CAMPINHOS
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o fim dos anos 50, aquí em Sampa, existiam muitos campos oficiais de
futebol, particularmente no bairro onde morava no Planalto Paulista. No começo
dos anos 60, começaram a ser desativados, na Av. Indianópolis no campo
do Engefusa fizeram o prédio do Colégio Alberto Levy; no Territorial
fizeram um supermercado, e do Palmeirinha e Flamenguinho, construções diversas.
A solução foi construir campinhos. Nós mesmos capinávamos os matos dos
terrenos vazios; colocávamos traves e jogávamos futebol no terrão.
Foram formados times de rua. Na Guainumbis tinha o nosso time; na Aratãs
o time do Marcílio; na Moací, o do Vandinho; na Iraí, o d
o Rafael e outros mais.
Jogávamos contra, muitas vezes, valendo flâmulas ou uma pequena taça.
Havia até uma certa rivalidade entre as turmas, mas depois do jogo, todos
voltavam a ser bons amigos.
O tempo passou, e muitos desses meninos sumiram do mapa. Agora, cerca de
quatro anos atrás fizemos uma página no
Facebook, https://www.facebook.com/groups/364018270335219/ e criamos um site www.confrariadosboleiros.com.br, hoje com de 2184 confrades, para reunir o pessoal antigo da várzea.
Cada jogo nosso, pelo menos um dos confrades encontra um amigo que não
via a muitos anos. Eu, particularmente, domingo passado encontrei o amigo
Marcílio, menino bom de bola que era o responsável pelo time da Aratãs, que eu
não o via a quase 50 anos.
Foi emocionante, relembramos dos velhos tempos, inclusive além do
futebol, a gente ia aos sábados em uma reunião de jovens na Igreja do Nazareno
no nosso bairro onde, além de orarmos er lermos a bíblia, tínhamos momentos de
descontração onde jogávamos tênis de mesa, - para nós ping pong - e
outras brincadeiras de salão.
Hoje o Marcílio mora em Peruíbe; e só nos encontramos porque semana
passada, eles vieram jogar contra nós, só jogadores acima de 60 anos, e
ele foi convidado e aceitou jogar pelo time da Confraria.
É muito bom ter amigos, melhor ainda é encontrá-los e jogar conversa
fora, acho que não existe terapia melhor.
Ah, sim, o Remo vem aqui jogar com o Oeste, no Baruerí
Vou torcer, uma vez o oponente do leão azul paraense está invicto.
Segue o jogo!
Eu
e o Marcílio
Confraria dos Boleiros
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Ricardo Uchôa Rodrigues
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