Parar
ou não
u acho que quem acompanha algumas crônicas minhas,
percebeu que eu sou apaixonado por música e futebol. Ao longo dos meus 66 anos
de idade, ainda tento bater uma bolinha com os amigos. Atualmente jogo pela
Confraria dos boleiros, que foi formada a quase cinco anos atrás, hoje com
quase 1200 confrades.
A nossa arena hoje é no CDC da Vila Guarany, e
jogamos lá nos sábados, eventualmente marcamos jogo contra no campo dos
adversários. Apesar do alto número de confrades, está sendo difícil montar um
time de sessentões, então jogamos normalmente contra os cinqüenta acima.
Eu tinha prometido a mim mesmo que só jogaria nos
rachões, pois devido à minha idade, está difícil corre atrás de um jogador de
cinqüenta anos, e o risco de jogar contra e ter uma contusão mais grave.
No dia 19 de março deste ano, fui participar dos
jogos de integração dos funcionários da CEF; foi feito um quadrangular com
times de jogadores acima de 50 anos. Ficamos invictos, mas não ganhamos o
campeonato; perdemos por saldo de gols, mesmo assim ganhamos medalhas de prata.
Graças a uma botinada, essa medalha
me custou 14 dias internado no hospital, tomando antibióticos, uma cirurgia,
mais três procedimentos. Agradeço a Deus, família, principalmente a Dona
Fátima, e a força dos amigos.
Fiquei quase seis meses fora dos
gramados, retornei agora sábado retrasado. Na sexta anterior passei no meu
cirurgião, estava tudo bem, entrei no segundo tempo joguei 35 m, ganhamos o
jogo, fiz um gol e dei o passe para outro. Não senti nada na perna operada, mas
como nem tudo são flores; disputei uma bola com o zagueiro no alto, e só na
segunda fiz uma tomografia e foi constatado uma fratura alinhada no oitavo
costal direito, - mais conhecido como "costela quebrada".
PQP! Que fase!
Hoje 27 de setembro faz dez dias do
ocorrido e ainda sinto muitas dores, mas ainda estou na dúvida se paro ou não.
Sabe aquela máxima que diz que o artista quer morrer no palco? Eu não quero
morrer em um campo de futebol, mas também não quero morrer jogando dominó na
praça!...
Continuo trabalhando, procurando
levar uma vida normal. Vamos ver como vai ser a minha recuperação.Espero que
seja breve com a graça de Deus. Só o tempo dirá.
Segue o jogo!
Saudações Tricolores!
PS – Meus cumprimentos ao Pedagogo
Luís Eduardo Moreira Feio, meu sobrinho carioca, filho do meu irmão
Aldemyr, pelo transcurso do seu aniversário, com votos de felicidades e longa
vida.
Olha eu aí! No intervalhio do jogo
Dois craques: eu o meu filho
Esse é o time!
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Ricardo Uchôa Rodrigues