capítul0o (Contexto geral da história da Igreja na Amazônia, do séc. XVII aos inícios do século XX), teve que retornar a Belém. “Para poder relaborar os outros capítulos - mais 3 - e, ao mesmo tempo para pesquisar sobre a Igreja Regional, cujos documentos e fontes só se encontram aqui, nos arquivos, academias, institutos etc.”
As muitas atividades desenvolvidas pelo nosso “CID”, como pároco, professor do Seminário e Chefe do Cerimonial da Arquidiocese de Belém o impediram de retornar a para escrever, concluir e defender ante a uma banca examinadora de alto nível a sua tese de Doutorado. “CID” será, como disse muitas vezes nos meus artigos, Santo Agostinho e tantos outros, “Doutor da Igreja”, para o gáudio da gente icoaraciense.
Quando esteve em Roma, “CID” não se encontrou com o saudoso papa João Paulo II. Participou de várias missas jubilares na Praça de São Pedro ou na Basílica. Ele disse, na época, “que não é lá muito fácil conseguir audiência com o Pontífice, “sobretudo neste tempo de tantas solicitações de grupos que vão a Roma para o jubileu. Mas não faltará oportunidade.”
Infelizmente não deu.
Agora “CID” só verá o grande Pontífice – um dos maiores que a Igreja já teve, no céu.
“CID” esteve por algum tempo servindo na Igreja de Sant’ana, devido à ausência do então titular, padre Jaime Sidônio – ele já esteve em Icoaraci -, que tirou alguns meses de licença.
Também esteve, por duas vezes, à frente da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição do Outeiro e Ilhas Adjacentes onde realizou um excelente trabalho –eu sou testemunha – fazendo com que retornasse à Vinha grande quantidade de operários.
Deixou muitas saudades.
Após Outeiro, foi designado para Icoaraci.
Quanto não está mergulhado nos livros e pesquisando na internet, “CID” está na casa de sua família em Itaiteua – um bairro do Outeiro -, onde normalmente se refugia nos finais de semana, quando lhe sobra tempo.
“CID” como todos os grandes homens, é modesto.
Certa ocasião pedi ao Padre “CID”- como disse linhas acima, meu irmão querido em Cristo, a quem estimo como se realmente fosse - uma fotografia para ilustrar uma matéria sobre ele.
Além de não possuir nenhuma onde se encontrava, lembrou que os seus "bagulhos" estão espalhados por aí: em Itaiteua, e na casa dos irmãos em Icoaraci... “depois, não vale a pena estragar o seu jornal e a sua página na internet com uma "beleza" como a minha...
É o que ele pensa.
“CID” é belo no coração, na aparência – os cabelos brancos prematuros que teimosamente começam a aparecer dão o maior charme ao maninho -, e nas atitudes firmes e decididas. Um verdadeiro sacerdote plenamente identificado com Arcese Cristã e com a atualidade apostólica. Icoaraci tem muito orgulho do seu pastor que eu, sem heresia, carinhosamente chamo de “D. CID”.
É como eu sempre digo e repito: quiçá a Igreja tivesse uns 100 padres como ele!
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A Comunidade de São João Batista, regozijada pelo transcurso dos 29 anos de vida sacerdotal do padre Raimundo Possidônio Carrera da Mata – “Padre CID”- seu conterrâneo e pároco de São João Batista e Nossa Senhora das Graças, através deste veículo, o cumprimenta efusivamente desejando muitas felicidades e que continue sendo o padre simples, amigo, conselheiro e companheiro.
E que Deus O abençoe sempre nas suas ações e na missão de conduzir a primeira Igreja de Icoaraci até a Jerusalém celestial.
Aproveitando o espaço da internet, quer dizer ao mundo do seu orgulho de tê-lo como irmão e Pastor – Bom Pastor.
Eu, também, aproveito a deixa para reforçar tudo o que a comunidade deseja ao “CID” para dizer-lhe:
Obrigado, irmão.
E que Deus esteja com você, hoje, amanhã e sempre.
Parabéns, “CID”.

6/21/2007

Campanha Social dos alunos da FAZ


Haroldo, Hélio, Erika e Igor - Primeira apresentação do projeto

■ Este trabalho foi inicialmente proposto como tema para o TCM (Trabalho de Conclusão de Módulo), sob a orientação do Professor Heraldo Cristo, na FAZ - Faculdade de Tecnologia da Amazônia, Belém, Pará, 2007. Devido a sua complexidade e também a sua relevância social, os membros do grupo decidiram aprofundar o tema desenvolvendo-o conjuntamente em todas as disciplinas do segundo semestre do curso de Produção Publicitária. Assim sendo, ele foi abordado subjetivamente na disciplina de Psicologia Publicitária, da Prof. Célia Amaral; objetivamente em Pesquisa de Mercado, do Prof. Eduardo Ventura; analisado em Mercadologia, da Prof. Karla Gil; destinado em Planejamento de Mídia, da Prof. Christiane Dias; e destrinchado em Planejamento Estratégico, da Prof. Rosilene Vieira.
A APPD (Associação Paraense das Pessoas com Deficiência) foi escolhida como a destinatária do estudo e esforços de campanha. Como as diferentes deficiências exigem diferentes abordagens, definiu-se como meta da ação, a deficiência visual.
Através de pesquisas realizadas junto aos membros da própria associação e as referências bibliográficas relacionadas ao final do trabalho, entendeu-se que existem ações sociais, públicas, privadas, leis, que poderiam ser adotadas na ação publicitária. Porém, todas exigem graus de complexidade e investimentos que demandariam tempo de retorno de médio e, principalmente, de longos prazos. A ação mais simples, imediata e que ainda assim agrega grandes benefícios à qualidade de vida dos deficientes visuais, é a sensibilização social. Com o engajamento ou, pelo menos, uma maior compreensão das pessoas a cerca da realidade e das necessidades dos cegos, há a formação de uma base para que se trabalhe futuramente todas as outras questões com maior eficiência. E a capacidade individual de cada um interferir diretamente ao auxiliar um cego em atividades quotidianas, é de grande impacto para eles, que começariam a usufruir destes benefícios ao mesmo tempo em que a campanha ocorre.
O mote estabelecido foi: “Sou cego, mas é você que não me vê”. Esta frase, associada às peças publicitárias evidenciando o “cego invisível na sociedade”, traduzem a intenção de despertar a atenção social para a questão.
A divulgação de massa mostrou-se como a forma mais eficiente para disseminação do conceito, uma vez que toda a população belenense é eleita para esta sensibilização.
A árdua tarefa acadêmica dos primeiros dias, aos poucos foi cedendo espaço ao carinho e empenho pessoal dos membros da equipe ao redor desta causa. E eles, que hoje consideram um privilégio terem tomado contato com a realidade dos deficientes visuais, certamente consideram-se tocados por esta causa e para sempre modificados em suas realidades individuais através deste fio de luz, que os permitiu vislumbrar um pouco deste mundo “às escuras” e nele enxergar o cego, antes invisível aos olhos da mente e do coração.

6/19/2007

Oseás Silva Jr: “Semad resgatou memória documental do município”

Foto: Antônio Silva
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Há dois anos, os documentos da Secretaria Municipal de Administração estavam jogados em local impróprio, como o banheiro, um desrespeito à memória do município, segundo o titular da Semad, Oséas Batista Júnior. Eram documentos de nomeações, exonerações, salário-família, aposentadorias, licenças, gratificações, leis, decretos e bibliografias. Para preservar a memória documental de Belém, a Semad, por meio de seu Núcleo Setorial de Planejamento, desenvolveu o Projeto de Gestão da Documentação Administrativa (GDA).
Estagiários da Universidade Federal do Pará tiraram os documentos, que se encontravam em blocos, os grampos e os clipes de ferro, substituindo-os por material de plástico. Poeiras, detritos e microorganismos também foram retirados da documentação. Atualmente, esse material está ordenado por mês, ano, alfabeticamente, em caixas de arquivo identificadas e guardadas em estantes de ferro na sede da Semad. Essas informações foram divulgadas durante o I Fórum Municipal de Gestão de Documentação Administrativa, realizado pela Semad, que, iniciado na manhã de segunda-feira, 18, terminou nesta terça-feira, 19, no auditório do Museu Paraense Emílio Goeldi.
Importância - O secretário Oséas disse que o fórum é importante porque é o início de um projeto mais ousado da prefeitura - a criação do Arquivo Público Administrativo Municipal. Segundo ele, o projeto de Gestão da Documentação Administrativa (GDA), é uma nova política pública que objetiva desenvolver e unificar a gestão documental administrativa, promovendo uma unidade nos procedimentos técnicos, além de estabelecer diretrizes para a preservação, resgate, divulgação e acesso à documentação em toda a esfera administrativa municipal.
Durante os dois dias do fórum, a Semad forneceu informações sobre como encontrou os documentos e os procedimentos adotados para organizá-los e higienizá-los, aumentando sua vida útil. A coordenadora do Arquivo Museu Paraense Emílio Goeldi, Aldeides Rodrigues, reconheceu a iniciativa do município de Belém, destacando a "sensibilidade" do secretário Oséas. O arquivo, disse ela, é a memória de um povo, falando da importância de que esses documentos sejam devidamente cuidados para que preservem a história. Afinal, como ressaltou o prefeito Duciomar Costa na abertura do fórum, "um povo sem memória não tem história e não pode projetar o seu futuro".
O projeto GDA propõe uma metodologia baseada em três dimensões. A primeira é a valorização do documento como patrimônio público. Os documentos são patrimônios públicos, tanto no sentido administrativo como do ponto de vista cultural. Ou seja, a comunidade delega à prefeitura o dever de zelar por todo o patrimônio. Além disso, são também instrumentos da ação do governo municipal a eficiência e a eficácia.
Memória - A segunda é a preservação da memória administrativa. O direito à memória, do ponto de vista do município, significa não só criar condições para que os pesquisadores realizem suas pesquisas, mas para que a sociedade possa constituir e reforçar sua identidade cultural. Portanto, os documentos administrativos devem ser conservados e organizados de forma que seja um espaço para a pesquisa histórica.
A terceira dimensão é o direito à informação. O acesso à documentação pública, entende a Prefeitura de Belém, é fundamental para se promover o direito à informação. Se a guarda e conservação impedem que se tenha acesso ao seu conteúdo, ela provavelmente estará privando os cidadãos não só do direito à informação como, também, de outros direitos.
Nesta terça-feira, também houve o relato de representantes da Companhia de Informática do Município de Belém (Cinbesa) - que, assim como o Museu Paraense Emílio Goeldi, é uma parceira importante da Semad - e de representantes da Montreal Informática, que falaram sobre tecnologia para gestão eletrônica de documentos, e da Albrás, que relataram experiências da empresa nessa área.

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Dilson Pimentel

6/17/2007



OS RATOS

Brasília em chamas

Brasília
– Naveguei em busca de flores e as encontrei no novo jardim da poeta; quando não publica flores no seu blog, Alcinéa semeia poemas. Precisei de flores porque os sites de notícias tresandam ao miasma da corrupção. Criminosos de colarinho branco, bandidos imunizados, quadrilheiros encastelados em Brasília povoam as páginas da mídia. Os ratos do esgoto labiríntico ameaçam as rosas que desabrocham ao sol. Assim, bati palmas para a poeta e também para a Caneta Sem Fronteira; esses blogs espargem perfume e riso na nossa alma e nos fazem esquecer a lama que enlameia o Brasil.
Dinheiro enlouquece os ratos, que são capazes de assassinar até crianças por dinheiro, roubando-lhes a merenda escolar. Os ratos são compulsivos, não dormem, e mentem o tempo todo. São cegos para flores e surdos para o riso, inclusive o riso das crianças. Seu único prazer é roubar. São capazes de escravizar anjos e furtar as rosas da manhã. Esses ratos são capazes de tudo, até de furtar o perfume dos jasmineiros que choram nas noites tórridas da Amazônia.
Falar em Amazônia, os ratos estabeleceram uma política para a região mais esplendorosa do planeta, a de terra arrasada. Os ratos querem ver a Amazônia fantasmagórica como mulher currada. Alguns ratos da Amazônia são ratazanas. Em Macapá, cidade natal da poeta e minha também, há ratazanas, embora na cidade não haja esgoto. Nem água potável, apesar de Macapá banhar-se na boca do maior rio do mundo.
Foi-se a manhã. O rio da tarde murmura. Encontro-me na minha trincheira, escavada com palavras. As torres do labiríntico Congresso Nacional fincam-se no céu azul tangível da cidade-estado. Começa a tarde. A grama estala como palha, ao sol do Planalto Central. Um automóvel, grande e negro, chapa branca, vence o Eixo Monumental. O vidro da janela de trás, à direita, é baixado e alguém atira um toco de cigarro na grama seca, e a palha logo começa a crepitar.
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Contos – Informo que autografei o livro Trópico Úmido – Três Contos Amazônicos (edição do autor, Brasília, 2000, 116 páginas, R$ 20), na última terça-feira/12, às 19 horas, no T-Bone Açougue Cultural, na Entrequadra 712/713 Norte, Bloco B, Loja 30. Trópico Úmido encerra os contos Inferno Verde, Latitude Zero e A Grande Farra. Selecionei o mais curto especialmente para os leitores do Enfoque Amazônico. Latitude Zero é uma história ambientada em Macapá, minha cidade natal, e datada nos anos sessenta.
Inferno Verde é a história de um jornalista às voltas com o aterrorizante bandido Cara de Catarro, que seqüestra a filha do jornalista para trocá-la por um diamante. O conto se passa em Belém, com desfecho no Marajó. A Grande Farra narra o drama de um candidato a escritor que gasta seu tempo numa grande farra; essa narrativa se passa em Manaus e em Rio Branco. RC

6/04/2007

Alfredo Ramos


Fala Aldemyr!

Conforme te disse, ao me cobrares: Queres mesmo a Coluna
do Alfredo, mesmo fazendo esse frio arretado aqui em Sampa?
Cara. Seguinte: melhor tomar uma caipirinha e ficar de papo pro ar.

Mas fiquei meio cabreiro.
Semana passada passei pelo supermercado e fiz umas compras de emergência. Esqueci o vinho.
Estacionei o “possante” e fui a pé até o boteco da esquina.
Pensei em tomar uma caipirinha, mas fiquei na duvida,,, se o coração ia agüentar. Então pedi um vinho.

- O melhor que tenho é esse, o São Tomé.

- Égua! Não tem o Frei Galvão, não??? Mandei pra dentro rapidinho.

Cheguei a tempo de abrir a porta do banheiro, em casa, e vomitar até as tripas.

- Égua, mais uma vez.
Esse vinho só pode ter sido feito de mistura de álcool e solvente.

E o frio?

- O frio que se dane, vou continuar é vomitando.

Grande Aldemyr, me desculpe.
A coluna dessa semana não ficou bem humorada.
Prometo que na próxima, sairá sem vinho etílico.

Tchau e benção.

São Paulo, 04 de junho de 2006

6/02/2007


NAVALHADA NO BOLSO

José Sarney e Waldez Góes se enredam na Gautama

Brasília – O governador do Amapá, Waldez Góes (PTB), foi pego mais uma vez com o queijo na boca. Assinou um contrato de R$ 143.655.395,68, por meio da Secretaria de Transportes, com a “construtora” Gautama, no dia 28 de abril de 2006 e publicado em 3 de maio do ano passado no Diário Oficial do estado, para a construção de pontes na malha viária amapaense. Embora setores da imprensa do Amapá especulasse sobre o assunto, Waldez Góes fez boca de siri e se amoitou.
A Gautama era sede de uma poderosa quadrilha que fraudava licitações da União, estourada pela Polícia Federal. Até o ex-ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, indicado pelo senador maranhense eleito pelo Amapá, José Sarney (PMDB), caiu na Operação Navalha, planejada pela inteligência da PF.
Waldez Góes, José Sarney e o ex-deputado Gervásio Oliveira (PMDB) constam na relação de políticos que receberam presente da Gautama. A Polícia Federal encontrou documentos com o registro do trio no escritório da “construtora”.
Waldez Góes é o mais atolado. Sua campanha à reeleição foi parcialmente financiada pelo empresário (?) Zuleido Veras, dono da “construtora”. Em 2006, o governador recebeu R$ 200 mil da “empresa”, o segundo lugar em volume de dinheiro doado pela Gautama em todo o país.
A ligação espúria envolveria também a primeira dama do estado, Marilía Xavier Góes. Recentemente, foi publicado um termo aditivo referente às obras do Aeroporto Internacional de Macapá em nome da esposa do governador. A Gautama integra o consórcio Gautama-Beter, responsável pela construção do novo aeroporto, fruto de emendas do senador José Sarney, aliado de primeira hora de Waldez Góes e velho conhecido do quadrilheiro Zuleido Veras.
Em 2006, o Tribunal de Contas da União (TCU) detectou superfaturamento na obra do aeroporto em mais de R$ 50 milhões. Essas irregularidades deverão ser investigadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo. Serão mesmo? Sarney é poderoso, mas o relator da CPI, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), afirmou que pretende convocar para depor o “empreiteiro” Zuleido Veras, caso seja comprovado superfaturamento nas obras de ampliação do Aeroporto de Macapá, administrado pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero).
Também segundo relatório do TCU, foram pagos ao consórcio 9 meses de serviços não-prestados, no valor de R$ 2.040.281,18. Ainda, foi detectada irregularidade na contratação de equipe de apoio administrativo pelo consórcio. Era da responsabilidade da Infraero atender a serviços como o de copeira e de auxiliar de limpeza e a Gautama-Beter apresentou gastos de R$ 22.800 referentes a salários das copeiras por um período de 15 meses. Cada copeira receberia um salário de R$ 1.520, segundo os valores levantados pelo TCU. Já os auxiliares de limpeza receberiam, pelo mesmo período de trabalho, salário de R$ 1.337,60.
Mais, o TCU detectou falhas na contratação de profissionais por prazo superior ao período de execução das obras para as quais trabalhariam no exercício de 2006. O relatório cita uma série de serviços que seriam executados entre 7 e 8 meses, como topografias, instalações elétricas e eletrônicas e instalações mecânicas e de utilidades, mas a mão-de-obra para esses serviços foi contratada para período de trabalho que variava entre 22 e 28 meses.
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Com informações do site Folha do Amapá (www.folhadoamapa.com.br)Cortesia do site ABC Polítiko

Mais um conto de Luiz Lima Barreiros (9)


NOVELA BOSSANOVE

(Narrada por um ângulo mais que restrito)

1º capítulo
Ela, inicialmente, inclusive para se eximir um pouco de culpa, deve ter culpado muito ao preceptor, que não era o primeiro, e sim, se considerarmos a nobreza decadente. Em parte, uma transferência para consolar ao outro. E, em parte, este deixou-se acreditar para autoconfortar-se. Isto, na fase inicial de reencontro. Ambos fizeram concessões, para melhor compreender a atitude do outro. (E, sejamos claros: para sobreviverem!.). Especialmente, ele para ela. Depois, de leve, acho que ele soube manobrá-la muito bem; fazendo ao seu jeito, com que ela contasse detalhes da aventura. (Como assim ele deve julgar; e foi.). E ela, com usa voz singela, com seu jeitinho cativante de enjeitada (e de arrependida, no caso), foi –lhe narrando o sucedido, no mês de junho.

2º capítulo (De alto teor moral)
Como é que nós vamos agir, daqui pra frente, com eles? E o que é que nós esperamos que eles façam, diante de nossos atos? Qual a reação que a sociedade passará a ter , a partir de agora, ou de sempre, pois isso não é um problema absolutamente novo, em cada gesto cometido por nós?

3º capítulo
Foi aduzido um dado novo ao conceito moral de cada um.

4º capítulo
Esta forma estranha, intelectualizada, racionalizada, pragmática, atenta e quase filosófica de ódio, não tem também expressão prática, e nem terá, além da fronteira do rompimento com ela. Ou seja: nada, por qualquer que seja o sentimento que o possua, nada mais grave fará ele, em quaisquer circunstâncias, do que romper com ela. Este é o limite aonde ele vai!

5º capítulo
É dela que se deve esperar um imprevisto, além do rompimento, e não dele. Sob este aspecto, ela é muito mais criativa, se bem que as criações dela fossem prejudiciais. Ela é muito mais inventiva, e muito mais desprovida desse mecanismo de contenção e censura que ele possui. Ou seja, ela está muito mais apta, (o termo é este, porque isso é uma aptidão), do que ele, a fazer o que lhe for mais proveitoso, sem guardar qualquer outro sentimento de remorso, ou algo parecido, do que eles.

6º capítulo
Ele lhe deu o mote. Antes, o outro deu-lhe outro. Ela, recuada, aos poucos, foi aceitando-os. O espírito de aventura se esvai, e o senso de segurança adquire peso. E ela tem necessidade de proteção!

7º capítulo
Nada firme. Tudo experimentalmente difuso, como um teste. E em que se pergunta: terá sido?

8º Capítulo
(Flash-back: reprise de um emocionante capítulo, atendendo milhares de pedidos)
Estavam na sala, sentados no sofá. Estavam tão pertos, mas ainda assim se achavam distantes um do outro. As palavras começaram a sair indolentes, com dificuldade, desnecessárias... E, quando sentiram com mais ardor a quentura de suas faces, tiveram que resolver ir ao encontro do mar.

9º Capítulo
A vida deles ficou realmente transtornada pelo incidente, numa curva do espaço-tempo.
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Nota complementar:
As censuras cortaram o décimo e subseqüentes capítulos