Escola
da Pesca conclui capacitação de 90 alunos
Foto Adriano Magalhães
Marinheiro de primeira viagem. É
dessa forma que Edilberto Melo se define. Ele faz parte do grupo
de 90 pessoas que na última sexta-feira, 13, concluiu o curso de "Formação
de Aquaviário; Marinheiro de convés; Motores e Máquinas", promovido
pela Prefeitura de Belém em parceria com a Capitania dos Portos do Pará (CDP),
desde o dia 9 de novembro, na Escola da Pesca.
Edilberto é funcionário da Escola da Pesca,
vinculada a Fundação Escola Bosque no Outeiro, e apesar de ser filho
de marinheiro, nunca havia tentado ingressar na carreira. "Esse foi
o passo inicial, a partir de agora vou me dedicar ao máximo para seguir
carreira. Estou muito feliz pela oportunidade", comemorou.
De acordo com o coordenador do curso,
o sub-oficial Jorge Luiz Silva, com a conclusão do curso, os alunos
estão aptos à conduzir embarcações de até 12 metros, de forma segura, pelos
rios da Amazônia. "A conclusão de mais esta turma é muito positivo, pois é
a certeza que mais pessoas estão capacitadas para conduzir as embarcações,
navegando com segurança nos rios e lagos".
A formação foi direcionada aos alunos da Escola,
funcionários e ribeirinhos, como a moradora da ilha
de Jutuba, Siane Rodrigues, de 19 anos, que agora poderá
pilotar as rabetas e lanchas com segurança. "Estudo na Escola da
Pesca e sempre faço a travessia de Jutuba para Outeiro, mas,
antes, isso era de forma irregular. Com minha carteira nas mãos, posso fazer o
transporte de modo seguro".
A gestora da escola, Fátima Seabra, explica que para
este curso foram inscritos 90 alunos, mas para o próximo, que tem previsão de
acontecer em fevereiro de 2016, 95 pessoas já realizaram a pré-inscrição.
"Nossa maior demanda vem da comunidade
ribeirinha. Muitos pescadores estão desempregados por não terem documento que
os deixe aptos a realizar essas conduções. Com esta certificação, também
estamos ajudando a garantir emprego e renda à comunidade, formando
condutores marítimos", destacou Fátima.
A Escola - Na “Casa
Escola da Pesca” pratica-se a chamada Pedagogia da Alternância, no qual os
estudantes – em sua maioria filhos de ribeirinhos – passam 15 dias
integralmente na instituição e, no restante do mês, voltam para as suas
residências, onde aplicam os conhecimentos aprendidos em sala de aula.
Durante o tempo em que estão na escola, os alunos
estudam em regime integral. O currículo foi organizado em quinzenas,
diferentemente do que acontece em uma escola regular. E, a cada quinzena, é
trabalhado um eixo dentro da temática da Pesca e Aquicultura.
O aluno que termina o Ensino Fundamental na escola
recebe também um certificado de qualificação em Pesca e Aquicultura. Já o
egresso do Ensino Médio sai como técnico em Recursos Pesqueiros.
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Karla Pereira
Agência Belém
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