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9/27/2006

Volta do Poetinha


Sofisticado, como sempre, o Ministério das Relações Exteriores inovou na prática, já tradicional entre nós, de mostrar serviço no momento adequado. No último dia 8, a menos de um mês das eleições presidenciais, tornaram-se a abrir as portas do Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro, para a inauguração o espaço Vinícius de Moraes, dedicado à música brasileira. Em festa como há muito não se via, a Casa de Rio Branco celebrou, com o auxílio luxuoso da Mangueira e da Portela, a memória de nosso mais querido poeta e diplomata.
Ao erguer um brinde ao homenageado, o organizador da cerimônia, Jerônimo Moscardo, anunciou aos familiares do poeta, personalidades da política e artistas presentes que o ministro das Relações Exteriores estaria enviando à presidência da República minuta de decreto propondo a plena reintegração de Vinícius de Moraes ao serviço exterior brasileiro, com sua promoção ao nível mais alto da carreira. Tão logo seja aposta a assinatura de Lula, o imortal autor do “Samba da bênção” poderá enfim tornar-se embaixador, honraria que lhe foi negada em vida por um dos atos mais brutais da ditadura militar.
Em meados de 1968, durante a onda de protestos que sacudiu o regime, o marechal Costa e Silva teria redigido de próprio punho bilhete para o então Chanceler Magalhães Pinto ordenando: “Assunto: Vinícius de Moraes. Demita-se esse vagabundo”. Fato ou lenda, o incidente ilustra a irritação do regime com o poeta, causada não por sua escassa assiduidade ao trabalho, mas por notórias amizades à esquerda e uma discreta politização de suas letras. Tal irritação levou à abertura de processo administrativo contra Vinícius que acabou sendo exonerado, em meio às cassações que se seguiram ao Ato Institucional nº 5.
A caça às bruxas foi justificada pela ditadura como ato moralizador, objetivando purgar o serviço público de “corruptos, homossexuais e bêbados”. Amigos que foram receber Vinícius no Galeão, viram-no descer do avião abatido, amargurado, mas com uma garrafa de uísque em punho, para evitar qualquer mal-entendido:
- Eu sou bêbado!
Vinícius havia ingressado na carreira diplomática em 1943, aos 29 anos, já um respeitado poeta, jornalista e crítico de cinema. Nunca foi burocrata exemplar, mas por um bom tempo soube fazer da carreira o ganha-pão que lhe permitia alçar vôos mais altos. Serviu em Los Angeles, Paris e Montevidéu, sempre envolvido em projetos de apoio à cultura brasileira, atividade facilitada por sua rede de contatos e credenciais de intelectual. Em Los Angeles, foi amigo de Orson Welles, Disney, Marlene Dietrich, divulgando sempre um Brasil que, apesar de amar Carmem Miranda, era muito mais do que somente ela. Nas duas temporadas que esteve em Paris, encantou a intelectualidade francesa e tornou-se ponto de referência do crescente ir e vir de músicos, cineastas, jornalistas e literatos entre nosso país e a Cidade Luz. A todos ajudava e prestava apoio: “Deus e o Diabo na Terra do Sol” chegou a Cannes com legendas em francês escritas por Vinícius - textos que, segundo Gláuber, eram ainda mais poéticos que o roteiro original. No período de Montevidéu, seu talento, acoplado a um charme irresistível, foi verdadeiro trator a alargar nosso diálogo com escritores e artistas de todo o Cone Sul.
Nas longas temporadas que passou no Rio de Janeiro, ajudou (e muito) a criar a mística do Itamaraty como celeiro de intelectuais e grande bastião da cultura. À época, o Palácio da Rua Larga operava como verdadeiro centro da vida social e política da Capital Federal – em seus gabinetes, arquitetava-se a projeção do Brasil no concerto das nações; em suas recepções, tramavam-se os destinos do país. Era um Itamaraty generoso, que sabia abrigar tanto homens de ação quanto homens de pensamento, pessoas das mais diferentes inclinações e interesses, em leque ecumênico que ia do jovem economista Roberto Campos ao promissor literato João Guimarães Rosa. Deles, exigia-se apenas que fossem geniais.
Ali, Vinícius estava em casa. O Itamaraty era seu porto e seu amparo, a instituição que lhe dava segurança e status para ir-se transformando em um dos mais ativos intelectuais da época. Em setembro de 1956, com o espetáculo “Orfeu da Conceição”, o poeta atingia seu auge, na síntese perfeita entre o erudito e o popular, a tradição clássica e alma brasileira, o drama e a música. Foi também o momento em que descobriu Tom Jobim e com ele iniciou a parceria que faria o mundo se ajoelhar diante do Brasil. Que mais poderia o Itamaraty exigir de seus funcionários? A arte de Vinícius era tão cativante que tinha o dom de se converter em política de Estado. Embaixador algum fez tanto pela pátria quanto ele.
Na virada dos anos 60, Vinícius começou a ficar grande demais para nossa Chancelaria. Sua celebridade atiçou a inveja dos medíocres e sua escassa fidelidade aos rigores do expediente cresceu a ponto de tornar-se lendária. Dizem que, certa feita, o poeta sumiu por quase três meses. Seus companheiros de trabalho chegaram a pensar no pior, mas afinal descobriram que ele se trancara em seu apartamento do Parque Guinle com o violonista Baden Powell, num mergulho criativo e existencial, do qual os dois somente emergiram após esgotarem duas caixas de uísque contrabandeadas pela mala diplomática. Ali nasceram os afro-sambas; canções quatro décadas à frente de seu tempo.
Enquanto foi apenas poeta, Vinícius teve vida amena no Itamaraty, como João Cabral de Melo Neto, outro grande poeta, que sequer fazia questão de ser conhecido como diplomata. Mas ao enveredar pela música popular, e emprestar seus versos a chorões e sambistas, Vinícius conquistou a inimizade de quem nisso via comportamento licencioso, prejudicial à instituição. Houve mesmo tentativa de impedi-lo de fazer sua primeira apresentação ao vivo, em show na boate “Au Bon Gourmet”, na companhia de Tom Jobim e João Gilberto. A crise foi contornada com a decisão salomônica da alta cúpula do Itamaraty de que Vinícius poderia cantar, mas teria que se apresentar de terno e gravata. E foi assim, a caráter, que o mundo soube pela primeira vez da “Garota de Ipanema”, símbolo máximo do encanto despojado de nossa beleza e segunda canção mais gravada de todos os tempos. Nosso verdadeiro hino nacional.
Vinícius dava muito ao Itamaraty e pedia pouco em troca. Jamais usou da fama para caronear colegas ou conseguir postos cobiçados. Com 25 anos de carreira era ainda primeiro-secretário, posto que equivaleria no Exército à patente de capitão. Nunca fez mal a alguém, mas foi pelo mal alheio atingido. De certo modo, a expulsão de Vinícius marcou o fim de um Brasil afável e sonhador, que acreditava poder tornar-se um dia um país melhor. Nas trevas da ditadura, perdemos a pureza de nossa alma e a gentileza em nosso modo de ser.
Quaisquer que sejam as motivações do atual governo em promover tão tardia redenção, o Brasil agradece. E espera que, sem gravata nem terno, o poeta, agora embaixador de pleno direito, continue.
Para sempre iluminando nossas vidas.
27.09.2006

Marcelo Dantas

* (Transcrito do site No Mínimo)

EcoCírio ganha novamente as ruas de Outeiro


A Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira volta a realizar nesta quinta-feira, 28, às 9 horas, mais uma edição do EcoCírio, que anualmente reúne alunos, professores e funcionários da escola, além da comunidade de Outeiro, numa homenagem à Nossa Senhora de Nazaré. Nesta quarta, 27, às 19 horas, acontece a trasladação, com saída da frente da escola e percurso pelas ruas da ilha até a Igreja de Nossa Senhora da Conceição das Ilhas.
Organizado pelo Escritório Piloto de Ecoturismo da Escola Bosque, este ano o EcoCírio traz o tema "Nas Trilhas da Fé", com a finalidade de colocar a comunidade da ilha em contato com as manifestações artísticas e culturais paraenses e de mostrar o potencial do Círio para o turismo.
Durante o evento, o público poderá conhecer um pouco do trabalho desenvolvido pelos alunos, como bijuterias, terços e bótons feitos com sementes, roque-roques e produtos de papel reciclado.
Dentro da programação do EcoCírio 2006, ainda acontece uma exposição no Aeroporto Internacional de Belém sobre as ações sobre projeto, que ficará aberta à visitação do dia 2 até 15 de outubro.
A Fundação Escola Bosque tem a parceria da Infraero, Belemtur, Paratur, Sebrae, Amazon Paper, Liceu de Artes e Ofícios Mestre Raimundo Cardoso, Fábrica de Velas São João e Paróquia de Nossa Senhora da Conceição das Ilhas.
Dia 27, 19h: trasladação da Escola Bosque para a Igreja de Nossa Senhora da Conceição das Ilhas;
Dia 28, 9hEcoCírio, da Igreja para a Escola Bosque.
Endereço da escola: Rua Manoel Barata, s/n, Outeiro. Fone: 3267-1444
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Esperança Bessa

9/24/2006

Monumento do Iº Centenário de Icoaraci está esquecido


Os senhores se lembram do monumento do I Centenário de Icoaraci? Ele esta na Praça Paes de Carvalho ao lado da Matriz de São João Batista plantado por sobre um pedestal corroído pelo tempo, sem manutenção e completamente esquecido de tudo e de todos.
O monumento da maior efeméride ocorrida em Icoaraci nesses últimos 37 anos foi criado e erigido para lembrar os 100 anos de existência de Icoaraci – a Vila Sorriso.
É. Mais ele tem uma historia.
Em outubro de 1968, o então prefeito de Belém, o medico Stélio de Mendonça Maroja (já falecido) criou a Comissão Coordenadora do Iº Centenário de Icoaraci. Essa comissão que foi empossada no dia 20 de outubro, era constituída de nomes representativos da comunidade local. Sua função era, juntamente com o agente distrital, engenheiro rodoviário Evandro Simões Bonna, presidente - de organizar um ano de comemorações dos 100 anos de Icoaraci.
Realmente, naquele ano (1969) todos os meses havia algum evento.
Em janeiro deu-se o lançamento do I Centenário de Icoaraci. Em fevereiro o Carnaval (ainda na Rua Dr. Manoel Barata, em frente a agencia distrital) foi o mais deslumbrante de todos os tempos. Além das agremiações locais, contou com a presença da Escola de Samba Quem São Eles e do Rancho Não Posso Me Amofina; em marco foi lançado o compacto simples como o Hino do I Centenário, gravado por Luiz Olavo (falecido) e produzido por Pires Cavalcante; em abril foi inaugurado o serviço o serviço de travessia de balsa para o Outeiro, a partir da 2 de dezembro (7ª Rua); em maio deu-se o Baile das Debutantes do I Centenário na sede social do Pinheirense Sport Clube; em junho a quadra junina atingiu toda Icoaraci e Outeiro e revelou o Boi Bumba Pingo de Ouro e o Grupo Leão Dourado, do Km. 23, da rodovia Augusto Montenegro; em julho ocorreu a Operação Especial Icoaraci-Outeiro do Projeto Rondon, que praticamente redescobriu as ilhas de Caratateua e Cotijuba.
Ainda em agosto foi lançado entre as escolas icoaracienses o concurso de desenhos e motivos para o futuro monumento do centenário; em setembro, a parada escolar foi uma das maiores que se tem noticia na Vila Sorriso, com a participação de todos os estabelecimentos de ensino da Icoaraci e, mais, as bandas marciais dos Colégios Augusto Meira, Paes de Carvalho e Magalhães Barata.
Em Outubro, no dia 8, ocorreu o grande Baile do I Centenário de Icoaraci, no Salão Paroquial Padre Theodoro Kokke – gentilmente cedido pelo monsenhor José Maria Azevedo – com o Conjunto de Guilherme Coutinho, também falecido - e um dos mais importantes da época, ao lado Sayonara – tendo como atração a cantora Joelma - sucesso da época - que arrasou, além da apresentação da "Rainha do Iº Centenário", a senhorita Antinéia Kátia dos Reis Puga.
Na manhã ensolarada daquele mesmo dia 8, às 10 horas o prefeito Stélio Maroja, o agente Evandro Bonna e os componentes da Comissão Executiva inauguraram o monumento do Iº Centenário de Icoaraci no inicio da Praça Paes de Carvalho, ao lado da Igreja de São João Batista. Concebido e desenvolvido pelo próprio Evandro Bonna – que também foi o autor do projeto do prédio da Agencia Distrital inaugurado dois anos depois - era um obelisco de 30 metros de altura em forma ogival recortado - como se fora duas mãos postas em direção ao céu, numa atitude de oração. No alto havia a marca do evento em concreto reforçado: duas rodas dentadas acopladas e cortadas por uma linha horizontal.
No centro da primeira havia uma linha vertical simbolizando o numero 1 – do primeiro centenário – estilizado, e duas rodas perfazendo o número 100. O desenho – aprovado pela comissão, após concurso realizado nas escolas icoaracienses – foi de autoria de um estudante do 3º ano ginasial do Colégio Estadual Avertano Rocha.
No rodapé do monumento havia a seguinte inscrição em bronze: ”Aos que nos antecederam agrademos o trabalho; à posteridade, com orgulho entregamos os alicerces da grande Icoaraci do futuro”. Frase de autoria de Evandro Bonna – sem duvida, o maior ”subprefeito” que Icoaraci já teve.
Os festejos do centenário prolongaram-se. O Círio de Nossa Senhora das Graças de 1969 teve a presença do prefeito Stélio Maroja que o acompanhou em toda sua totalidade, do arcebispo D. Alberto Ramos e do governador Fernando José de Leão Guilhon (falecido) que recebeu a imagem da Santa no final do préstito junto com monsenhor Azevedo e D. Alberto Ramos.
No dia 28 de dezembro, o prefeito Stélio Maroja condecorou os membros da Comissão Coordenadora do Iº Centenário com a Medalha dos 350 anos de Belém. Os festejos do Iº Centenário foram encerrados com uma grande festa popular na Praça da Matriz, no dia 31 de dezembro dce 1969.
O monumento ficou por muito tempo no local.
Na gestão do administrador Augusto Rezende, mudou de posição.
Dentro do projeto de reurbanização da Praça da Matriz e ajardinamento da Praça Paes de Carvalho – estabelecido em conjunto com o agente Armando Tavares -, o prefeito achou por bem modificá-lo, fazê-lo um pouco menor e colocá-lo no meio do logradouro obedecendo todas as características originais.
Durante a administração Augusto Rezende o marco do centenário foi muito bem cuidado. Quase toda semana era limpo pelos trabalhadores da Agência Distrital supervisionados, pessoalmente, pelo então agente Armando Tavares.
Com o advento da administração Edmilson Rodrigues o monumento-orgulho de Icoaraci foi esquecido, abandonado, entregue à própria sorte. Atualmente está caindo os pedaços e ninguém se lembra que ele existe.
Até mesmo a placa de bronze, sumiu. Se não estiver no Departamento de Operações da Agência Distrital, vai ver que foi fundida ou vendida...
Daqui, o apelo de um icoaraciense que ama a sua terra: Meu caro Duciomar - no dia 8 de outubro – ou seja, daqui a duas semanas - Icoaraci estará completando 137 anos. Que tal resgatar o marco que faz parte da história da Vila Sorriso, que eu criei, com as mesmas características de antanho?

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Aldemyr Feio

9/21/2006


Oi amigo feio (bonitão!!!)
Estarei chegando em Belém no dia 6 de outubro para passar o Círio ao lado
das minhas mãezinhas: Nossa senhora de Nazaré e D.Maria, minha mãe
morena.
Deixo Paris no dia 3 e passo dois dias no Rio de Janeiro.
Eu adoro seu Jornal, mas não me mande no período que estarei viajando, do 3 de outubro ao 17 de Novembro. Carrega muito o meu pobre computador que já estar idoso!!!ahahahahah!!!
E uma pena que não chego a tempo para o Festival de Musica de Icoaraci.
Chego no 6 mas às 23 hs (no aeroporto). O show já terá acabado. Fica para o proximo.
Me responda se recebeu esse e-mail.
Como ja te disse, meu computador estar deixando a desejar!!!
Quando eu chegar te telefono e vamos bater um papaço.
Beijos
Nazaré Pereira
Paris - França
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Nazaré – embaixatriz de Icoaraci na França - está chegando.
Vamos recepciona-la condignamente

9/15/2006


NOTA DE REPÚDIO
O Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) repudia veementemente a decisão da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Pará que, nesta quinta-feira (14/09), manteve a condenação ao jornalista Lúcio Flávio Faria Pinto, para pagamento de indenização no valor de R$ 8 mil, mais acréscimos, ao empresário Cecílio do Rego Almeida, que processou Lúcio Flávio por dano moral devido à matéria publicada em seu Jornal Pessoal, em 2000. O artigo comentava reportagem de capa da revista Veja de uma semana antes, que apontara o dono da Construtora C. R. Almeida como “o maior grileiro do mundo”.
Assim como a desembargadora revisora do processo, Sônia Parente, o Sinjor-PA defende que o jornalista estava exercendo seus direitos à liberdade de expressão e de imprensa, garantidos pela Constituição Federal. É lamentável, contudo, que a revisora tenha sido voto vencido no julgamento onde as desembargadoras Luzia Nadja Nascimento e Maria Rita Xavier, relatora do recurso, atropelaram direitos basilares da democracia, condenando quem denuncia práticas vergonhosamente comuns no Pará: a apropriação ilícita de terras e o trabalho escravo.
A decisão das desembargadoras ratifica a sentença condenatória do juiz Amílcar Guimarães, que, no ano passado, exercendo interinamente a 4ª Vara Cível do fórum de Belém, acolheu a ação de indenização movida pelo empresário contra Lúcio Flávio. É ainda mais intolerável e inadmissível que o julgamento no Pará não tenha seguido a mesma linha decisória da Justiça de São Paulo, onde outros alvos de Cecílio do Rego Almeida - a revista Veja, um repórter, um procurador público do Estado do Pará e um vereador de Altamira – foram absolvidos das mesmas acusações feitas contra Lúcio Flávio.
A decisão da 3ª Câmara Cível do TJE-PA condenando Lúcio Flávio só reforça a impunidade de quem depreda e saqueia a Amazônia e se configura em um atentado à liberdade de imprensa e ao direito da sociedade de ter acesso à informação de qualidade.
Não é demais lembrar que, em março deste ano, Cecílio do Rego Almeida foi declarado persona non grata para o Estado do Pará, por decisão unânime da Assembléia Legislativa do Estado. O Sinjor-PA se solidariza a Lúcio Flávio Faria Pinto pela seriedade com que desenvolve seu trabalho jornalístico, e ratifica sua defesa intransigente à liberdade de imprensa, apelando para que a Justiça, em Brasília, ao apreciar o recurso a ser apresentado pelo jornalista, faça valer este direito garantido pela Constituição Brasileira.

9/14/2006

Cotijuba ganha nova escola


A comunidade de Cotijuba ganha esta semana uma escola nova. A Prefeitura Municipal de Belém inaugura na ilha a Unidade Pedagógica da Faveira, que irá atender a mais de 320 crianças, oferecendo o Ensino Fundamental completo, desde as séries iniciais da educação infantil até o Ciclo Básico IV (7a e 8a séries). A entrega da nova unidade da Rede Municipal de Ensino será feita pelo prefeito Duciomar Costa e pela secretária municipal de educação, Therezinh a Moraes Gueiros, na próxima sexta, dia 15, às 8 horas.
Detalhes - A Unidade Pedagógica da Faveira, ligada à Escola Bosque Eidorfe Moreira, em Outeiro, representa um investimento total de R$ 240.221,26, entre construção e aquisição de mobiliário e material didático. São 448 metros quadrados de área construída, com seis salas de aula, departamentos administrativos, biblioteca, salão de múltiplo uso, refeitório, cozinha, despensa e banheiros, fornecimento de água por poço artesiano e esgotamento sanitário com fossa e filtro anaeróbico.
A construção utiliza estrutura em madeira de lei pré-fabricada, o que possibilitou realizar a obra em tempo recorde (apenas três meses), com baixo custo (R$ 432 por metro quadrado) e com alta qualidade construtiva, num projeto adaptado para a região das ilhas.A nova escola substitui o antigo Anexo da Faveira, que funcionava em um velho barracão de madeira, sem infra-estrutura adequada e sem ambientes bem delimitados para o exercício das atividades pedagógicas, que foi derrubado para dar lugar à nova construção.
Os alunos também receberam uniformes novos e kits escolares, com cadernos, lápis, borracha e lápis de cor.
Ilhas – Esta é a segunda das três escolas que a Prefeitura inaugura este ano na região das ilhas. A primeira foi inaugurada há um mês na Ilha da Várzea e outra está sendo finalizada na Ilha do Jamaci. Os investimentos atendem a um dos eixos estratégicos da administração municipal para a educação: a busca do desenvolvimento humano sustentável, especialmente para a região das ilhas.
A Secretaria Municipal de Educação mantém, atualmente 30 unidades pedagógicas nas ilhas. Durante todo o ano de 2005, trabalhou em parceria com a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Belém (Saeb), Cosanpa e Rede Celpa, levantando as necessidades de cada área. A partir disso, todas unidades ganharam esgotamento sanitário, com a instalação de fossas; abastecimento de energia por gerador; água potável, com construção de poços artesianos e instalação de caixas d´água; foram feitas reformas nas coberturas dos prédios e nos acessos às escolas, além de reequipamento das cozinhas e salas de leitura.

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Aline Monteiro

9/12/2006

Milton Nobre instala duas Varas Distritais em Icoaraci


O Tribunal de Justiça do Estado (TJE) instalou nesta terça-feira/12, mais duas Varas Distritais - uma cível e uma penal - em Icoaraci, aumentando em 100% a capacidade de atendimento processual no distrito. A cerimônia foi conduzida pelo presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Milton Nobre, que destacou a importância da ampliação para o distrito, bem como a conseqüente agilidade processual. Ele disse, também, que a instalação das Varas foi feita de forma planejada.
A 3ª, na área do Cível, atenderá os feitos relativos à Infância e Juventude, Interditos e Registros Públicos. Já a 4ª, a competência é exclusiva para matérias penais. Além de Icoaraci, também já foram beneficiadas com Varas as Comarcas de Barcarena e Paraupebas. Nos próximos meses, segundo Milton Nobre deverão ser instaladas outras 17 Varas em diversas Comarcas do Interior. As Varas foram criadas através das leis nº 6.809/06 e nº 6.870/06, sancionadas pelo governador do Estado em janeiro deste ano. O desembargador também ressaltou a necessidade de instalação de Varas de Infância e Juventude.
Também estiveram presentes a desembargadora Carmencin Cavalcante, corregedora de Justiça da Região Metropolitana de Belém, as diretoras dos Fóruns Cível e Criminal de Belém, respectivamente juízas Maria do Céo Coutinho e Edith Dias. A instalação ainda foi prestigiada pelo desembargador Manoel Christo Alves, ex-presidente do TJE, e representantes do Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil, Defensoria Pública, dentre outros. Na ocasião, foram lidas as portarias da Presidência designando os juízes Elano Demétrio Ximenes e Hélio Pinheiro Pinto para responderem pelas 3ª e 4ª Varas.
Acêrto - Para a desembargadora Carmencin Cavalcante, a decisão do Tribunal Pleno em aprovar a resolução determinando as competências das Varas em Icoaraci não poderia ter sido melhor acertada. "A criação de mais duas Varas em Icoaraci se fazia necessária porque o volume de processos sempre foi grande". Conforme dados da correição realizada em 2005 pela Corregedoria, tramitavam em Icoaraci, na área Cível, 5.792 processos, sendo que 1.721 foram propostos em 2004 e outros 1.927 em 2005. Na área Penal, foram registradas 2.671 ações, sendo 582 propostas em 2004 e 660 em 2005. Do total, 153 processos correspondiam a réus presos provisoriamente.
Racionalidade - Em manifestação, o presidente da OAB/PA, Ophir Cavalcante Júnior, afirmou que quem ganha com as novas Varas é a população. "O presidente do TJE tem mostrado sensibilidade na questão do acesso à Justiça. Temos visto e testemunhado essa preocupação não só na capital, mas também no interior do Estado, com a instalação de Varas e Juizados Especiais", disse Ophir, que destacou também que a administração do Judiciário tem a concepção de que a Justiça tem que ser revertida para a sociedade.
E completou: "Icoaraci atualmente com os seus 200 mil habitantes e supera, em população, alguns municípios. Nesse cenário, a instalação das novas Varas atende às necessidades da sociedade, “O cidadão quer a Justiça perto de si e o Tribunal revela sua visão global, mostrando que está sensível às estatísticas de segurança pública com a criação planejada das Varas necessárias". É preciso o aumento do serviço de forma racional, permitindo o acesso à Justiça".
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OAB.Pa/Marinalda Ribeiro

Sérgio Couto representará a OAB no Conselho do MP


O plenário do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), indicou o nome do conselheiro federal pelo Pará, Sérgio Alberto Frazão do Couto, para ocupar uma das duas vagas da OAB no Conselho Nacional de Ministério Público (CNMP). Sérgio Couto irá substituir o advogado Luiz Carlos Madeira, que renunciou ao cargo em carta enviada nesta segunda-feira/11 ao presidente nacional da OAB, Roberto Busato. O outro representante dos advogados no órgão encarregado do controle externo do Ministério Público é o ex-presidente nacional da OAB, Ernando Uchoa Lima.
Após ser eleito pelo Conselho Federal da OAB para representar a entidade no CNMP, o advogado Sérgio Couto - a apuração foi feita por um escrutinador que leu, voto a voto, a preferência dos conselheiros. Frazão recebeu a grande maioria dos votos - agradeceu a confiança depositada no seu nome pela direção da Ordem e seus conselheiros federais. “Quem vai estar presente no Conselho Nacional do Ministério Público não será a pessoa do Sérgio Frazão do Couto e, sim, o advogado, o profissional, que deve falar em igualdades de condições aos membros do Ministério Público. Se, por um lado, credito aos membros do Ministério Público grande parte da depuração da moralidade pública, também não posso deixar de acusar que suas ações, muitas delas, tem sido desenvolvidas ad terrorem, em detrimento, não apenas dos outros Poderes constituídos, mas em detrimento da advocacia que transita, que circula, que atua e que beneficia todos os três Poderes. Aceito com humildade a missão que acabo de receber do Conselho Federal da OAB”, discursou o advogado.
Sérgio Couto prestou importante colaboração para a advocacia paraense. Foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará (OAB-PA), de 95 a 97 – na sua gestão a sede da Seccional recebeu grandes melhoramentos, assim como o Clube dos Advoghados, com o apoio de Ernando Uchoa Lima, à época, presidente nacional da OAB; além da Escola Superior de Advocacia e a reativação do jornal O Advogado -, foi professor universitário, advogado militante e, atualmente, exerce o cargo de Chefe da Procuradoria do Tribunal de Contas do Município.
Na avaliação de Ophir Cavalcante Junior, Presidente da OAB-PA, - segundo o site da Entidade - a indicação do conselheiro demonstra a importância que os advogados e a advocacia paraenses alcançaram no cenário nacional. “Esse é um reconhecimento a todo trabalho que o advogado Sérgio Couto tem desenvolvido em favor da advocacia paraense e nacional, tendo como pensamento central de suas ações a defesa das prerrogativas dos advogados”, conclui.
Meus parabéns, caro amigo. Você honra o nosso Estado. (A.F.)

9/04/2006

Duciomar vai construir o complexo esportivo de Icoaraci


Deu n´O Liberal - Icoaraci terá um complexo esportivo que contará com uma grande quadra poliesportiva coberta. A prefeitura já destinou quase R$ 1 milhão para o empreendimento. Com isto, o prefeito Duciomar Costa começa a trabalhar para melhorar sua imagem na Vila Sorriso, que, aliás, é muito ruinzinha, a despeito dos esforços que o agente distrital, José Croelhas, está fazendo.
Onde o prefeito também está bem pra baixo é em Mosqueiro, onde teve a maior votação que o levou ao Palácio Antônio Lemos; tudo porque o navio ainda não apareceu na ilha.
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Mas vai aparecer... esperem
E olhem que esse baixinho não é o finado Adamor Filho, mas é danado. Quando ele diz que faz, faz mesmo.
Só se não deixarem...
Eu conheço o Duciomar desde o seu primeiro mandato na Câmara Municipal. Quietinho e sem muito alarde ele foi construindo a sua carreira.
Foi para a Assembléia Legislativa e fez um bom trabalho. Criou uma fundação e ajudou uma pá de gente; deu ônibus de graça para a população carente – quiseram atrapalhar. mas ele não deu bola e foi em frente – e até mesmo colaborou com a Sesan, através de um trator que rebocando uma carroceira montada retirava o lixo nas baixadas.
Esse é o Dudu que eu conheço.
Icoaraci espera muito do prefeito.
Não apenas a concretização de uma idéia antiga; ou seja, o complexo esportivo; mas, também que Duciomar dê um um jeito no prédio da antiga estação do trem. O ex-prefeito Hélio Gueuiros queria transformá-lo num centro de difusão cultural, além de um entreposto do artesanato marajoara, tapajônico e maracá produzido em Icoaraci, com o apoio da Coarti – Cooperativa dos Artesãos de Icoaraci.
Seria uma continuação do Liceu Cardoso e da Feira do Artesanato.
Fizeram tanta onda, puseram tanto empecilho e não deu, ou melhor, Hélio Gueiros desistiu.
Conclusão: o prédio histórico está se deteriorando e entregue às baratas. Tem até gente morando lá como se fosse dono.
Que tal o nosso Duciomar Costa retomar o projeto? Aí ninguém, vai ter o topete de chamar a minha Vila Sorriso de ruinzinha que para nós, "pés redondos", soa como desrespeito, como ofensa. (A.F.)