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4/14/2017

FELIZ PÁSCOA


Marcelo Alencar - o impetuoso - envia 
a todos os ouvintes, clientes e amigos, sinceros votos de Feliz Páscoa.

RAY CUNHA



O flerte da morte



A
 tarde imobilizava a cidade, com um bafo quente, afrouxando o ânimo, escoando energias, matando, lenta como lesma. Os dois rapazes e quatro moças comiam sanduíches e tortas com refrigerante na lanchonete. Eram estudantes e, por alguma razão, haviam saído cedo da faculdade, que ficava ali perto. Distante três mesas deles encontrava-se um velhote lendo O Globo. Os garotos olharam para ele numa sequência de cochichos e riram furtivamente, enveredando numa conversa sobre velhice. Um deles estava preocupado porque era o mais velho, completara 21 anos e sentia-se envergonhado, um avô. A mais jovem, de 17 anos, sorria o tempo todo, embora se sentisse ansiosa, e ainda faltavam seis meses para completar 18 anos. “Quando isso acontecer” – pensou – “vou mostrar ao meu pai quem manda na minha vida.” Imaginava-se voltando para casa com o sol nascendo, depois de uma noitada com seu gatão, aquele rapagão de um metro e oitenta, olhos verdes, moreno claro, os cabelos caindo na testa e aquele beijo que ia até a garganta.

Os jovens flertavam com a morte. Preocupar-se com o tempo é uma forma de velhice. O tempo não existe. A eternidade é agora. Como terapeuta em Medicina Tradicional Chinesa, atendo pelo menos 30 pacientes por mês, e expressiva parcela deles sente medo da morte, sua ou de parentes. Digo-lhes que essa dama tão temida é infalível e que ela apenas envia sinais de que está chegando. E que a morte, antes da morte, é apenas fantasia. Digo-lhes também que eu, por exemplo, não sei se conseguirei sequer concluir a sessão, pois podemos morrer a qualquer instante. Embora, advirto, sinta-me, naquele momento, prenhe de vida.

Pratico Medicina Chinesa há somente alguns anos, e na Escola Nacional de Acupuntura (ENAc), onde me formei, ouvimos, frequentemente, nos corredores, que um acupunturista é realmente bom com vinte anos de atividade. Não estarei velho demais daqui a vinte anos? Ouço, em perguntas que não são verbalizadas, mas são formuladas em olhares zombeteiros dos que ainda sentem o sabor da imortalidade. Não! – respondo mentalmente. A eternidade é agora. E a Medicina Chinesa é tão generosa que proporciona, por pouco que se conheça dela, felicidade inesgotável.

Falar em sabor de imortalidade, sinto esses gosto o tempo todo. Até os 30 anos, é uma sensação física. Lembro-me que aos 21 anos sentia-me literalmente um deus, e ouvia, às vezes a noite inteira, a música que só as mulheres sabem reproduzir dos abismos labirínticos das suas almas, os sons que somente as rosas vermelhas vibram e os jasmineiros choram. Houve um momento, quando quis enfrentar o mundo com a força dos meus músculos, que me senti esmagado, e cheguei a flertar com a morte, queria combatê-la, enfrentá-la, seduzi-la; quem sabe assim conseguiria enganá-la? Mais tarde, lendo o filósofo japonês Massaharu Taniguchi, descobri que só há morte física, que o mundo material é limitado, inclusive pela morte, mas o Caminho é eterno, nas suas inúmeras dimensões.

A vida carnal é a parte espinhosa do Caminho. Podemos rotulá-la como um consumo exagerado de energia pré-celestial, o que pode ocorrer a qualquer momento da existência, assim como a energia pré-celestial, que garante a vida no mundo material, pode durar mais de 100 anos. Pode-se dizer que velhice seja o enrugamento da pele, o clarear natural dos cabelos, o adoecer, ou simplesmente a preocupação com a velhice, o flerte da morte.

Descobri que tenho encontro permanente com a vida, e isso não é privilégio meu, pois todos nós temos encontro marcado com a vida. Os espíritos estão o tempo todo entre nós, e quando ascendem de orbe, as novas dimensões são indescritíveis. O que é a vida senão amar? Às vezes, tudo fica tão maçante, tão chato, e de repente uma rosa incendeia o coração, e então o Qi da alegria transforma de novo a vida num jardim, e sentimos que a eternidade é agora, intensa, mergulho para cima no abismo da vida, que jamais se extingue. Jovem é possuir a eternidade das rosas, que são indestrutíveis na sua fragilidade.

Já estou descendo a ladeira, sem freio, mas essa velocidade é nada perante o cheiro azul do mar, o perfume das virgens ruivas, o orgasmo das rosas colombianas vermelhas, o triunfo da luz. 



♦♦♦


♦♦♦ RAY CUNHA – Escritor e Jornalista baseado em Brasília-DF, Brasil, e o mais antigo colunista do Jornal do Feio

CRÔNICA DE SAMPA



A TELEVISÃO
Eu nasci em 1951, a televisão chegou ao Brasil no ano anterior. Meus pais tinham chegado a Sampa há pouco tempo. Morávamos de aluguel e não tínhamos TV em casa, apelávamos para o televizinho. Eu tinha uns cinco anos, e lembro que eu e meus irmãos tomávamos banho a tarde, vestíamos uma roupa limpa e íamos assistir na casa dos pais da Sonia.
Em 1956 nós mudamos de casa, e passamos assistir na casa da minha vó Maria.
Em 1960 meu pai comprou o nosso primeiro televisor um Philco 20 polegadas.
Aí foi só alegria.
Assistíamos ao programa da Cely Campello, e Hahahaha, em branco e preto... é claro. 
Existiam poucos canais; os mais assistidos eram a Tupi e a Record; como morávamos próximo desta última, assistíamos muitos programas ao vivo, Circo do Arrelia, Gincana Kibon, Reis do Ring etc
Posteriormente foram criados novos canais - a TV passou a ser a cores; recentemente passou a ser a cabo -, e podemos assistir centenas de canais. Só que temos que pagar a parte por este benefício.
Agora, no fim de março, foi implantada a TV digital, com uma bela imagem e a possibilidade de assistir dezenas de canais; mesmo quem não tem um aparelho moderno, pode usar um conversor, para também usufruir deste benefício. 
Aqui em casa nós temos televisão a cabo. Podemos assistir inclusive canais internacionais, mas, por incrível que pareça, somos fãs e assistimos diariamente a programação da TV Cultura de São Paulo.
Isto a mais de 30 anos.
Meus filhos cresceram assistindo os seus programas infantis, e nós os jornais, musicais, e programas de cultura em geral. 
Hoje a tecnologia está tão avançada, que podemos assistir TV até pelos nossos celulares; mas não é tão gratificante, como reunir a família e assistir um bom filme, futebol, programas diversos, sentado no sofá e comendo uma pipoca, porque ninguém é de ferro
Agora vocês me dão licença que hoje é domingo e já vai começar o SR. Brasil, do Rolando Boldrin, e ele vai tirar o Brasil da gaveta, e conversar com alguns cabocos, que geralmente cantam e contam “causos” interessantes.
Abraços a todos.
Saudações remistas
Até a próxima.
Fui!




Programa Metróple


Roda Viva

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Ricardo Uchôa Rodrigues
  

4/08/2017

UM ABRAÇO






N
esse dia dedicado a todos nós que matamos um leão por dia, enfrentamos o perigo e as nossas vidas no sublime mistér de informar, o Jornal do Feio e sua equipe, cumprimenta os colegas e envia um grande e fraternal abraço a todos.

Salve o DIA DO JORNALISTA

DIA DO JORNALISTA




Dia do Jornalista é comemorado anualmente em 7 de Abril.
A data homenageia o trabalho dos profissionais da mídia, responsáveis por apurar fatos e levar as informações sobre os acontecimentos locais, regionais, nacionais e internacionais para as pessoas, de maneira imparcial e ética. Seja na rádio, na televisão ou nos jornais impressos, o jornalista deve sempre trabalhar tendo como base a imparcialidade e fontes de informação confiáveis.
Origem do Dia do Jornalista
O Dia do Jornalista foi criado pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI) como uma homenagem à Giovanni Battista Libero Badaró, importante personalidade na luta pelo fim da monarquia portuguesa e Independência do Brasil.
Giovanni Badaró foi médico e jornalista, e foi assassinado no dia 22 de novembro de 1830, em São Paulo, por alguns dos seus inimigos políticos. O movimento popular que se gerou por causa do seu assassinato levou D. Pedro I a abdicar do trono em 1831, no dia 7 de abril, deixando o lugar para seu D. Pedro II, seu filho, com apenas 14 anos de idade.
Foi só em 1931, cem anos depois do acontecimento, é que surgiu a homenagem e o dia 7 de abril passou a ser Dia do Jornalista.

Foi também no dia 7 de Abril que a Associação Brasileira de Imprensa foi fundada, em 1908, com o objetivo de assegurar aos jornalistas todos os seus direitos.

NOSSO DIA

E nosso também.
Há dez anos nessa data, 07 de abril, saia o número 01 do Jornal do Feio, graças à boa vontade da Google.
Obrigado pela aceitação,

4/03/2017

COMEMORAÇÃO



Parabéns, CID







Opovo de Icoaraci parabeniza o Monsenhor Raimundo Possidônio Cra da Mata (Monsenhor Cid) pelo seu aniversário natalício, celebrado última sexta-feira, 31, e fazendo coro com a Arquidiocese de Belém, pedem ao Bom Deus e a Mãe do Céu e das Graças – Padroeira da minha Vila Sorriso - que O torne sempre mais um sacerdote comprometido com o Reino de Deus, verdadeiramente segundo o coração do Altíssimo.

O nosso CID

Monsenhor Cid nasceu em 31 de março de 1954, em Icoaraci, e foi ordenado sacerdote no dia 24 de junho de 1978. Na Arquidiocese de Belém, atualmente desempenha as funções de Vigário Geral para a Pastoral e pároco de Nossa Senhora de Fátima, localizada no bairro de mesmo nome, cujo múnus assumiu no dia 14 de.
 Julho de 2011, sendo o 8º pároco;
É-me muito grato falar deste homem de Deus, meu amigo, meu irmão e meu antigo pastor, no esplendor dos seus 67 anos.
Nascido aqui mesmo em Icoaraci, bom menino, bom filho e temente a Deus, desde cedo manifestou aquela imensa vontade de servi-lO mais e melhor.
Após o antigo curso primário e o ginásio, o piedoso jovem, antigo morador da Travessa Souza Franco, próximo a Rua Siqueira Mendes (antiga 1ª Rua) ingressou no Seminário São Pio X. Após anos de estudos (Filosofia, Teologia, etc) no dia 24 de junho de 1978, Raimundo Possidônio foi ordenado sacerdote pelo falecido (e sempre lembrado) D. Alberto Gaudêncio Ramos para sempre “... Tu es sacerdus  in aeternum segundo ordinem Melchisedeque”.
Nesses sete lustros de intensa vida apostólica, Raimundo Possidônio – carinhosamente chamado de “CID”, em alusão ao grande e legendário herói espanhol, ativo, destemido e empreendedor, apelido adquirido desde menino. exerceu muitas atividades.
Há cerca 12 anos, "CID" por seus méritos, foi escolhido pela Arquidiocese de Belém – e especialmente pelo então Arcebispo Metropolitano de Belém, o sempre lembrado D. Joaquim Vicente Zico – que já se encontra ao lado do Pai Eterno; à época Arcebispo Emérito - para fazer Doutorado na Universidade Gregoriana em virtude do trabalho desenvolvido ao longo de mais 25 de anos em favor da Igreja, com devotamento, zelo e entusiasmo.
"CID" passou quase três anos em Roma. O tema de sua tese de pós-graduação  foi: A Igreja na Amazônia e o Episcopado De D. Alberto Ramos. 
Após intensa atividade e no afã de entregar ao diretor da tese o 1o. capítulo (Contexto geral da história da Igreja na Amazônia (do séc. XVII aos inícios do século XX), teve que retornar a Belém. Para poder elaborar os outros capítulos - mais três - e, ao mesmo tempo, para pesquisar sobre a Igreja Regional, cujos documentos e fontes só se encontram aqui, nos arquivos, academias, institutos etc. – O seu trabalho foi muito elogiada por seus orientadores, e comentado pelo L´Osservatore Romano – jornal do Vaticano.
 “CID” a partir daquele momento tornou-se como disse muitas vezes nos seus artigos, Santo Agostinho e tantos outros, “Doutor da Igreja”, para o gáudio da gente icoaraciense;
A Santa Sé, de Roma, através de um documento pontifício assinado pelo Papa Bento XVI, confirmou o título de “Monsenhor” atribuído ao padre Raimundo Possidônio Carrera da Mata, por ocasião de sua passagem pela Mitra Arquidiocesana de Belém do Pará, como Administrador Apostólico, cujo honroso exerceu por competência, sobriedade, humildade e muita fé por quase um ano. Ele foi totalmente amparado por nossa querida Mãe de Nazaré, que orientava os seus passos e por isso nada faltou ao brilhantismo de sua gestão.
"CID"  foi a voz da Igreja em Belém para todos os assuntos.
A partir de então "CID" tornou-se Monsenhor de fato e de direito.

Meu irmão querido

“CID” é belo no coração, na aparência – os cabelos brancos prematuros que teimosamente continuam aparecendo, dão o maior charme ao maninho -, e nas suas atitudes firmes e decididas. Um verdadeiro sacerdote plenamente identificado com arcese cristã e com a atualidade apostólica. Icoaraci tem muito orgulho do seu filho que fá-la cada vez mais sorridente e que eu, sem heresia, carinhosamente chamo de “D. CID”.
Muitas felicidades e que continue sendo o padre simples, amigo, conselheiro e companheiro.
E que Deus O abençoe sempre nas suas ações e na missão de conduzir a sua Igreja atual, Fátima, até a Jerusalém celestial.
Aproveitando o espaço deste jornal eletrônico, para dizer ao mundo do orgulho de seu povo – e conterrâneos – de tê-lo como irmão e sempre Pastor – Bom Pastor.
E, também, aproveito a deixa para reforçar tudo o que a comunidade deseja ao “CID” e dizer-lhe:
Obrigado, irmão.
E que Deus esteja com você, hoje, amanhã e sempre.
É como eu sempre digo e repito: quiçá a Igreja tivesse uns 100 padres como ele!
Que Deus, que é Pai misericordioso, abençoe, guarde e guie seus caminhos!
♦ ♦ ♦ ♦ ♦

Ah, sim, em 2009 “CID” pregou o Sermão das Sete Palavras, conhecido como o Sermão das Três Horas da Agonia.
Foi muito bom.
Este ano quem vai pregar é o Padre Agostinho Cruz, pároco de Icoaraci e Vigário Episcopal.
Espero que seja tão eloquente como “CID” o foi.

Pelo menos está no caminho