O Pará ganhou uma nova pedagoga. Trata-se de Vânia Caldas Pimenta,
filha querida do casal Ana Lucia (Francisco dos Anjos) Pimenta, grandes filhos
de Muaná, que possuem quatro filhos. Ela é a caçula e minha vizinha!
Atendendo a alguns pedidos, o Jornal do Feio resolveu ouvir Vânia.
“... Quando conclui o
ensino médio eu não tinha expectativa em Muaná, pois até então não havia
Universidade nessa cidade, Vim por intermédio da minha tia D’alva e tio Wilson
(in memoriam) que abriram as portas de sua casa a mim...”
“Logo, foi muito difícil, pois nunca havia saído da casa de meus
pais, nem por passeio; saia sempre acompanhada por eles. Meu pai colocou em
minha responsabilidade a decisão de vir para Belém/Icoaraci, no entanto, decidi
encarar este desafio e viajei. Fiz preparatório para o vestibular no Colégio
CEI, prestei vestibular Na UFPA, UEPA E UFRA, mas não passei. No ano seguinte,
tentei as três universidades e mais uma vez não consegui passar, foi então que
optei por fazer na UVA e UNIP e passei nas duas universidades em Pedagogia.
Então optei cursar na UVA (Universidade Estadual Vale do Acaraú), que é uma
instituição particular, Licenciatura em Pedagogia. No inicio do curso o numero
de alunos era de 47 e se formaram apenas 32. Quem financiou os meus estudos foi
a minha tia também formada (Contadora) D’alva a qual sou muito grata; Obrigada
tia”.
Foi esse foi o motivo pelo qual vim para a “Vila Sorriso”, que
considero é um local maravilhoso de viver. Eu amo Icoaraci e estou muito feliz
em estar compartilhando um pouco do meu sorriso aqui.
· Você é originária de Muaná? Fale sobre o seu Município?
R - Sim! Muaná é um município
brasileiro do Estado do Pará. Sua população estimada em 2010 era de 34.237
habitantes. A origem do município encontra-se em uma fazenda particular, que
pelo seu desenvolvimento, transformou-se em povoado e, posteriormente foi
elevado à categoria de freguesia, em 1757 (São Francisco de Paula). Muaná é uma
das únicas cidades do Marajó que tiveram o nome preservado, após a mudança
exigida pelo governo para as “freguesias” do Marajó, por volta de 1750, Muaná
era a tribo da região, remanescente da nação nheengaíba, que dominou o Marajó
antes da chegada dos colonizadores. Também foi o primeiro município da então
Grão Pará a aderir à Independência do Brasil, em 28 de maio de 1823. O município
é formado por vários distritos e vilas como: Distrito de São Miguel do
Pracuúba, Ponta Negra, Palheta e Jararaca. É uma cidade maravilhosa,
hospitaleira, ocorrem muitas festas como: Festival do camarão em Maio tem
festejos do Padroeiro São Francisco de Paula que acontece em julho e São
Benedito em dezembro encerando o ano com muita festa. Enfim eu amo Muaná.
· Fale da sua família
R – A minha família é natural de Muaná. São pessoas maravilhosas,
que amo demais, há muitos anos moravam no interior de Muaná no sitio Santa
Maria localizado no rio Cajuúba no município de Muaná, ilha do Marajó. La meu
pai desempenhava as mesmas atividades dos homens daquela região, sendo
seringueiro, lenhador e madeireiro. Minha mãe também seguia a tradição local
era doméstica. Atualmente mudaram-se para a cidade e meu pai trabalha em seu
comercio e minha mãe hoje concursada trabalha em uma escola. Meus pais
batalharam muito pela nossa criação e educação, se hoje estou formada o mérito
maior foi deles por mesmo sendo humilde colocarem nossa educação em primeiro
plano. Meus irmãos conseguiram terminar o ensino médio, mas não prosseguiram
até a Universidade.
Agradeço muito a Deus pela família maravilhosa que tenho, por
estarem sempre me apoiando direta e indiretamente com amor, simplicidade e
honestidade e principalmente por me ensinarem a ter dignidade, caráter e
principalmente amar o próximo, e respeitar as peculiaridades de cada um.
· O que a levou optar pelo Curso de Pedagogia?
R – Na verdade desde criança a maioria das minhas brincadeiras era
de professorinha com minhas primas, quando comecei estudar fiquei encantada com
a maneira em que minha educadora ministrava as aulas. Eu amava as aulas, então
quando me perguntavam qual a profissão que queria seguir quando terminasse
ensino médio sempre a resposta era me tornar uma professora, e não foi
diferente quando comecei fazer estágios oferecidos pelo curso me encantei com
os alunos e tive a certeza que estava fazendo a coisa certa.
· Como
foi o seu curso?
R – Quando comecei o curso fiquei assustada, pois era tudo muito
novo a realidade era completamente diferente, do que estava acostumada no
ensino médio; mas logo me acostumei e posso garantir dei um show: apresentei
Seminário, Mesa redonda, GV e GO, Worshop, Palestras, Colóquio, Painel de
interrogação, Simpósio entre outros. Ficava muito nervosa no início, mas foi me
acostumando e até me surpreendi, com as peça teatrais que participei percebi
que sou ótima atriz. Mais acredito que para ser professor temos que saber de
tudo um pouco.
O período mais difícil foi quando eu tinha que estudar, trabalhar
e fazer estágio; foi muito cansativo este período e principalmente o período de
construção do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) já que não tinha mesmo tempo
pra nada; ou seja, finais de semanas e feriados era como não tivesse. Enfim,
foi cansativo com sabor de mel no final, pois consegui a nota máxima no mesmo
(10.00). Obrigado Deus!!!!
· Alguma experiência durante o curso?
R – Durante o curso pude estar experimentando inúmeras atribuições
até então desconhecidos: fui repórter, atriz palestrante e é claro professora.
Aprendi que para ser professor temos que ser artista, médico, pai mãe, taxista,
psicólogo, enfim, agregar para que o resultado seja satisfatório tanto para o
educador quanto para o educando.
Ao longo do curso pude estar fazendo alguns estágios: Estágio Supervisionado I: Nas series
iniciais da educação infantil jardim I, II e Maternal, com carga horária de
130h. Estágio Supervisionado II: No
ensino fundamental, com carga horária de 60h. Entidade: Escola Eduardo
Miller.
Estágio Supervisionado II: Nas Séries da I e II etapa do EJA
(Educação de jovens e Adultos), com carga horária de 60h. Entidade:
Escola de E. F e M. em Regime de Convênio São João Batista.
Estágio Supervisionado III: Na Gestão Escolar, com carga
horária de 40h. Entidade: Escola E. de Ensino Fundamental e
Médio Feliz Lusitânia.
Estágio Supervisionado IV: Recursos humanos, com carga
horária de 40h. Entidade: Clinica Médica São Lucas.
Foram experiências de suma importância para minha formação, onde
pude estar aprendendo sobre a função do pedagogo tanto nas instituições escolar
como empresarial e hospitalar e também compartilhando, pois o conhecimento é o
único bem que é multiplicado quando é dividido.
· Pretende fazer alguma pós-graduação?
R- Sim! Não pretendo parar de estudar, estou fazendo concurso
público para me estabilizar e então começar a fazer pós-graduação para
futuramente ser uma brilhante profissional.
· Como se procedeu a Festa da Diplomação?
R - Foi uma cerimônia belíssima com homenagens, pronunciamentos
juramento, outorga entre outros.... A cerimônia ocorreu no Amazônia Hall
Eventos localizado na rodovia Augusto Montenegro ao lado da Pavan, e o meu
paraninfo foi meu pai Francisco Pimenta.
· Alguma coisa a acrescentar?
R - Agradeço a Deus por ter me dado saúde, esperança e muita força de
vontade para realizar esta jornada, que é muito difícil. A meus pais, pelo amor
que sempre dedicaram, e por terem me ensinado a ter coragem, a minha tia D`Alva
que foi meu agente financeiro, pois sem ela talvez o meu destino seria de outra
forma, familiares e amigos por fazerem parte do meu dia a dia e aos professores
pela dedicação e aprendizagem em especial a minha orientadora Fátima Rezende
pela compreensão e paciência. Obrigada.
“Educar é realizar a mais bela e complexa arte da inteligência.
Educar é acreditar na vida e ter esperança no futuro, mesmo que os jovens nos
decepcionem no presente. Educar é semear com sabedoria e colher com paciência”.
(Augusto Cury)
· Finalmente, quem é Vânia Caldas Pimenta?
R - Falar de mim é difícil, mas vou tentar. Como você já sabe eu
sou de Muaná, passei toda minha infância morando no interior de Muaná, chamado
pelos povos daquela região de (sítio), quando chegou a idade de estudar tinha
que acordar as 4h da manhã e apanhar uma canoa e sair junto com meus quatros
irmão a remo até a escola que ficava aproximadamente uns 3 km de distancia de
minha casa. Este percurso foi feito durante sete anos até nos mudarmos para
outra localidade mais próxima. Terminei o ensino médio e vim pra Belém cursar a
faculdade e hoje graças a Deus estou formada.
Eu me acho uma pessoa
diferente. Torço pelo MEC – Mauná Esporte Clube! Gosto de apreciar o belo onde
ninguém consegue ver; procuro entender as pessoas como elas são e amar o
próximo; sou uma pessoa muito dedicada, batalhadora e esperançosa; sou um pouco
tímida e sou também muito família, sempre que posso estou junto a eles.
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Bons sonhos
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