Powered By Blogger

4/27/2008




ENTREVISTA/VICTOR FASANO
Rodovia ou ferrovia, qual o melhor para a Amazônia?


Brasília - O ator da TV Globo e ativista ambiental Victor Fasano, porta-voz do Movimento Amazônia Para Sempre - criado em 2007 por ele e os atores Juca de Oliveira e Cristiane Torloni, da TV Globo, durante as filmagens da série Amazônia, de Galvez a Chico Mendes -, participa de café da manhã promovido pela Frente Parlamentar Ambientalista, nesta quarta-feira 16, no décimo andar do Anexo IV da Câmara dos Deputados, e de audiência pública na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara, às 10 horas de quinta-feira 17, no Plenário 8.
Victor Fasano veio à Brasília em parceria com a ONG Preserve Amazônia. O presidente da Preserve, Marcos Mariani, falará, no café da manhã, sobre “A importância do modal ferroviário na defesa dos direitos dos povos da floresta”, e, na audiência pública sobre a mudança, na Amazônia, do modal rodoviário para ferroviário, especialmente sobre os impactos sociais e ambientais decorrentes da pavimentação da BR-163, a Cuiabá-Santarém, bem como da falta de atendimento às exigências da legislação ambiental no licenciamento da obra.
Fasano concedeu a seguinte entrevista exclusiva à Agência Amazônia:

Qual é o objetivo do Movimento Amazônia Para Sempre?

Tornar conhecido o fato de que o nosso maior patrimônio está sendo destruído sem que a gente o conheça, sem que a gente tome o cuidado de preservar a maior floresta tropical do planeta, para que ela sirva de apoio para que o Brasil seja um país de futuro - e esse é o único futuro -; para que se respeite a Constituição (Artigo 225, Inciso IV), que é clara quando diz que a floresta amazônica só pode ser utilizada sob regras de controle ambiental rigorosas, o que não está acontecendo; a gente vê o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) passando por cima de um monte de exigências, o governo passando por cima de outras exigências e excluindo o Ibama (Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis) de algumas decisões, enfraquecendo o movimento ambiental como um todo. As nossas florestas todas – no Sul, no Leste, no Sudeste, o Cerrado – foram quase totalmente destruídas, com a desculpa de que isso seria o futuro dos brasileiros com o plantio de álcool, de soja, disso, daquilo outro, e agora o mesmo modelo pretende-se utilizar na Amazônia, o que é um absurdo, pois não deu certo em nenhuma outra área do país.

Por que daria certo na Amazônia?

Nós temos a obrigação moral e política de defender essa floresta. Muitas vezes, a população não sabe o que está acontecendo, a população ouve a imprensa, que às vezes acompanha os fatos de forma rigorosa e às vezes é mais política, às vezes tem o rabo preso, como tudo no Brasil. Então, gostaríamos de passar para a população a importância da existência da floresta amazônica, para nós, que não vivemos lá, para os povos que vivem lá, que é uma diversidade enorme.

Obtido 1 milhão de assinaturas, como vocês pretendem pressionar o poder público?

O milhão de assinaturas é um número simbólico. Pretendemos entregar um manifesto ao presidente (Luiz Inácio Lula da Silva), com apoio de todas as pessoas que o assinaram; pretendemos também exigir do governo que as Forças Armadas comece a ter um papel importante na defesa da Amazônia, porque, afinal de contas, o nosso patrimônio está sendo aniquilado, roubado, e cabe às Forças Armadas defender-nos de nós mesmos. Defendemos o apoio à pesquisa para ampliar estudos sobre tudo o que pode ser produzido, obtido com a existência da floresta em pé. Mostramos que já existe uma área desmatada muito grande, na qual se pode plantar qualquer cultura, com a capacidade de dobrar nossa produção de grãos sem derrubar uma única árvore. E a gente pretende também fazer movimentos paralelos por meio do Ministério Público, do Congresso Nacional e da Justiça, com ações específicas, para que esses órgãos participem de uma só vontade, que é a vontade de preservar. Ninguém quer que não se produza grãos, não se crie gado ou que não haja meios de transporte, ninguém quer que a população brasileira seja prejudicada, todos queremos que o Brasil melhore, mas com consciência e que os moldes não sejam os mesmos utilizados em outras áreas que não deram certo. E ainda, queremos que os juízes que julguem os processos ambientais em curso tenham especialização em cultura ambiental, tenham conhecimento das leis aplicada ao meio ambiente e principalmente tenham conhecimento do meio ambiente em si.

O fato é que a Amazônia perde pelo menos 10 mil quilômetros quadrados de floresta por ano e isso revela absoluta falta de compromisso de Brasília para com a Hiléia.

Por sorte nós temos uma ministra (Marina Silva) interessada em meio ambiente, mas que não tem apoio do governo para efetivamente fazer o que ela gostaria de fazer. O Ministério do Meio Ambiente faz o que pode e não o que deve fazer.

Você é baseado no eixo Rio-São Paulo. Como é que você vê a Amazônia?

Vejo a Amazônia de forma diferente, talvez, do que a maioria dos brasileiros vêem. Eu tenho algum conhecimento científico, tenho conhecimento na área de espécies ameaçadas de extinção, de flora e fauna, então vejo que o que estão fazendo na Amazônia é o maior desperdício da Terra. Mas eu percebo que o brasileiro (de fora da Amazônia) acha que a Amazônia é muito longe, ele não entende a floresta amazônica, acha que é um monte de árvore que não serve para nada e que nunca afetará a vida dele no sul do país. Os brasileiros estão tomando consciência, agora, talvez devido às catástrofes no sul do país - ciclones, vendavais terríveis -, que a Amazônia influi diretamente no clima de todo o país.

O Brasil precisa da Amazônia para produzir biocombustíve?

Não, de jeito nenhum. A Amazônia não é para isso. As áreas que já foram devastadas da Amazônia serviriam para o plantio de essências amazônicas, castanha-do-pará, de dendê, de pupunha, plantas amazônicas, porque, sendo árvores, não vão interferir no clima. Agora, tirar uma grande massa de árvores e substituir por capim, no caso a soja, que não passa de um capim, isso vai interferir diretamente no clima, na incidência do sol na terra, na manutenção da umidade do terreno etc. Então, não precisamos da floresta amazônica para dobrar a quantidade de grãos que o Brasil produz, hoje.

Parece que o grande interesse de Brasília pela Amazônia restringe-se à construção de hidroelétricas?

Nos Estados Unidos estão destruindo algumas hidroelétricas porque perceberam que os rios estão morrendo. Se você dividir um rio em barreiras, em algum lugar faltará água. Hidroelétricas são sempre danosas, por isso o estudo de impacto ambiental tem que ser muito criterioso para se aprovar qualquer uma dessas hidrelétricas previstas no PAC. Hidrelétricas podem interferir na água dos países vizinhos, como, por exemplo, a Bolívia, que está reclamando do projeto das hidrelétricas no rio Madeira, que nasce na Bolívia.

O governo brasileiro deveria investir em que tipo de matriz energética?

A gente pensa em energia nuclear como uma coisa perigosa, mas quando é bem feita vem funcionando há muitos anos. Só ocorrem problemas quando os estudos e as obras são mal calculados. Mas há tanta maneira de se produzir energia – eólica, solar... O fato é que os estudos para a produção de energia são deficientes e políticos, quando deveriam ser científicos.

Você tem acompanhado o caso da terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima? Como você encara a questão de reservas indígenas em zona de fronteira?
As zonas de fronteira estão abandonadas porque o Exército não está em nenhuma delas é está mal equipados. Saiu uma reportagem na Veja, outro dia, dizendo que eles estão trabalhando com fuzis de 40 anos. No Acre, por exemplo, existe uma invasão de madeireiros peruanos e todo mundo sabe e ninguém faz nada. O que está acontecendo com os arrozais (na Raposa Serra do Sol), com as terras cultivadas, é que há uma lei que precisa ser cumprida. Eu acho que essas pessoas (os agricultores) têm que ser alocadas para a terra que o poder público está cedendo a elas, já que a Raposa Serra do Sol é uma reserva indígena. Se não se levar a lei rigorosamente a sério, se a Constituição não é considerada num item, ou em outro item, como é que ela pode ser respeitada como Constituição única, como a carta magna do país? Ela tem que ser respeitada sempre. O que está acontecendo lá, mais uma vez, são políticos tentando se envolver com um assunto que não é político. A lei é clara. Aquilo é uma reserva indígena. O Movimento Amazônia Para Sempre defende o respeito à Constituição.

Vale à pena construir rodovias na Amazônia?

A única solução para você atingir as distantes populações da Amazônia sem interferir na floresta amazônica são as ferrovias, porque você dá acesso à população para se movimentar, você escoa a produção sem invadir a floresta, como acontece com as rodovias e já aconteceu no resto do país. A gente vê que as nossas estradas estão abandonadas em todo o país, estradas que ligam cidades importantes, estradas que escoam as maiores produções brasileiras estão abandonadas, como é que se vai pensar em construir outras no meio de uma floresta que seis meses por ano é alagável? A Transamazônica até hoje é uma estrada que não existe, com seus seis meses em que não pode ser utilizada, e que não trouxe nenhum benefício; a estrada continua um projeto. Apesar de uma ferrovia sair muito mais caro do que uma rodovia, se conseguiria financiamento muito mais facilmente, do Bird (Bando Mundial) ou de qualquer outro órgão, desde que visando a proteção da floresta. O mundo inteiro concorda, hoje, que a proteção da floresta é a coisa mais importante do planeta.

A Manaus-Porto Velho e a Santarém-Cuiabá estão nesse contexto?

Sim.

No seu périplo pelo continente Amazônia, qual foi a maior reivindicação que você viu no rosto do povo amazônida?

O amazônida quer a preservação da floresta, mas não sabe como a preservação vai levar melhorias para a sua vida. São 22 milhões de habitantes que, como todos os humanos, querem ter uma vida melhor, acesso à água encanada, a esgoto, à saúde, ao bem estar, à educação. É latente na população essa vontade de preservar o que ela conhece, mas ela não sabe, na realidade, como aquilo vai trazer um benefício real para ela. A Amazônia tem que se desenvolver e dar condições da população se desenvolver também.
Quando começou seu interesse pelo meio ambiente?
Desde que era pequeno. Tive uma avó que era apaixonada pelo meio ambiente numa época em que ninguém falava nisso. Ela me mostrava os animais, os insetos, as árvores, a natureza. E há 20 anos faço um trabalho com espécies em extinção na minha casa para restituição à natureza, mas o movimento da Amazônia em si foi quando, gravando a minissérie Amazônia, de Galvez a Chico Mendes (2007), da Rede Globo, alguns atores começaram a perceber que era um desperdício o que estava acontecendo na floresta. A gente via árvores sendo derrubadas, aquela fumaça de queimada dias e dias. Todos os atores que estavam gravando lá estavam indignados. Então resolvemos começar um movimento, uma vez que nós temos acesso ao público, acesso aos meios de comunicação. E foi aí que começou, há um ano e três meses, o Juca de Oliveira escreveu o manifesto e a Cristiane Torloni e eu começamos a levar o movimento para a frente, indo a programas de televisão, anunciando sempre que possível o manifesto, que foi traduzido em três línguas, caso estrangeiros queiram assiná-lo, o que também pode; aliás existem 200 mil assinaturas que vieram de fora do país, mas que não serão computadas no abaixo-assinado de 1 milhão de assinaturas, ou seja, serão 1.200.000 assinaturas, mais ou menos, o que tem tomado muito o nosso tempo. Eu tenho viajado, o último ano, pelo Brasil todo, fazendo reuniões com ONGs, governo, povos da floresta, tenho acompanhado ações no Rio de Janeiro, Brasília, Belém, Manaus, Acre, no sul do país. Que o movimento crie nos brasileiros a sensação de que nós podemos defender a floresta.

Mas parece até que o governo brasileiro quer perder a Amazônia..

A Amazônia é meio abandonada; é muito necessária, muito querida, mas, como o Acre foi no passado, sabe-se que tem-se que ocupá-la, sabe-se que tem-se que tomar conta dela, mas dá um trabalho! A Amazônia precisa ser vista como a rainha brasileira; o grande futuro do Brasil está na manutenção dessa floresta.

Presença de Luiz Lima Barreiros


TEILHARD E GARAUDY:
O PONTO ÔMEGA

(Dedicado aos irmãos Clódovis e Leonardo Boff)

Não vamos fazer uma análise da obra do Padre Pierre Teilhard de Chardin. Temos como premissa que o leitor já a conheça, em parte ou globalmente.
Vamos apenas colocar os principais elogios, e as refutações que o filósofo marxista francês Roger Garaudy faz a ela, em seu livro “Perspectivas do Homem”

APROXIMAÇÕES

Para Teilhard de Chardin – e deste ponto de vista ele se aproxima do marxismo – a dialética confunde-se pura e simplesmente com o movimento real, cujas articulações a ciência sublinha. O padre Teilhard conssidera o transformismo como um caso particular da história universal, que compreende a história da matéria, da vida e do homem.
Frase de Teilhard: “É portanto da História, finalmente, que me aproximo, mais do que da metafísica, em que matéria e espírito estariam englobados numa mesma explicação coerente e homogênea do mundo”. (Carta de 11.10.1936, citada por Claude Cuénot).
Frase de Karl Marx: “Só conhecemos uma única ciência da História... enquanto houver homens, a história da natureza e a história dos homens, condicionar-se-ão reciprocamente”. (in “A Ideologia Alemã”)
Frase de Teilhard: “Pergunto-me hoje, se a humanidade não se está realmente dividindo entre os que crêem e os que não crêem no futuro do Universo. E, sinto-me mais do que nunca decidido a juntar-me aos primeiros para a conquista do mundo”. (Carta de 04.05.1935)
Frase de Garaudy: “O Padre Teilhard jamais definiu a sua política a respeito de tal ou qual partido.
Mas sua concepção do mundo é incompatível com toda doutrina fundada no pessimismo e no conservadorismo, que dele decorre. É isto que levanta contra ele a cólera dos conservadores”. (pág.193 de “Perspectivas do Homem”)
Mas,
“O Padre Teilhard de Chardin jamais apresenta os problemas históricos atuais,nem os das guerras, nem os das crises, em função de uma análise das relações de classe. Este ponto de vista puramente biológico sobre os fenômenos sociais, esse desconhecimento do caráter específico do social e de suas leis em relação ao biológico e suas leis, constitui a principal debilidade dos estudos do Padre Teilhard, nesse domínio”. (Garaudy, obra citada, p.195).

AFASTAÇÕES

Segundo Roger Garaudy:
a) Para Teilhard o homem traz e resume em si o movimento inteiro do universo. Sua fenomenologia busca as significações do real colocando-se no término do movimento. É definitivamente uma explicação pela finalidade. Portanto, longe de superar o marxismo, a obra de Teilhard fica aquém do marxismo. E, Garaudy,continua:
b) Teilhard procede a uma exrapolação perigosa: assim como quis aplicar aos fenômenos sociais as leis do desenvolvimento biológico, sem levar suficientemente em consideração a especificidade do ser em cada um de seus graus de complexidade, nem a mudança qualitativa que se opera na passagem de um grau para o outro. Teilhard estendeu às formas mais elementares da matéria física a concepção da interioridade que caracteriza o psiquismo humano.
c) Sua fenomenologia da natureza vê apenas diferença de grau, onde existe mudança qualitativa; colocando assim o espírito no princípio de todo o movimento. Posição que Garaudy chama de “uma variante do idealismo objetivo”.
d) Teilhard introduz na natureza uma forma de energia orientada, que a ciência não pode reconhecer nem caucionar.
e) “O finalismo, em nome do qual Teilhard julga que toda gênese deve compreender-se por seu termo, o conduz ao idealismo pelo qual o espírito que põe os fins é o esforço último do mundo “ (p.180 ,Garaudy) Frase de Marx: “A razão sempre existiu , se bem que nem sempre sob forma racional”.
f) Teilhard conheceu pouco e mal o marxismo, mas aderiu inevitavelmente a certos termos fundamentalmente desta filosofia: dialética da natureza e humanismo otimista e conquistador.Como já falamos. E, apesar de ter um pensamento espontaneamente dialético, Teilhard não tem clara consciência desta dialética.
Isso se exprime através de duas grandes lacunas em seu pensamento:
1- Não analisa o fenômeno da alienação, porque não percebe o seu condicionamento social, por um regime de economia mercantil, que vicia todas as relações humanas.
2- Não dá importância devida à natureza, nem no desenvolvimento das contradições dialéticas da Natureza, e nem no da História.
g) Garaudy acha que Teilhard dá um lugar exíguo à significação e ao papel da transcedência. Etc...

DUAS VISÕES DO MUNDO FUTURO

Na visão de Marx, a relação entre esse homem novo e a natureza (“o homem é a natureza tomando consciência de si”), ou seja, sua própria natureza antropológica, será a de um artista. O homem realizará sua tendência natural de dispor das coisas “de acordo com as leis da beleza”. Neste sentido, o comunismo é um ideal estético. E, a atividade econômica se tornará atividade artística, com a indústria sendo a avenida suprema da criação, e o próprio planeta se tornará a obra de arte do homem novo. O mundo alheado dará lugar a um mundo estético. Como diz Marx, nos “Manuscritos Econômicos e Filosóficos”, de 1844:
“O reino da liberdade começa onde finda o trabalho árduo ditado pela necessidade , e por fins exteriores; por conseguinte, em virtude da natureza das coisas, ele se acha para lá da esfera da produção material propriamente dita... para lá da produção material, onde o reino da necessidade começa o desenvolvimento da fôrça humana que é um fim em si, um verdadeiro reino da liberdade e que, não obstante, só pode surgir todo esse reino de necessidade como base. O homem se definirá pelo seu ser, e não pelo seu ter”
O padre Teilhard de Chardin descreve assim o Ponto Ômega:
“Um Terra cujas necessidades sempre mais acrescidas e cujo interesse sempre mais em suspenso,encontrarão sua saída vital, no ato de tudo aprofundar, de tudo ensaiar, de tudo prolongar. Uma Terra em que os telescópios gigantes e os desintegradores de átomos, absorverão mais ouro e suscitarão mais admiração espontânea que todas as bombas e todos os canhões. Uma Terra onde não somente para o exército agrupado e subvencionado dos pesquisadores, mas para o homem da rua, o problema do dia será a conquista de um segredo e de um poder a mais arrancados aos corpúsculos, aos astros ou a matéria organizada. Uma Terra onde, como já acontece, é para saber e ser, antes de que para ter, que se dará a vida”. (in “O Fenômeno Humano”,p.311, Teilhard).
TEILHARD E A CENSURA

Em 1926, os Superiores dos Jesuítas ordenaram-lhe cessar todo o seu ensinamento no Instituto Católico.
Em 1933, Roma também ordena que o Padre Teilhard se recuse a qualquer função em Paris. Em 1938, é-lhe proibido publicar “A Energia Humana”. Em abril de 1941, Teilhard envia a Roma sua obra principal: ‘O Fenômeno Humano”. À 6 de agosto de 1944, toma conhecimento de que sua obra foi rejeitada pela censura eclesiástica. Só aparecerá depois de sua morte.
Em setembro de 1947, é convidado a não mais escrever filosofia. Em 1948, é-lhe proibido aceitar a cátedra que se lhe oferece no Colégio de França. Em julho de 1950, a censura rejeita “O Grupo Zoológico Humano”. Em 1955, proíbem-no de participar do Congresso Internacional de Paleontologia.
A hierarquia católica não cessou durante toda a sua vida, de priva-lo dos meios de expressão. Até sua morte, afora alguns artigos técnicos,sua obra só foi conhecida, através de fragmentos mimeografados que circulavam furtivamente.
TEILHARD: GALILEU E PROFETA

O Padre Teilhard de Chardin teve perfeita consciência das fontes de hostilidade com que se defrontava. Em 1951, comentando as discussões da Semana e Intelectuais Católicos,sobre o tema da esperança, escrevia:
“A Semana deste ano terá mostrado uma vez mais como há no presente momento dois cristianismos em conflito: um cristianismo de menosprezo pelo mundo (ou de evasão); e um cristianismo de separação (ou de evolução)”. (Carta de 02.05.51, citada porCuénot)
O cristianismo faz desertores e falsos irmãos: eis aí o que não podemos perdoar”. (in ‘O Meio Divino”).
Podemos mesmo dizer que o último concílio ecumênico, e o admirável papa João XXIII, foram conseqüências da obra de Teilhard Chardin.
E, para semana voltaremos com assuntos mais amenos.
“O ser humano é massa estelar , refletindo sobre estrelas” CARL SAGAN (astrônomo)
___________________

"Olympia" fez 96 anos


Em 24 de abril de 1912, inaugurava em Belém a sala de cinema Cine Olympia. Época do cinema mudo, o espaço atravessou vários momentos da história cinematográfica nacional e internacional. Noventa e seis anos depois de sua inauguração, o Cinema Olympia está em pleno funcionamento, sendo o mais antigo do Brasil que continua exibindo a sétima arte. E para comemorar quase um século da sala, a Prefeitura Municipal de Belém, via Fundação Cultural do Município de Belém (FUMBEL), realizou programação especial na quinta-feira/24.
Pela manhã, o projeto “A Escola Vai ao Cinema” levou mais de 200 crianças das unidades de educação infantil do município para assistir ao longa “Arthur e os Minimoys” e, ainda, a animação “Vida de Inseto”.
Segundo a professora Marizete Pantoja, a participação dos alunos no projeto é fundamental já que é a continuação do trabalho pedagógico que vem sendo desenvolvido na creche na qual leciona. “Todos os dias as crianças assistem DVD na escolinha, mas elas não conheciam a magia de uma tela do cinema”, comentou a professora.
Na parte da tarde, as pessoas que compareceram ao Olympia foram recebidas por trilhas sonoras de filmes como “A Pantera Cor-de-Rosa”, “Os Embalos de Sábado a Noite”, “Dançando na Chuva”, seleção feita por Élida Braz, artista de destaque no meio cultural da cidade. Houve ainda a abertura da exposição permanente “Olympia – Uma Viagem pelo Tempo” e, em seguida, a entrega do prêmio “Personalidade do Cinema Paraense” a seis mulheres que se dedicam e se destacam no circuito paraenses da sétima arte. Luzia Miranda, crítica de cinema; as diretoras cinematógráficas, Suelene Pavão e Marta Nassar, e as atrizes, Nilza Maria, Tacimar Cantuária e Mendara Mariane, foram as homenageadas.
Após a solenidade, a programação seguiu com a exibição dos curtas paraenses “Mulheres Choradeiras”, “Dias” e “Severa Romana”. O encerramento das comemorações dos 96 anos Cine Olympia foi com a exibição da produção japonesa “A Música de Guion”.
Lembranças - A história do Cine Olympia se confunde com a de muita gente que até hoje não esquece os tempos de glamour que a casa oferecia aos amantes da arte. Aos 85 anos, a dona-de-casa Guiomar da Silva Saul não esquece a primeira vez que entrou no espaço. “Eu tinha oito anos e estava acompanhada dos meus pais. Ainda lembro bem do dia em que assisti” A Sombra que Passa “, emocionou-se.
Outra apaixonada pelo Olympia, a diretora cinematográfica Suelene Pavão comenta a importância do espaço em sua vida. “O Olympia faz parte da memória de todos os paraenses sendo, também, de fundamental valor para o cinema brasileiro, pois é uma das salas de exibição mais antigas em funcionamento. Aqui podemos assistir o que o Pará está produzindo na área cinematográfica e o melhor disso tudo, é gratuito”, avaliou Suelene.
Para o casal Luzia Miranda e Pedro Veriano o Olympia foi o cenário de uma união da arte e de vidas há 47 anos. “Ainda adolescente fui assistir o filme “Sinfonia Carioca”, foi quando eu e Pedro começamos a namorar. E hoje recebo uma homenagem pela paixão que me dedico ao filmes, no local que me apaixonei por meu marido”, comentou a crítica de cinema.

_____________
Vanda Amora

LURDINHA BEZERRA recomenda


Alô Crianças

Ganhamos mais um espaço para shows, apresentações, etc, Trata-se do TEATRO BALLROOM, na Travessa piedade, 587, entre Tiradentes e Henrique Gurjão, no centro de Belém, que será inaugurado dia 10 de maio.
Flávio Venturini – mineiro dos “bão", foto” - e a Lia Sophia farão um show farão o show de estréia, a partir de 21 h, que será repetido no dia seguinte, 11, no mesmo horário.Ingressos antecipados na loja Ná Figueredo,
Informações 32248948 e 3249.0770.
Flávio Venturini, dispensa comentários.

ADO está com tudo e não está prosa

O pagodão do ADO, que acontece todos os domingos no bairro do
Telegrafo, a partir das cinco da tarde, está demais. Nesse feriado de 01 de maio, o amigo Neno, conhecido compositor do samba, promove o “Sambista também é trabalhador ", com uma tremenda feijoada regada a samba, a partir de duas da tarde, Vão pintar por lá, Bilão da Canção, João Lopes e convidados.
O bar do ADO, que é reduto dos sambistas no Bairro dos Artistas, fica na Travessa Coronel Luiz Bentes, próximo aos Correios da Senador Lemos - Telégrafo.
Todos convidados. Quem lê este blog está autorizado a repassar o convite.
Aguardo vocês.

IVO AMANAJÁS – 65 anos de boa gente

O empresário do samba, IVO AMANAJÁS , conhecido como grande incentivador do samba de raiz, nesta quarta=feira, 30 de abril, véspera do feriado, completa 65 anos.
O auspicioso evento, é claro, será regado a muito samba e gelada no pagode que ele comanda aos domingo junto comigo - é eu tou nessa! - no Bar e Restaurante Bottus.
Os Amigos do samba e os intérpretes já estão confirmados para esse sambão de mesa, que começa as dez da noite, sob o comando do intérprete Toni Melodia.
Anotem o endereço - Bottus Bar e Restaurante, Curuça com Soares Carneiro - Telegráfo
E lembrando que nesse domingo/27, tem samba, a partir das sete da
noite, com o mesmo Toni Melodia.
Aguardo todos lá. Sem falta.
Informações 81254812.

Emissoras Cultura comemoram o
Dia Nacional do Choro e de Pixinguinha

Foi na quarta/23 mais vale a pena lembrar: A FUNTELPA através das suas emissoras Rádio e Tv Cultura, além do Portal Cultura comemoraram o Dia Nacional do Choro e do aniversário de .
Foi o dia todo de homenagens, dentro dos programas da Rádio Cultura FM.
Começou as 06 h com Brasileiríssimo - O programa de choro da casa que inicia o dia, foi é especial. Luiz Andrade apresentou clássicos do choro e os artistas paraenses. Todos cantando choro.
Logo o “Jornal da Manhã”, o programa Matéria Prima, que comandado por Luciene Bandeira, apresentou o grupo "Charme do Choro" que interpretou “ao vivo” várias composições de Pixinguinha.
Na parte vespertina, Fonograma –“ O Dicionário da Arte Brasileira” reservou grande espaço para homenagear Pixinguinha, fazendo um verdadeiro raio X da vida e na obra do compositor.
À noite, após as 20 h, Beto Fares e Osvaldo Bellarmino Jr. Diretamente do Espaço Gasômetro, comandaram o show Salve o Choro, em homenagem a Pixinguinha, transmitido pela Rádio Cultura FM.
Mesmo com a presença do rádio, o espetáculo, prestigiadíssimo, teve a participação grupo Sarau Brasil,Yury Guedelha e um monte de convidados.

"Carimbó” patrimônio cultural brasileiro

Já que falo na Rádio Cultura FM, ela será a rádio oficial da campanha "Carimbó patrimônio cultural brasileiro que vamos lançar nos próximos dias no Matária Prima .
De acordo com o Osvaldo Bellarmino Jr, temos no estúdio de produção uma pasta com os detalhes à disposição dos interessados. E na unidade D – estúdio acústico/digital Nota 10 da emissora - estamos gravando depoimentos de artistas e ouvintes, com o seguinte texto:"Eu sou fulano de tal ... e quero o carimbó patrimônio cultural brasileiro.
Vamos gravar com membros de grupos de carimbó e com artistas que venham participar de programas como Matéri Prima ,Cultura Pará, Feira do Som, Fonograma, etc. Serão montadas vinhetas com esses depoimentos que irão ao durante a programação.
Além disso teremos o carimbó de hora em hora e a presença de grupos de carimbó do interior no Cena Musical, que vai ao todas as sextas-feiras, as 11 h, “ao vivo”, diretamente do Estúdio Edgar Proença, transmito simultaneamente pela Rádio e TV Cultura.

Tchau

E não deixem de escutar aos sábados, meio dia em ponto, na Rádio Cultura FM Clube do Samba, com tudo sobre samba, pagodes e “assemelhados’.

Produção, minha e apresentação do Janjão.

Beijos, sexta-feira eu volto. Se deixarem!
CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO PARÁ

Dia 25 de Abril
Dia do Profissional da Contabilidade
_____________________________


Um dia especial para comemorar a profissão que contribui de várias maneiras à vida econômica e social do país, dedicando de forma admirável sua capacidade técnica-científica na elaboração contínua de informações vitais para fundamentar as decisões e o equilíbrio da gestão das empresas e instituições públicas e privadas. A atuação profissional relevante torna os Contadores e Técnicos em Contabilidade, profissionais merecedores de reconhecimento do seu elevado valor social.
O Crescimento do País conta com vocês.

PARABÉNS A TODOS OS CONTABILISTAS!

Regina Vilanova
Presidente do CRC-PA

4/22/2008

José Wilson Malheiros


POBRE SANTA CASA!


Desde o tempo de nossos avós aprendemos a respeitar a Santa Casa de Misericórdia, de Belém do Pará.
Esse hospital secular tem prestado bons serviços às pessoas de todos os matizes sociais, no transcurso de sua respeitável história permeada de crises e de prosperidades.
As Santas Casas foram trazidas para o Brasil pelos nossos irmãos portugueses.
A nossa, aqui no Pará, sempre foi imprescindível como hospital, escola, lenitivo, socorro e amiga certa das horas incertas.
Falam os jornais que atualmente mais uma crise se abate sobre a instituição, causando insatisfação salarial nos médicos que ali labutam, falta de recursos materiais para atender a demanda de maneira digna e eficiente.
Todos sabem que a Santa Casa é uma espécie de Fênix, que de tempos em tempos ressurge das cinzas para continuar cumprindo sua missão.
Esta não é a primeira vez. Nem faz tanto tempo assim, eles estavam atolados de dívidas trabalhistas de gravidade tamanha.
Era, realmente, uma ameaça muito séria à sobrevivência do tradicional hospital que todos aprendemos a respeitar.
Foi quando surgiu, na oportunidade, a figura do Juiz Roberto Santos com a idéia salvadora.
Centralizou os pagamentos das dívidas em uma das Varas da Justiça do Trabalho, efetuou intervenções administrativas até que novamente a Casa pudesse voltar a andar com as próprias pernas, livre dos credores.
Em suma, sarou e ressuscitou o paciente.
Vemos agora que o problema – para preocupação de todos o que sabemos da importância da Santa Casa – ameaça a se repetir.
Seria uma recaída ou a volta de uma doença crônica (hipótese que nos recusamos a acreditar, dada a importância da instituição)?
Resgatemos esse hospital, uma das poucas tábuas de salvação – hoje em dia – dos afogados pela sorte, os pobres, os desvalidos, que são o grosso da clientela.
Que tal implantarmos uma administração profissional nos moldes da que coloca ainda hoje em prática uma plêiade de homens interessados no bem comum, liderados pelo grande empresário Antônio Hermírio de Morais em sua Beneficência Portuguesa, na capital paulista?
Não falo em privatização e sim em aproveitamento da experiência de cidadãos, de líderes de notório sucesso na iniciativa privada para aplicação nessa iniciativa que não somente os engrandeceria como faria um bem muito grande à comunidade.
Não custa tentar. Pessoas capazes não faltam em nosso Estado para uma tarefa de tamanha magnitude e abnegação como essa.
Fica a sugestão. Os acertos jurídicos, ainda que imprescindíveis, ficam para uma segunda etapa.
______________________

jwmalheiros@hotmail.com

4/21/2008

LURDINHA BEZERRA recomenda


Voltei!!!!

Ahá vocês pensavam que eu havia sumido da internet? Claro que não. O ocorreu que o sistema operacional do Feio – o computador dele tem memória de 1 giga e cheio de quais, quias, quais - ultimamente tem dado bug . Mas, acredito, que a partir de agora a coisa vai funcionar a contento; e, todas as sextas-feiras – nesta a semana a circulação voltará ao normal – estarei aqui… se Deus quiser.
Vamos ao trabalho.

Cazuzas

Belém, ganha um novo espaço para o samba. Aliás, ganha de volta a Casa de Show Cazuzas, que desde a década de 90 ,alegra as domingueiras na cidade, sob o comando do ex- Djei VIVALDO- ou para os mais, mais, Vavá, com muito samba e suingueira.
TODOS CONVIDADOS.
A CIDADE VELHA VAI BALANÇAR!!

"Sandalia de Ambuá- 10 anos "

A rapaziada de Abaetetuba, município do Pará, terra conhecida como o lugar de cachaça boa e da praia de beja, vem mostrar que também dá samba. No passado dia 15 de março, lá no municipio, na sede do clube ABAETEUBENSE, lançpu seu segundo cd "Sandalia de Ambuá- 10 anos " , contando com a participação de artistas locais e da banda de Belém CAIA NA GANDAIA.
O lançamento teve a tem produção de Tita e Capacete e, segundo eles, é uma maneira dos músicos mostrarem as várias vertentes do samba paraense,(ou ABAETETUBENSE) que tem no repertório desde samba de partido alto, samba de breque, passando por samba enredo e samba choro.
Bola pra frente, amigos.

O Charme do Choro

Em 2006 o Instituto de Artes do Pará – IAP - realizou a Oficina de Choro
do Pará, de onde surgiu o Grupo O Charme do Choro. Composto unicamente
por mulheres, logo o grupo começou a ganhar destaque no meio musical,
fazendo diversas apresentações em grandes eventos da cidade, como o
Aniversário de Belém e o I Festival de Choro da Casa do Gilson. Também,
em um ano de formação, o Charme do Choro realizou dois espetáculos,
ambos no Teatro Margarida Schivassappa. E vem, assim, tornando-se cada
vez mais essencial para a esfera musical paraense.
Por ser, como foi dito anteriormente, formado por mulheres – Camila
Alves; Carla Cabral; Jade Moraes; Laíla Cardoso e Janete Carvalho - o
grupo sente a necessidade de comemorar tal conjuntura, não só entre si
mais com grandes outras mulheres que, com suas vozes, inebriam
multidões.
Charme do Choro conta com o apoio das cantoras: Andréa Pinheiro – prima do Feio, soube na semana passada; Anne Dias; Bárbara Nunes; Lívia Rodrigues; Patrícia Bastos e Patrícia Rabelo.
Neste texto tive o apoio da Carla Cabral.

Bolero está demais

O Novo Bolero em nova fase, além de ofertar a Van expresso, (contato da van- 99-8467-44), ainda proporciona a clientela mesa a domicilio aos clientes. Sob o comando do empresário Jenilson Siqueira reservou para o mês de abril várias atrações nacionais sem deixar de prestigiar o artista da terra.
No passado dia 6 de abril apresentou JOSÉ AUGUSTO, um dos cantores romântico brasileiro de maior sucesso no exterior, que chegou ao palco do Bolero para uma noitada junto com a banda paraense Volare e que bombou.
Foi um sucessão
Dia 25 de abril o maior intérprete do Brasil, O BOTAFOGUENSE, AGNALDO TIMOTÉO, faz show em Belém. Ele que em 1960 deixou o circo no interior de Minas Gerais (Caratinga) e foi para o Rio de Janeiro, até conseguir oportunidade no programa Hoje é dia de rock. Em 1965 gravou seu 1º disco “Surge um astro” pela Odeon.
Desde então não parou mais de gravar e fazer sucesso, tendo inclusive lançado discos no México, Estados Unidos e Inglaterra.
AGNALDO, que já gravou mais de 50 discos, chega para dividir o palco com a dama da seresta Cleide Moraes.
Dia 30/04- véspera do feriado, quarta-feira, o Bolero traz a musa do iê-iê-iê, sucesso da década de 70, a loura Vanusa, que vai compor um trio de mulheres cantoras da pesada; Vanusa, Cleide Moraes e Rosangela Maria.
Bolero, é a nova casa de show, o reduto dos românticos e da boa música, como falei, sob a coordenação do empresário Genilson Siqueira.
Vá conferir.
Maiores informações- 3249-6402

Parabéns Dona Anastacia

Dona Anastacia que é líder comunitária, no bairro da Pedreira, no dia 04 de abril, sexta-feira, comemorou com um pagodaço no bar da ANASTACIA -, que fica na Enéas Pinheiro com Pedro Miranda, desde as sete da noite -, seus 69 anos regado a muito samba, gelada e um buffet completo com as iguarias que só ela sabe fazer. Claro que para comemorar “nos triques”, ela chamou a nata do samba. Olhe quem esteve lá: Fernando Jakaré, Bilão, Junior Bambo, Rally, Meio Dia, Kiko e Marisa Black
Conheça o Bar da Anástacia - Enéas Pinheiro com Pedro Miranda- Pedreira – berço do samba e dos sambistas

Adega do Pisco

Não deixem de prestigiar o Bingo da Amizade, regado a samba e muita gelada, na ADEGA DO PISCO, todos os sábados – desde o dia 12 -, a partir de uma da tarde, com a rapaziada da velha guarda do Varandinha, e a participação do Bilão da Canção e grupo Tem Raiz, sob o comando do empresário Wanelson, Cartelas a venda no local ou pelo fone (91)-9161-8388.
A Adega do Pisco, fica na Antiga Estrela, hoje Mariz de Barros com a
Pedro Miranda- Pedreira.
Lembrando que esse Bar, Adega do Pisco, além de existir há mais de 30
anos, todas as sextas-feiras tem samba de mesa a noite com a rapaziada do
Varandinha e convidados, no calçadão e no sábado e domingo, samba, a
partir das 16h, com ao grupo Tem Raiz.

Janaína Reis em Sampa

Janaína Reis que é paraense de Castanhal, está sendo convidada para uma série de shows em São Paulo - observem a ilustração no início da coluna - , inclusive dividindo o palco com a maior expressão do samba de raiz, que é o grupo Fundo de Quintal, ela que aniversariou no dia 13 de abril vai estar em Belém no início de maio, quando estará abrindo o show em comemoração ao lançamento de uma revista, que contará com a participação do sambista Jorge Aragão, dia 09 de maio.Janaína Reis esteve recentemente em Belém, fazendo uma série de shows nos teatros, com produção da carioca Stela Farias e a nossa Assessoria . Não é para querer me gabar, mas as apresetações foram demais, uau.

Truculência

Recebi de: Acácio F B Elleres:
No último domingo estava no boteco das onze com duas amigas e a filha de uma delas. Eram 19 horas. Uma equipe do juizado de menores acompanhada de policiais armados chegou para fazer uma fiscalização. Fomos abordadas e agredidas verbalmente de uma forma que eu nunca tinha sido na minha vida inteira. Segundo a equipe do juizado não podíamos estar tomando um chopp na mesma mesa que uma criança, isso a estaria colocando em risco. Pedi algumas explicações no intuito de entender o que estava acontecendo. Eles não mostraram uma lei, uma portaria, um documento. Não me explicaram nada. Eles eram "voluntários", muito despreparados e extremamente inadequados. Até agora ainda me sinto violentada pela maneira como fui tratada. Na hora eu não conseguia acreditar no que tava acontecendo. Nosso grande crime: uma tulipa de chopp.
Como a Pris estava lá ela filmou o que aconteceu depois da abordagem inicial e deu uma editada. Nessas horas é ótimo ter irmã cineasta ; )- . O vídeo ajuda a entender o que aconteceu por lá. Foi triste. Desnecessário. Um abuso de autoridade. Parece que estamos voltando aos tempos da ditadura.
Peço que você dê uma olhada e repasse para seus contatos e leitores. Podia ser com qualquer um de nós.


Tô de casa nova


Amigos.
como devem saber, eu mudei de casa no mês de janeiro, - mas só agora e que concluí a compra de minha casa,- então só há uma semana que pedi a instalação do telefone, o que foi feito neste final se semana.
Então para todos o fone continua o mesmo - 3276-7522.
E viva o granh bell e viva a minha casa ah. e viva nós, ué.
E não deixem de escutar aos sábados, meio dia em ponto, na Rádio Cultura FM Clube do Samba, com tudo sobre samba, pagodes e “assemelhados’. Produção, minha e apresentação do Janjão.

Beijos, sexta-feira eu volto.
ENSAIO
Por que a mídia sudestina não pode refletir a Amazônia

Brasília – A verdade da Amazônia só poderá ser revelada, no âmbito jornalístico, por repórteres munidos de duas ferramentas cruciais: conhecimento da alma amazônida e talento literário, este, não no sentido da invenção, mas de revelar como as coisas eram. Nesse contexto, a imprensa de São Paulo e Rio de Janeiro, a chamada mídia nacional, mantém-se na superficialidade da questão amazônica. Quais são essas ferramentas e como obtê-las é o objetivo deste minúsculo ensaio.
A Amazônia não sairá mais da pauta da mídia mundial, por uma razão: trata-se do mais importante mecanismo de equilíbrio climático da Terra. Segundo as mais recentes previsões científicas, sem a Amazônia a Humanidade enfrentará cataclismos e estiagens que exterminarão com populações inteiras, e o Trópico Úmido detém em torno de 15% da água doce de superfície, a mais exuberante biodiversidade do planeta e incalculáveis jazidas de metais estratégicos e pedras preciosas. Além disso, a Grande Floresta é dizimada à razão de pelo menos 10 mil quilômetros quadrados por ano; índios, caboclos, ribeirinhos, quilombolas morrem aos magotes, de fome, doença, escravidão, assassinato e suicídio.
Para cessar a destruição da floresta a diplomacia do governo brasileiro já deixou claro aos organismos internacionais que isso só acontecerá se pagarem. E se os países ricos resolverem mesmo pagar para que a mata fique em pé, aí é que os povos das florestas não valerão nada mesmo, pois serão proibidos de comer sequer uma folha de árvore.
Mas isso será uma faca de dois gumes. O ensaísta geopolítico Gelio Fregapani defende, no seu livro Amazônia – A grande cobiça internacional, que o Brasil só conservará a Amazônia se povoá-la; nesse aspecto, índios e caboclos aliados às Forças Armadas são fundamentais para assegurar nossa soberania, numa possível guerra de guerrilhas, a mesma estratégia utilizada pelos vietnamitas na sua vitória contra os americanos e na iminente vitória dos iraquianos também contra os Estados Unidos, que, apesar do seu arsenal nuclear, capaz de devastar o planeta inteiro, só poderá ocupar efetivamente o solo por meio da presença humana.
Nesse cenário, a imprensa internacional vê a Amazônia como um santuário e os amazônidas como uma horda bárbara. A mídia nacional, ou sudestina, vê a Amazônia com desprezo colonizador. Quanto às empresas de comunicação social da própria Amazônia são, quase sempre, familiares; mantêm um relacionamento suspeito com políticos, principalmente governadores; desprezam a própria região que as enriquecem; e não cultivam o mínimo compromisso social inerente à natureza do jornalismo.
Restam os repórteres estrangeiros cosmopolitas; os repórteres sudestinos cultos, sem a boçalidade da visão colonialista, etnocentrista; e os jornalistas da própria Hiléia, comprometidos com os atores principais da tragédia da Amazônia: os amazônidas. Isso, contudo, não é suficiente. A Amazônia precisa ser despida, examinada minuciosamente, auscultada, estudada, analisada, dissecada e apresentada ao mundo tal como é, para ser, só então, compreendida e amada. Para isso, além do comprometimento social, os repórteres incumbidos dessa missão necessitam de ferramentas especiais.
As ferramentas da verdade - Para os jornalistas que não foram educados na Amazônia e pretendem conhecer a alma amazônida é fundamental uma temporada de pelo menos dois anos na Hiléia, para ver e comparar o inverno e o verão amazônicos, aprender a apreciar sua cozinha, sentir os infinitos perfumes e sons da floresta e mergulhar nas madrugadas das grandes cidades incrustadas na selva. Mas só isso não basta.
Será necessário ler, ver e ouvir os grandes artistas da região. Por exemplo, em Verde Vagomundo, de Benedicto Monteiro, sentimos a água entrando na nossa pele, encharcando-nos, inundando-nos, afogando-nos. O poeta João de Jesus Paes Loureiro despe Belém como um homem tira a roupa de uma mulher muito bonita, devagar, sem pressa, degustando-a com todos os sentidos, até perder todos os sentidos na vertigem da lucidez. Então, a alma feminina, enigmática até para as mulheres mesmas, se revela como uma flor ao sol da manhã.
Assim, é preciso ler, para citar alguns pesos pesados, Euclides da Cunha, Ferreira de Castro, Dalcídio Jurandir, Benedicto Monteiro, João de Jesus Paes Loureiro, Gabriel García Márquez (Sim, ele mesmo!), além de ver os pintores da região, ouvir os músicos e ver a dança. É necessário singrar os rios, ver o céu de agosto, embriagar-se com o perfume dos jasmineiros enlouquecidos nas noites tórridas, embalar-se numa rede e ouvir o riso das caboclas, das negras, das portuguesinhas. Mas só isso não basta.Móvel, fluida, enganadora, habitante de uma zona morta, a verdade simplesmente não pode ser resgatada. A missão do repórter, então, é se aproximar, o mais perto possível, da verdade, mesmo movendo-se em terreno pantanoso. Entrevistando vários oficiais na Guerra da Criméia (1854), o correspondente do The Times de Londres, William Howard Russel, descobriu que “os relatos de testemunhas são, freqüentemente, contraditórios”.
O papa-chibé Lúcio Flávio Pinto é, de longe, o repórter, e ensaísta, amazônida que melhor revela a Amazônia, tanto no seu Jornal Pessoal quanto em livros, o último dos quais - Contra o poder – 20 anos de Jornal Pessoal: uma paixão amazônica (edição do autor, Belém, 2007, 279 páginas) - revela os bastidores da sua trincheira pessoal. O texto de Lúcio Flávio Pinto é eficaz em destrinçar o enigma amazônico, em matar a charada do Trópico Úmido; isso só é possível porque Lúcio Flávio Pinto lança mão das mesmas ferramentas utilizadas por escritores que também foram jornalistas, ou jornalistas com sensibilidade de artista.
O repórter caminha sobre areias perigosas, procura chegar o mais perto possível da verdade, por meio da investigação e da coleta de provas, de forma a resgatar como as coisas eram. O crítico literário americano Carlos Baker identifica três instrumentos estéticos que servem para o registro de como as coisas eram: “o sentido do local, o sentido do fato e o sentido da cena”. Disse o escritor e jornalista americano Ernest Hemingway: “Se não tivermos geografia, um cenário de fundo, nada temos”. A fusão, pois, de local e fato, por meio da ação, gera a cena, móvel como a própria vida.
O escritor e jornalista italiano Curzio Malaparte, em despacho da Rússia, em 1942, escreveu para o Corriere de la Sera: “Sob meus pés, impressa no gelo como em cristal transparente, estava uma fileira de belos rostos humanos, uma fileira de máscaras de vidro, como num ícone bizantino. Estavam olhando para mim, fitando-me. Os lábios eram estreitos e gastos, o cabelo comprido, os narizes afilados, os olhos grandes e muito claros. Eram as imagens dos soldados soviéticos que haviam caído na tentativa de cruzar o lago. Seus pobres corpos, aprisionados durante todo o inverno pelo gelo, foram arrastados pelas primeiras correntes da primavera. Mas seus rostos permanecem impressos no límpido cristal verde-azulado. Observam-me serenamente e até pareciam tentar acompanhar-me com os olhos”.Fato: Segundo Guerra Mundial. Local: lago na Rússia. Cena: mortos que fitam um viajante. Aqui, o verbo fitar fez da notícia um registro vívido do fato. Deu-lhe ação, vida.
Ao erguer o edifício da reportagem de longe fôlego, o repórter deve considerar alguns pequenos truques. Estará, assim, despertando, no leitor, interesse permanente, o mesmo interesse que somente a ficção de primeira categoria pode proporcionar. Assim como o escritor, o jornalista classe A evita a falácia patética, que se trata de excesso de emoção. O excesso de emoção dificulta a descrição da realidade, ao passo que, ao controlar a emoção, o repórter verá o que realmente está acontecendo e descrever isso. Ora, sendo a falácia patética um erro de percepção, será, também, um erro de expressão, “já que o que foi visto erradamente não pode ser descrito veridicamente” - observa Carlos Baker.
O domínio da emoção resulta, segundo Baker, em “vermos aquilo que vemos, em vez daquilo que pensamos ver; aquilo que sentimos, em vez daquilo que somos supostos a sentir; e em dizer diretamente o que vemos realmente, em vez de apresentarmos uma versão falsa do que vemos”. A falácia apática é outro inimigo da verdade porque “a razão é tão fria e tensa que a emoção é inteiramente esmagada” - diz Baker. Enquanto a falácia patética deturpa a realidade, a falácia apática a imobiliza, e a intensidade, que é vida, dá lugar à tensão, que é morte.
Baker enumera ainda a falácia cinematográfica: “O mesmo que apontar um espelho e um microfone para a vida e registrar, com precisão absoluta, embora seletiva, todos os reflexos e sons”. O fato jornalístico registrado por meio de um espelho e um microfone é limitar a realidade a movimento, diferentemente do efeito produzido pelo sentido da cena, que é ação e, portanto, vida.
Ernest Hemingway desenvolveu um princípio estético a que chamou de “disciplina da percepção dupla”, que é a descrição do fato e da reação emocional sobre quem o vê. O jornalista americano Januarius Aloysius Mac-Gahan foi o pivô da guerra russo-turca (que teve início em 29 de abril de 1877) e pela independência da Bulgária. A gota d’água foi o que ele escreveu, que se constitui num exemplo de dupla percepção. O horror descrito pelo repórter foi perpetrado pelos curdos e bashibazouks turcos para esmagar a revolta búlgara de 1876. Mais de doze mil homens, mulheres e crianças tinham sido mortos.
“Acho que cheguei com uma disposição de espírito justa e imparcial e, certamente, deixei de lado a frieza. Há coisas demasiado horríveis para permitir algo assemelhado a uma investigação tranqüila; coisas cuja vileza o olho se nega a examinar e a mente se recusa a considerar. Deparamos com um objeto que nos encheu de piedade e horror. Era o esqueleto de uma mocinha que não tinha mais de quinze anos. Ainda estava vestida numa camisa de mulher, mas os pezinhos, dos quais os sapatos tinham sido retirados, estavam nus e, devido ao fato de a carne secar, em vez de se decompor, encontravam-se quase perfeitos. O procedimento parece ter sido o seguinte: eles agarravam uma mulher, despiam-na cuidadosamente, deixando-a de camisa e pondo à parte quaisquer enfeites ou jóias que por acaso tivesse sobre si. Então, tantos quantos assim o desejassem, violentavam-na, e o último homem a matava ou não, segundo a disposição com a qual se encontrasse.
“Fomos informados de que havia três mil pessoas jazendo neste cemitério apenas. Era uma visão horrenda - uma visão para apavorar a pessoa pelo resto da vida. Havia cabecinhas cheias de cachos ali, naquela massa apodrecida, esmagadas por pedras pesadas; pequenos pés que não chegavam ao comprimento de um dedo, nos quais a carne ressecara-se; mãozinhas de bebês projetavam-se para fora, como se pedissem ajuda - criancinhas que morreram espantadas com o reluzir dos sabres e as mãos vermelhas dos homens de olhos ferozes a manejá-los; filhos mortos encolhidos de susto e terror; mães que morreram tentando proteger seus rebentos, com seus próprios corpos fracos, todos jazendo juntos ali, apodrecendo numa única massa horrenda.”
Um truque final: ao pintar-se o painel da reportagem de longo fôlego, o ato de seleção verbal é de vital importância - o que quer dizer eliminar todas as palavras falsas. “Somente através de um cuidado constante, nunca desencorajado, na formação e ritmo das frases, é que a luz da sugestividade mágica pode ser elevada a atuar por um instante evanescente sobre a superfície do lugar das palavras: das velhas, velhas palavras, já desgastadas, tornadas muito tênues por eras de uso descuidado” - disse Joseph Conrad, o autor de No Coração das Trevas.
A posição da palavra na frase, o ritmo que ela imprime, tudo isso deve ser considerado. Em Os Sertões, os mandacarus assumem vida humana, “despidos e tristes, como espectros de árvores”, e o ritmo pode ser localizado em frases como “Longos dias amargos dos vaqueiros” - um decassílabo com cesura na sexta sílaba. Versos como esses são incontáveis em Os Sertões, abrindo a porta do texto jornalístico para a poesia.
Ao resgatar o fato jornalístico na reportagem de longo fôlego, mantendo as personagens vivas, como fez Norman Mailer em A Luta, o repórter terá alcançado o ponto culminante da estética jornalística: a verdade.
Assim, a Amazônia só será plenamente revelada, amada e divulgada se nos despirmos de todos os preconceitos e a compreendermos nas suas misérias e sob a intensidade do céu de agosto, em Macapá; de tão azul, sangra.
DENGUE

O que você faz para combater a dengue? A cada período chuvoso a população teme possíveis surtos e muito se exige do poder público para combater a doença. Durante um bom tempo, os chamados fumacês e visitas de agentes de saúde às residências foram algumas das estratégias para combater o mosquito. Tenho alertado a população que até numa garrafa pet no quintal, no vaso de plantas ou numa simples tampa de refrigerante o Aedes aegypti se reproduz. Apesar das campanhas divulgadas nos meios de comunicação, o povo brasileiro não está fazendo a sua parte, esquecendo que a dengue pode matar e não há vacina ou remédios. Apenas medicações que aliviam os sintomas. Gente, a conscientização e a educação podem fazer a diferença para controlar a reprodução descontrolada do mosquito transmissor. No Pará, até o inicio de abril, foram registrados 8.327 casos suspeitos de dengue, sendo 34 confirmados de Febre Hemorrágica de Dengue (FHD) e sete mortes, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Faça a sua parte, combata o mosquito, caso contrario, a vítima pode ser você.

CORAÇÃO


Apesar dos avanços da medicina as doenças circulatórias continuam no topo das maiores causas de óbitos. Em 2007 o Pará registrou 7.813 mortes, as doenças circulatórias mataram 1.641 pessoas, o que significa quase 5 mortes por dia, segundo dados da pesquisa de morbidades hospitalares 2007 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), com informações do Ministério da Saúde (MS). Dessas doenças, o infarto do miocárdio, conhecido como ataque cardiáco, é a principal causa de morte no Brasil, que segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), existem cerca de 400 mil casos de infarto por ano. Desse total, cerca de 60 mil pacientes morrem, o que eqüivale a uma taxa aproximada de uma morte para cada sete casos de infarto. Em Belém são 850 casos por mês, desses, dois pacientes por dia têm infarto agudo do miocárdio. Outro exemplo de doença circulatória que mata é o acidente vascular cerebral (AVC), conhecido como derrame cerebral.

ALENQUER


Uma velha questão que atormentava a população dos municípios de Alenquer e Monte Alegre, e que criava problemas administrativos, foi resolvida pela Assembléia Legislativa do Estado do Pará que aprovou, por unanimidade, um Projeto de Lei de autoria do Deputado Ítalo Mácola (PSDB). A Colônia, que tem população estimada em 10 mil habitantes, agora, por Lei, fará parte (como sempre fez, aliás) do território de Alenquer. O Projeto suscitou muita polêmica porque seria de competência da Câmara Federal, mas os debates que se sucederam, inclusive com esclarecimento do presidente da Alepa, Domingos Juvenil, ampararam a decisão da Assembléia.

SAÚDE

Integrantes do Programa de Agentes Comunitários de Saúde do Aeroporto Velho realizam nesta sexta-feira, 18 de abril, mais uma etapa do Programa Saúde na Rua. Desta vez as atividades serão realizadas na creche do bairro, localizada à avenida Anísio Chaves, em frente à quadra de esportes do Aeroporto Velho, das 08h00 às 12h00.Abaixo as atividades que serão realizadas. • Expedição de Carteira de Identidade (Certidão de Nascimento e/ou Casamento) • Expedição da Carteira do Idoso (é necessário apresentar Carteira de Identidade, CPF, duas fotos 3X4 e comprovante de residência) • Teste de Glicemia • Consultas de Enfermagem • Verificação da Pressão Arterial • Educação em Saúde • Corte de Cabelo • Manicure • Brinquedoteca • PCCU • Aplicação de Flúor • Escovação • Captação de Doadores de Sangue • Teste de HIV • Atividades Esportivas (Futebol, Vôlei e Capoeira).

JUVENTUDE


Quem não lembra dos jovens caras pintadas que tiveram uma grande participação no impeachment do presidente Fernando Collor de Mello. O líder estudantil Lindembergue Farias se elegeu deputado federal e atualmente é prefeito de uma cidade no Rio de Janeiro. Mesmo com o movimento estudantil pela saída do reitor da Universidade de Brasília, a verdade é que o interesse dos jovens brasileiros pela política já não é mais o mesmo. O número de eleitores e candidatos com menos de 20 anos vem caindo desde 1992, quando oTribunal Superior Eleitoral (TSE) começou a contabilizar os dados. O TSE e os TREs lançam campanhas publicitárias e promovem projetos sociais para incentivar os mais novos a se alistarem e a votarem de maneira consciente, longe de armadilhas como a compra de votos. A União Nacional dos Estudantes (UNE) diz que a participação da juventude se concentra nos movimentos sociais, mas também promove campanhas de alistamento. Existem 12,3 milhões de eleitores filiados a partidos políticos no Brasil – menos de 10% do eleitorado total, segundo o TSE. Desses, 575 mil são militantes com idade entre 18 e 24 anos, ou seja, 4,7% do total de partidários. Todo esse contingente tem potencial para disputar uma vaga na câmara de vereadores. Para concorrerem às prefeituras, situação em que a idade mínima é de 21 anos, há 454 mil potenciais candidatos. Muitos jovens já se preparam para assumir essa responsabilidade.

O RETORNO


Oito mil e quinhentos suplentes que assumiram os mandatos dos titulares que foram cassados por infidelidade partidária em todo o Brasil, podem estar com os dias contados nos parlamentos. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal deve votar o Projeto de Decreto Legislativo, de autoria do deputado Régis de Oliveira (PSC-SP), que suspende a resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que disciplina os processos de perda de mandato dos políticos infiéis. O parlamentar sustenta que a resolução do TSE invade competência do Poder Legislativo e desrespeita preceitos constitucionais de tripartição dos Poderes. Com parecer favorável do relator do projeto, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), parlamentares acreditam que o projeto será aprovado. Com isso, os processos de perda de mandato por infidelidade partidária poderão ser anulados.

MOTINHAS

_____________________________________________________

Com a redação “Nutrição Mineral e Produção de Feijão-Caupi da Interação entre Fósforo e Porcentagem de Gases em Latossolo Amarelo”, a santarena Milena Rodrigues Fonseca, filha dos professores Eduardo Fonseca e Ninfa Rodrigues, foi aprovada, com louvor, no Mestrado perante a Banca de Doutores da Universidade Rural da Amazônia, em Belém ●●● Já seguiu para sanção presidencial o projeto de lei que altera o fuso horário no Pará, Acre e Amazonas. As propostas, que tramitaram em conjunto, são de autoria dos deputados Lira Maia (DEM-PA), Elcione Barbalho (PMDB-PA) e do senador Tião Viana (PT-AC). Se sancionado, o projeto garantirá ao Pará trabalhar em fuso unificado com Brasília ●●● O presidente Lula estará em Belém no dia 18 de maio para visitar as primeiras obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sob execução da Sedurb, Cohab e Cosanpa. ●●● O Pará levou o segundo lugar no Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, que homenageia mulheres que contribuem para economia do seu Estado, através do empreendedorismo ●●● A santarena Neida Maria Rego representou o Estado do Pará. A premiação aconteceu em Brasília, e contou com a presença do diretor-superintendente do Sebrae/Pa, Hildegardo Nunes. Esta foi a primeira vez que o Pará concorreu à premiação nacional. ●●● Secretário de Infra-estrutura Petterson Diniz, está surpreendendo, fazendo das tripas coração. ●●● O prefeito Duciomar Costa recebeu no Rio de Janeiro da revista 'Caras', a placa que dá ao Ver-o-Peso o título de uma das sete maravilhas brasileiras. ●●● A Justiça proibiu a emissão de licenças ambientais para retirada de madeira. Agora os assentados cobram providencias do Incra no sentido de pressionar o Ministério Público Federal para que a situação seja revertida. Até aí tudo bem, interditar a Av. Rui Barbosa, há varios dias, uma das principais da cidade, é sacanagem. ●●● Assembléia Legislativa do Estado do Pará aprovou, por unanimidade , a criação da Frente Parlamentar em Defesa do Plebiscito para a criação dos Estados do Tapajós e Carajás. O projeto de resolução que trata da referida matéria legislativa é de autoria do deputado estadual Alexandre Von (PSDB), e havia sido apresentado ainda no segundo semestre de 2007. ●●● Auto Elétrica São Jorge. Av. Curuá-una 1795. Fone-Fax 3522 6633. Supervisão técnica Jorge Batista. ●●● Amigo Tio é nosso leitor e ouvinte (programa Rota 2008, na Rádio Rural). Um bom final de semana. ●●● Estamos em Belém, resolvendo assuntos particulares. O nosso retorno está marcado para terça-feira/22. Me aguardem. ●●● Nivaldo Pereira, com uma visão futurista, está se tornando o maior empresário no ramo de comunicação no Oeste do Pará. Não vai demorar muito, estará com o programa jornalístico Rota 5 sendo exibido nos 25 municípios da Região. É só uma questão de tempo. ●●● Delegado Jardel Guimarães assumiu a superintendência da Policia Civil em nossa Região. Jovem e dinâmico, vai imprimir uma nova metodologia de trabalho, no combate à marginalidade. Desejamos sucesso. ●●● Não podemos esquecer e agradecer o excelente trabalho realizado pelo Carlos Mota, um dos mais experientes delegados da Polícia Civil do Estado do Pará. Boa sorte amigo. ●●● Nilton Cezar Santos, assumiu o cargo de gerente da Agencia do Detran em Santarém. A nomeação foi publicada no Diário Oficial do Estado, na última terça-feira/15. Desejo sucesso ao amigo. ●●● Deputado estadual Carlos Martins (PT), através de requerimento parabenizou o Projeto Rádio pela Educação, da Diocese de Santarém, veiculado pela Rádio Rural. ●●● De excelente qualidade a matéria publicada no Jornal do Feio (http://www.ademyrfeio.blogspot.com)/, sobre o aniversário da nossa velha e querida vila de Outeiro, onde curti momentos memoráveis na minha juventude. Quanta saudade. Parabéns companheiro. ●●● Procurador Jurídico do Detran, Valber Xavier e família, passa o final de semana prolongado na praia do Amarí, a bordo do transatlântico Marcelino Xavier. ●●● Neste final de semana vamos curtir a gostosa loira gelada (Nova Schin), ao lado do amigo Zanella, um dos diretores da cervejaria em Belém. Já estou com saudade da minha querida Santarém. Fui.

Nada de carros em Cotijuba



Um leitor me escreve pedindo informações sobre o trânsito de veículos em Cotijuba que segundo ele, está demais.

Para melhor atender o amigo, reproduzo a Lei que rege o assunto, datada de 1885 e assinada pelo então prefeito Hélio Gueiros, em vigor:


LEI N° 7.768, DE 02 DE OUTUBRO DE 1995


Estabelece normas quanto a circulação de veículos motorizados na Ilha de Cotijuba e dá outras providências.

A CÂMARA MUNICIPAL DE BELÉM estatui e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1°. É vedada a circulação de veículos motorizados na Ilha de Cotijuba sem autorização da Administração Pública Municipal.
Parágrafo único. Somente veículos motorizados que prestem serviços de saúde, proteção policial, produção e escoamento agrícola são autorizados a trafegarem pela ilha.
Art. 2°. Esta Lei entre em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE BELÉM, 02 de outubro de 1995.

Hélio Mota Gueiros

Prefeito Municipal de Belém

Parabéns HP


Já que o assunto é aniversário, daqui os cumprimentos do redator, colunistas e colaboradores do Jornal do Feio ao companheiro HAMILTON PRIMEIRO, Jornalista, radialista e Coordenador de Jornalismo da Rádio Cultura FM – ele o responsável pelo jornal das 17 horas – que esteve “no berço” no sábado/19.
Caladinho ele – que, providencialmente tirou férias para não pagar cerveja a ninguém! – não foi esquecido.
Hamilton é um dos caras mais bacanas que eu conheço.
Bom filho, bom marido, bom pai e um excelente colega.
HP tudo de bom para você.
Muitas felicidades.
Muitos anos de vida.
Estamos aguardando por você em maio.

Caratateua festejou o 115º aniversário


O povo da Ilha de Caratateua/Outeiro comemorou o 115º aniversário ocorrido na segunda-feira/14; contudo, comemorado no sábado/15, com uma vasta programação durante todo o dia, tendo como palco o estacionamento da Praia Grande
Pela manhã, a partir das 08h, a professora Paula Santos, do Centro Cultural “Sementinhas do Gênesis” leu uma mensagem denominada “Momentos de Reflexão”. Em seguida foram abertas as oficinas culturais e teve início uma gincana cultural com a participação de várias escolas outeirenses, que executaram inúmeras tarefas valendo pontos.
Uma mesa julgadora constituída pelo economista e publicitário José Santos Croelhas; Lauro Fernando Pastana, figurinista, arte educador, carnavalesco e presidente da Escola de Samba ”Estação 1ª do Samba”, campeã do Carnaval 2008; Mil tom Bezerra, decorador e a professora Wilma Silva da Silva, da Escola de Samba Mocidade Olariense, apontou as escolas vencedoras.
Premiação - A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio do Outeiro, conquistou o primeiro lugar da gincana com 765 pontos, fazendo jus a um televisor de 20 polegadas, entregue pela diretora geral da AROUT, Socorro Suely Rodrigues, - que representou o administrador regional Elinaldo Ferreira -, à diretora professora Maria do Carmo Martins; o segundo lugar coube ao Centro Educacional e Comunitário “Sementinhas do Gênesis”, do bairro do Fama, que ganhou uma impressora de computador , entregue por José Croelhas, e o terceiro lugar foi para a Escola Estadual de Ensino Fundamental Geny Gabriel Amaral. Edinéia Marques Pinho, da direção da escola, recebeu das mãos de Lauro Pastana, o prêmio, um DVD.
Todas as escolas participantes da Gincana Cultural o “Troféu 115 anos de Caratateua”, criado e preparado pelo artesão Paulo Oliveira, utilizando a fruta do cupuaçu.
Serviços - Enquanto acontecia, a Gincana Cultural e um torneio organizado pelo professor Geraldo Magela Miranda, em outro local do estacionamento da Praia Grande entre os estudantes outeirenses, os parceiros do evento desenvolviam várias atividades, como corte de cabelo e higienização da pele pelo pessoal do Projeto Ama Belém; atendimento médico/odontógico feito pela Unidade Municipal de Saúde do Outeiro; A Funpapa colaborou com um posto de orientação CRAS e do, Conselho Tutelar. A Funbosque e o Grêmio Recreativo e Cultural “Arrastão da Ilha” durante a manhã fizeram doação de mudas de plantas.
Cultura - Após as 15 h, escolas, entidades e associações culturais de Caratateua promoveram a recitação de poesias alusivas aos 115 anos de Caratateua, seguida de uma apresentação de capoeira por um grupo de alunos da Associação Pará Capoeira, sob a orientação do contramestre Jairsom Menezes e direção do professor Edilson Paiva.
Música - A partir das 17 h começaram as apresentações folclóricas e musicais, com Kinkas Paraense, Banda do Tocantins, Grupo Regional do Curuperé, Grupo Tupiniquim e o Grupo Tucuxi.
Não obstante a chuva forte que se abateu sobre o estacionamento, ninguém arredou o pé para aplaudir Mauricio Amaral e banda que levantou a platéia que cantou e dançou junto com o artista no meio do temporal.
Com a chuva amainada, apresentou-se a seguir a banda “Companhia do Tecno” e a sua parafernália eletrônica com um show de uma hora e meia, sob os protestos do público que queria mais.
No final a crooner da “Cia do Tecno”, Keila Lima, comandou o “Parabéns para você”, em meio a um grande show pirotécnico. Em seguida foi cortado o bolo do aniversário – que continha a frase “Eu amo Caratateua – encerrando a noite festiva.
Presente - A Comissão Organizadora do Aniversário da Ilha de Caratateua - 115 anos, juntamente com os representantes de entidades escolares e comunitárias, resolveu escolher por votação aberta, uma rua para ser asfaltada, como presente aos 115 do Distrito.
No primeiro escrutínio foram eleitas seis artérias: Rua das Mangueiras, São João do Outeiro. Avenida Ubirajara Filho, Brasília; Rua da FAB, Itaiteua; Rua Nova República, Água Boa; Estrada Tucumaêra, Fama e Rua Principal do Fidélis, no bairro do mesmo nome. Uma urna foi montada na sede da Administração Regional e a votação teve início na segunda-feira/14 e terminou as 16h30m de sexta-feira. Procedida à apuração, o resultado favoreceu a Estrada Tucumaêra por 407 votos. Compareceram e votaram 916 pessoas

Conceição do Araguaia recebe a programação da TV Cultura


A Fundação de Telecomunicações do Pará (Funtelpa) inaugurou nesta sexta-feira/18, a 11ª retransmissora da TV Cultura no interior do estado. O distrito de Alacilândia, a 42 quilômetros da sede do município de Conceição do Araguaia, na Região de Integração Araguaia, já está recebendo a programação da TV Cultura.
O diretor da emissora, jornalista Paulo Roberto Ferreira, acompanhado do prefeito do município, Álvaro Brito, e de outras autoridades locais, participou da solenidade de inauguração na manhã de sexta-feira.
Pelo canal 5, o retransmissor de 100 watts de potência transmitirá a programação da TV Cultura na íntegra e com excelente qualidade de imagem, aos mais de 500 habitantes de Alacilândia e aos mais de 10 mil habitantes do município de Conceição do Araguaia.
A nova RTV em Alacilândia integra as ações promovidas pela Funtelpa, vinculada à Secretaria de Estado de Comunicação (Secom), que tem como meta a instalação de mais 68 retransmissoras, garantindo a repetição do sinal da TV Cultura para várias regiões do Pará.
Até dezembro de 2007, a programação da TV Cultura era exibida apenas na Região Metropolitana de Belém.
Abaetetuba, Castanhal, Bragança, Salinópolis, Igarapé-Miri, Óbidos, Monte Alegre, Tomé-Açu, Capanema e Santa Maria do Pará são os 10 primeiros municípios a receber o sinal da TV Cultura e, na próxima sexta-feira/25, será a vez da população de Floresta do Araguaia.
Alacilândia – o distrito de Alacilândia faz parte da zona rural de Conceição do Araguaia e é o maior produtor de arroz e gado da região.
Distante 1.050 km da capital, Belém, Alacilândia é cortada pelos rios Arraias e Pau D’Arco, onde a pesca esportiva é comum, e também se destaca pela criação de peixes como o tucunaré, pintado e pirarucu. Outro atrativo da região é a bela praia do Macaco, que atrai muitos turistas.
A TV Cultura está tornando o Pará mais presente em seu gigantesco território.

4/16/2008

Escola de Pesca é entregue no Outeiro


Será inaugurada nesta quinta-feira/17, às 09h, na ilha de Caratateua (Outeiro) a Casa Escola de Pesca, uma antiga aspiração do povo outeirense. Projeto Escola de Pesca vai levar para os moradores da região insular de Belém, na faixa-etária de 15 e 24 anos, o ensino fundamental completo (da 5ª à 8ª série) com um diferencial: a qualificação profissional. Ao final do curso, o jovem terá a opção de continuar os estudos de nível médio, técnico e até superior. Se optar por permanecer como pescador, será um profissional mais preparado e mais consciente e com maior retorno econômico. Ele terá inclusive a alternativa de deixar a atividade extrativista e passar a se dedicar à criação de peixes e camarão em cativeiro, a chamada aqüicultura. A Federação e a Colônia de Pescadores devem se articular com o Sindicato da Indústria da Pesca (Sinpesca) para que as empresas proporcionem a oportunidade de estágio em aulas práticas para os alunos da Escola de Pesca.
No estágio, os alunos aprenderão, entre outras coisas, como é feita a filetagem do pescado, a importância do gelo para a conservação do produto, a utilização dos subprodutos do peixe, etc. O Projeto Escola de Pesca é uma nova oportunidade para a comunidade pesqueira da cidade.
Trata-se de uma ação educacional realizada pela Prefeitura de Belém, através da união com parceiros internos da gestão como a Secretaria Municipal de Educação (SEMEC), a Fundação Escola Bosque, o Fundo Ver-O-Sol e a Fundação Municipal de Assistência ao Estudante (FMAE), além das parcerias externas estabelecidas com a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Federação dos Pescadores Artesanais do Pará, a Colônia de Pescadores de Icoaraci e a Associação de Pescadores da Região das Ilhas. Situada na localidade de Itaiteua, passagem São José, em Outeiro, a Escola de Pesca ocupa uma área total de 2,7 hectares onde aproximadamente 500 metros quadrados já foram construídos.
O terreno foi alugado pela PMB, mas mas já foi avaliado pela CODEM (Companhia de Desenvolvimento da Área Metropolitana de Belém) para efeito de desapropriação.As instalações são constituídas de três pavilhões: o primeiro é o pavilhão administrativo e de logística, que abrange secretaria, biblioteca, sala de estar, refeitório, cozinha, banheiros e depósitos (para equipamentos e material de pesca). O segundo é constituído por uma sala de aula, com capacidade para 30 alunos e o terceiro pavilhão constitui-se de alojamentos, com dormitórios, vestiários e armários de uso individual.
A seleção dos alunos foi feita através de parceria entre os professores da Escola Bosque e a Federação dos Pescadores, Colônia e associações de pescadores.Numa primeira etapa já foi selecionada a turma inicial, com 30 alunos, que começa a funcionar exatamente agora, com a inauguração da escola. Já há previsão de mais uma turma com mais 30 alunos, para iniciar no segundo semestre de 2008.Qualificação: A Prefeitura de Belém, através do Fundo Ver-O-Sol, está fechando convênio com a UFRA para serem ministrados cursos voltados para a pesca e aqüicultura. Os principais cursos são os seguintes: Embarcações e sistemas de pescarias; Máquinas e motores marítimos; Navegação básica; Equipamentos eletrônicos utilizados na pesca; Qualidade do pescado; Conservação do pescado; Piscicultura – os peixes ornamentais potencialmente geradores de renda; Carcinicultura e Carpintaria naval – a fabricação artesanal de barcos de pesca.A área insular de Belém é maior que a área subcontinental contínua. Existem aproximadamente 39 ilhas ao redor da capital, algumas delas, simples ilhotas desabitadas. As mais importantes são Mosqueiro, Outeiro, Cotijuba, Jutuba, Paquetá e Combu. Só a ilha do Mosqueiro, em extensão física, é maior que Belém e Icoaraci juntas.
______________
Frank Siqueira

4/14/2008

Outeiro – 115 anos fazendo feliz o povo de Belém


No dia em que completa 115 anos, nesta segunda-feira, 14 de abril, a ilha de Caratateua, mais conhecida como Outeiro, busca insistentemente políticas públicas que permitam a seus mais de 80 habitantes a garantia de uma identidade econômica e sociocultural que proporcione mais emprego, geração de renda e benefícios públicos, como melhorias no transporte coletivo e na infra-estrutura do distrito, cujas praias são as mais freqüentadas pelos belenenses nos finais de semana, feriados e temporadas de férias.
Começo - Outeiro, teve seu início na história quando vários locais de suas áreas serviam de cemitério para os índios nos tempos antes da fundação de Belém -especialmente no bairro que hoje se chama Itaiteua. A Ilha era chamada por eles de “Caratateua”, que no dialeto tupi guarani, quer dizer: “lugar das grandes batatas” (ou das muitas batatas). Os portugueses batizaram de Outeiro que para eles quer dizer: “pequenos morros”. De acordo com Antonino Alves da Nóbregam autor do livreto “História do Outeiro”- lançado no início do ano – essa denominação foi dada pelo rei de Portugal, D. João VI, “devido a ilha ser de terra alta, muito bonita com muitas praias”.
Em abril desse mesmo ano, o então Governador da Província do Grão Pará, capitão geral Alexandre de Souza Freire, concedeu Outeiro à terceiros, (através da carta das sesmarias, que oficializava a doação de terras a particulares objetivando sua ocupação), As sesmarias se espalharam por todas as colônias, e só foram extintas após a Independência do Brasil.
A segunda fase de colonização de Outeiro se deu no ano de 1893 quando foi criada pelo governador José Paes de Carvalho (1901), a Colônia de Outeiro (ou núcleo modelo de colonização) constituída por retirantes nordestinos italianos, espanhóis e portugueses. Uma segunda hospedaria em Outeiro foi implantada na antiga colônia agrícola – que depois foi Patronato, Escola Agrícola Manoel Barata, Colégio Agrícola Manoel Barata, até ser transferida para Castanhal em 1973. No local, atualmente funciona as dependências do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças — CFAP -, que recebeu em 14 de abril de 1893, doze famílias italianas que deram o pontapé definitivo na colonização de Outeiro.
Autonomia - Até meados de 1990 o Outeiro era subordinado a Agência Distrital de Icoarací. Outeiro tinha um supervidor. O último foi o senhjor Galdino farias, falecido. No dia 12 de janeiro de 1994 foi assinado pelo prefeito Hélio Gueiros um decreto criando oito administrações regionais de Belém. Nesse dia foi inclusive foi sancionado o Plano diretor das Ilhas de Outeiro e Mosqueiro.
No ano seguinte, exatamente no dia 17 de maio 1995, Hélio Gueiros sancionou Lei Ordinária N.º 7753 que criou a Administração Regional do Outeiro (AROUT). órgão de gestão regional, diretamente subordinada ao Chefe do Executivo Municipal.
Dessa forma Outeiro passou a ser Distrito – nada de Agência Distrital e nem Agência Regional e sim Administração Regional, com sua própria autonomia. Aliás, Outeiro é a única administração regional legalizada.
Por uma questão de justiça, o intento de autonomia do Oiteiro só foi realizado na gestão do Prefeito Edilson Brito Rodrigues, que a partir de 1997, pôs em prática a divisão de Belém em oito distritos administrativos.
A criação da Administração Regional do Outeiro – com sede administrativa ma Ilha de Caratateua - teve como finalidade agregar as ilhas de Belém de forma mais eficiente ao contexto administrativo do município, ainda, os elos mais próximos, temporal, físicos e de identidade natural. Além disso, promove a incorporação das demais ilhas à realidade da administração pública.
Outeiro é composto por 26 ilhas situadas no centro leste: Ilha de Caratateua, Cotijuba, Combú, do Maracujá, Murutucum, de Paquetá-Açu, de Jutuba, Grande (longa), Urubuoca, Nova, Satélite, dos Patos, do Papagaio, da Mirim, Jararaca, Jararaquinha, Coroinha de Tatuoca, do Fortim, do cruzador, de Santa Cruz e mais cinco sem denominação ou habitantes.
Possui uma população de aproximamente 80 mil habitantes – com 14..266 domicílios – distribuídos em sete barros: Água Boa, o mais populoso, Brasília, São João do Outeiro, Água Cristalina, Fidelis, Itaiteua e Fama.
O Distrito possui uma área de 110.362 m2, e administra o espaço físico de 25 ilhas, de um total de 42, pertencentes ao município. Tais características se refletem na oscilação da população, nos finais de semana (10 a 20.000 pessoas) e no período de alta estação, mês de julho, quando sua população atinge 100 a 120.000 pessoas, ou mais.
Ilha de Catatateua - A sua posição geográfica, de frente para a Baía de Santo Antônio, lhe confere uma fisiografia com sete praias (Brasília, Prainha, dos, Grande, do Amor, Ponta do Barro Branco e da Água Boa), - além dos balneários Paraíso dos Reis (São João do Outeiro) e Curuperé, no bairro de Água Cristalina - o que lhe confere a condição de Balneário mais próximo da área central do município. Tais características se refletem na oscilação da população, nos finais de semana (10.00 a 5.000 pessoas) e no período de alta estação, mês de julho, quando sua população atinge a mais ou menos 50.000 pessoas.
É o balneário mais próximo de Belém. Situa-se à 18 Km da capital. Suas praias, de água doce, são bastante procuradas nos finais de semana e feriados prolongados. À beira-mar há uma variedade grande de bares e restaurantes que oferecem o tradicional peixe frito. Lá já é possível ter contato com a imensidão da Baía do Guajará, o movimento de maré da água doce e a fartura dos peixes da região. Um final de tarde na Praia do Amor é um passeio imperdível.
Cotijuba - A segunda ilha mais importante de Caratateua, - a ilha de Cotijuba com mais ou menos 6.000 habitantes distribuídos em 1650 domicílios, tem uma área de 15.808.495.144 m2, bastante visitada nas temporadas de veraneio, uma região rica em paisagens e exemplos da harmonia do homem amazonida com a natureza. A ilha de Cotijuba ou “ilha da trilha dourada” (tradução do nome indígena), é um exemplo visível dessa realidade.
Banhada pela baia do Marajó, Cotijuba possui 19 quilômetros de extensão e localidades com as suas características naturais: Praia do Farol, do Amor, da Saudade, da Flecheira, Praia Funda, Vai-quem-quer, Praia das Tintas, Pedra Branca e Praia do Pescador, que compõem a rica orla desse local. Algumas dessas praias são de fácil acesso aos visitantes, próximas do núcleo da vila; outras só para aqueles que se permitem uma boa caminhada entre a flora da ilha num verdadeiro passeio ecológico. Quanto maior à distância, mais intactas as praias são mantidas Quanto maior à distância, mais intactas as praias são mantidas. Cotijuba possui um supervisor diratamente ligado ao administrador regional do Outeiro.
Ocupação- O problema de ocupação na ilha de Caratateua, tem início na década de 80 com a construção da ponte Enéas Pinheiro, que homenageia um ex-governador paraense; e que liga Icoaraci a Outeiro, construída no fin al do segundó governo Jader Barbalho . Esse fato iniciou um processo de ocupação desordenada (devido o problema de ocupação urbana de Belém), o que faz a ilha de Caratateua ser “Área de expansão urbana de Belém” (o Plano Diretor da ilha de Caratateua dá com diretriz zona rural de Belém).
Escola Bosque – A Fundação Centro de Referência em Educação Ambiental Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira (Funbosque) está situada na ilha de Caratateua - Avenida Nossa Senhora da Conceição esquina com a Rua Manoel Barata – Bairro de São João do Outeiro. numa área preservada, de floresta tropical secundária, com 120.000 m2 (12 hectares). Da área total, apenas 4.100 m2, cerca de 3,4%, são ocupados com as instalações físicas da Escola, mantendo coerência com a sua proposta pedagógico-ambiental. A arquitetura dos prédios valoriza a adaptação às condições ambientais, de maneira a permitir uma coexistência harmônica entre o homem e o meio ambiente.
A iniciativa para a criação da Escola Bosque partiu das aspirações e da mobilização da comunidade do Outeiro, na ilha de Caratateua. Trata-se de uma área onde a população predominante é de famílias de baixa renda, que se conscientizaram sobre a necessidade de preservar o meio ambiente, propiciando a seus filhos e a si próprios uma educação integrada à natureza da região.
Implantada na Administração Hélio Gueiros, a Escola Bosque tem como objetivo principal contribuir para a formação de uma nova ética social e ambiental, aliando a preocupação com os problemas globais ligados ao processo de degradação do meio ambiente, aos problemas cotidianos, resultantes da ação predatória do homem, tendo como horizonte a afirmação da cidadania.
Enquanto centro de referência, é finalidade da Escola Bosque fomentar a educação ambiental em caráter formal e não formal, difundindo-a prioritariamente junto à Rede Municipal de Ensino de Belém, mediante a formação de profissionais ligados à área de estudos sobre o meio ambiente e a implementação de projetos e ações educacionais voltados para a sua preservação. Atuando em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, a Escola tem também como prioridade o atendimento à demanda educacional das ilhas, que representam 69% da superfície do Município de Belém.
A Escola Bosque tornou-se famosa como centro de referência em educação ambiental e ganhou prêmios e menções honrosas fora do Brasil, na Argentina, Chile Equador, Guatemala e no México.
Fênix - A administração Duciomar Costa juntamente com a professora Terezinha Gueiros eatão procedendo a restauração total fa Escola Bosque. Tudo está feito de forma que ela que retorne às finalidades iniciais de referência em Educação Ambiental, com menos alunos e um corpo docente de alto nível entre professores, engenheiros florestais e técnicos em turismo.
Alem disso, de acordo com a professora Rita Nery, técnica da Semec. a Prefeitura de Belém tem planos ousados para a Escola Bosque. Como a Fênix, ela vai ressurgir das cinzas”, afirma. Está sedo transformada no Centro e Desenvolvimento Insular, não apenas como referencial de Educação Ambiental como também de centro de irradiação de turismo com a participação total da Comunidade. Como se não fosse bastante, dentro da expansão da Escola Bosque, a atual administração pretende recuperar totalmente as ruínas do antigo Educandário Nogueira de Faria (Cotijuba) e transformá-lo num centro de cultura e lazer. O local será a Central de Desenvolvimento das ilhas, um projeto a ser desenvolvido pela atual administração municipal. “E isso não vai demorar muito” garante a educadora.
Meio Ambiente - ­Outeiro está integrado na luta pela preservação do meio ambiente das ilhas próximas de Belém administrado pela Secretária Municipal de Meio Ambiente/Semma. Sob o comando do administrador Elinaldo Ferreira e coordenado por Afonso Luz do setor de meio ambiente, a AROUT tem promovido ao longo do ano vários encontros em Cotijuba e ilhas adjacentes sobre a preservação da fauna, flora e recursos hídricos na tentativa de conscientizar essas populações as populações para a importância do meio ambiente.
Escola de Pesca – O melhor presente que Outeiro poderia ganhar pelos 115 anos, é a Escola de Pesca, que será entregue à população nesta quinta-feira, 17 de abril. Instalada em prédio moderno e funcional no bairro de Itaiteua, a Escola de Pesca ajudará com conhecimentos técnicos necessários e essenciais, a formação de novos profissionais nessa atividade.