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5/31/2008

Coluna do FEIO


Antônio Tavernard – 100 anos


O jornalista, advogado, promotor, cartorário e grande amigo meu, de Icoaraci, Outeiro, Cotijuba e de Belém de onde foi prefeito – um dos mais votados diga-se de passagem -, Hélio Mota Gueiros, publicou na sua página no Diário do Pará, edição de 25 de maio último, a seguinte nota:

"Cada um dá o que tem!
Ah que verdade!
A vida deu-me a dor, eu dou-lhe versos,”
Uma amostra da inspiração do poeta paraense Antônio Tavernard, que este ano faria o seu centenário, mas foi-se embora muito cedo no verdor da vida. Na próxima terça-feira, dia 27, a Secretaria de Cultura promoverá mais um Sarau da Feira para lembrar Tavernard. Será no Teatro Gasômetro do Parque da Residência, a partir das 19 h, tendo como convidada especial a professora Maria Paula Nunes com intervenções artísticas de Iracy Vaz e do Grupo Cobra Coral. Nos mus tempos de adolescente, todo poeta morria cedo. “E tuberculoso”.

Tinha que ser o nosso inesquecível Papudinho, para lembrar do nosso Tony.

Sua Vida -Antônio de Nazareth Frazão Tavernard, nasceu aqui em Icoaraci, à época conhecido como Vila do Pinheiro em 1908. O “Nazareth” deve-se ao poeta ter nascido no mês do Círio de Nazaré. O pai, funcionário da Santa Casa de Misericórdia do Pará e redator do jornal “A Província do Pará”, recebeu a influência literária.
Ingressou em março de 1926 no curso de Direito. Cursou apenas o primeiro ano por ter sido acometido do Mal de Hansen, incurável até então.
Devido à estigmatizante doença, Tavernard, o Tony, como era conhecido, recolheu-se aos aposentos para ele construídos no quintal da casa de seus pais. Mas da dor e do infortúnio de sua juventude emergem a alegria e o vigor de sua poesia. Num misto de romantismo e simbolismo, indo do barroco ao modernismo, presentes em seus escritos, constata-se sua sublimação nos estudos, bem como sua habilidade com as palavras imersas no cenário amazônida que o cerca, fazendo do poeta um verdadeiro artista amazônico.
No dia 02 de maio de 1936, aos 28 anos de idade, o “exilado do Rancho Fundo”, teve um fulminante colapso cardíaco, do que veio a falecer.
Obras - Com ampla produção intelectual, Tavernard foi poeta, contista, cronista, romancista, jornalista e teatrólogo. De parceria com Fernando de Castro publicou a alta comédia “A menina dos 20.000”, escrevendo depois as comédias-revistas “A casa da viúva Costa”, “Seringadela”, “Que tarde!” e “Paratí”, todas encenadas em Belém, sendo a segunda e a quarta por acadêmicos de Direito. Teve seus versos mais regionais musicados pelo maestro Wlademar Henrique, sendo expoentes desta parceria “Foi Boto Sinhá”, “Matinta-perera” e muitas outras.
Deixou publicado o livro e contos “Femea” (1930), de profundo teor sociológico, e inéditos o romances como: “Sacrificados” (desaparecido até os dias atuais), os contos de “Vozes Tropicais” (que recebeu o nome de “Almas Tropicais” em seus manuscritos) e a coletânia de poesias “Místicos e Bárbaros”, publicado postumamente, em 1953, com organização de Georgenor Franco.
O Conselho Estadual de Cultura do Pará, em 1986, quando do cinqüentenário de morte do poeta, publicou o volume “Obras Reunidas de Antonio Tavernard”, com apresentação da professora Maria Annunciada Chaves (falecida).
É. E a Casa do Poeta Antônio Tavernard, que está caindo aos pedaços? Como fica? Vou continuar perturbando até que a Ana Julia e o Duciomar façam alguma coisa por ela.
As eleições estão à portas gente…

Italianos gamaram em Cotijuba
Dois dirigentes muicipais italianos, o prefeito de Pontassieve (da Região de Toscana) Marco Mairagui e o secretário de Cultura Alessandro Sarti, visitaram na quarta-feira/21 de maio, os sistemas de abastecimento de água e esgoto sanitário de Outeiro e Icoaraci, respectivamente, São João do Outeiro e Águas Negras (SAAEB), que ajudaram implantar, através de Consórcio Público de Água (Publiacqua) uma ONG ligada às cidades da região da Toscana.
A bordo do navio/motor “Lady Nara”, os dois atravessaram para Cotijuba, onde tiveram uma senhora recepção. Eles receberam dos diretores do SAAB um projeto que pretende melhorar o serviço de água da ilha atualmente atendidos por dois poços de 70 metros de profundidade. O documento entregue prevê um sistema definitivo que vai permitir construir uma rede de distribuição de água com 1.200 ligações, contemplando um total de seis mil pessoas.
Marco Mairagui e Alessandro Sarti visitaram as ruínas do antigo Educandário Nogueira de Faria, andaram de trenzinho; traçaram um filhote grelhado “no jeito” na Pousada Farol, do Osório, além de saborearem açaí com farinha de tapioca.
Dízendo no pé – No intervalo do almoço, o Conjunto Parafolclórico “Tucuxi”, do Outeiro, apresentou várias danças paraenses, inclusive o carimbo. Marco Mairagui e Alessandro Sarti não resistiram e mandaram ver. Com o apoio de duas graciosas bailarinas deram um show de apresentação, não errando um passo sequer.
Eles repetiram a dose na volta para Icoaraci, quando o “Tucuxi” resolveu animar a viagem tocando e cantando músicas regionais, samba e pagodes.Todo mundo dançou inclusive Raul Meireles e Elinaldo Ferreira, administrador regional do Outeiro.
Como prêmio por sua performance Marco Mairagui ganhou um remo, objeto que integra as apresentações do grupo. O prefeito de Pontassieve desceu no trapiche de Icoaraci felicíssimo com o remo na mão..
O Luca Filgueiras, do SAAEB, me disse no Seminário Preparatório do FSM Amazônia -
(29/05), que tanto Marco como Alessandro embarcaram de volta a Itália com um monte de lembranças de Belém, inclusive peças artesanais produzidas em Cotijuba.
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Transcrita do jornal O ESTADO
QUESTÃO AMAZÔNICA
Cerco das potências estrangeiras à Amazônia começa a se fechar

Manaus, 31 de outubro de 2010. Manchete do jornal A Crítica: “Chefão das Farc está esconddo em Manaus”.
Washington, 1 de novembro de 2010. Sala presidencial na Casa Branca. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fala ao telefone:
- Vocês têm minha autorização!
Manaus, 4 de novembro de 2010. Manchete do jornal A Crítica: “Chefão das Farc assassinado em Manaus”.
Roraima, 4 de novembro de 2010. A Organização das Nações Unidas, com apoio dos Estados Unidos, declaram autonomia aos ianomâmis.
Dezembro de 2010. Levantamento das Forças Armadas do Brasil mostram que regiões estratégicas do subcontinente amazônico estão, de fato, em mãos estrangeiras, seja por meio de empresas multinacionais, de ONGs ou pela compra direta de terras. Empresas estrangeiras monopolizam o comércio de água, madeira, princípios ativos, minerais e pedras preciosas da Amazônia.
Brasília, dezembro de 2010. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleito para um terceiro mandato, comenta, durante churrasco regado a Havana de Salinas, na Granja do Torto: “Vou criar o Ministério da Amazônia e dar para o Mangabeira Unger”.
São Paulo, janeiro de 2011. A revista Veja dá um furo: o Brasil já detém tecnologia para fabricar, em curto espaço de tempo, a bomba atômica, bem como tecnologia aeroespacial para despachá-la em mísseis intercontinentais.
Manaus, janeiro de 2011. O comandante Militar da Amazônia, fala ao telefone:
- Soltem os bugres!
Como se lê, pelas datas, o texto acima é pura ficção. Exceto por um detalhe. A Amazônia não será tomada pelas armas, pela simples razão de que isso não é necessário. Ela nem será tomada, porque está sendo entregue de bandeja. O governo brasileiro comporta-se como se a Hiléia fosse concessão divina. Dissimulação?
A revista IstoÉ, edição de 28 de maio, traz, em reportagem de capa, o seguinte título: “Como e por que o Brasil deve reagir de imediato à nova pressão da comunidade internacional que quer o controle do pulmão do planeta”.A Amazônia não é o pulmão do planeta. Em 1971, o biólogo alemão Harald Sioli, do Instituto Max Planck, foi entrevistado, na Amazônia, por um repórter de uma agência de notícias americana. Numa das respostas, o cientista afirmou que a floresta continha considerável porcentagem de dióxido de carbono (CO2). Por erro de datilografia, o jornalista suprimiu a letra C e escreveu O2, símbolo da molécula de oxigênio. A partir daí, difundiu-se mundialmente o mito da Amazônia pulmão do planeta, quando o verdadeiro pulmão do planeta é o mar, por meio das algas, que, elas sim, é que produzem oxigênio. De modo que o Clube dos Sete não quer saber de garantir oxigênio para a Humanidade, mas commodities, principalmente água – um quinto da água doce do planeta -, para seus rosados e gordos rebentos.
Em poucas palavras: a Amazônia é, de longe, a região mais rica do planeta, e, de certa forma, assemelha-se à Antarctica...
Na sua matéria, IstoÉ faz inquietante advertência. Diz que a soberania da Hiléia está em xeque. Com efeito, duas matérias recentes da mídia internacional são sintomáticas. No dia 15 de maio, o jornal inglês The Independente publicou: “Uma coisa está clara. Essa parte do Brasil (a Amazônia) é muito importante para ser deixada com os brasileiros”. Dia 18 de maio, o jornal americano The New York Times publicou matéria sob o título “De quem é a Amazônia, afinal?”
A propósito, o ex-vice-presidente americano, o incensado Al Gore, disse: “Ao contrário do que pensam os brasileiros, a Amazônia não é propriedade deles, pertence a todos nós”. O francês Pascal Lamy, ex-comissário de Comércio da União Européia, afirmou: “As florestas tropicais como um todo devem ser submetidas à gestão coletiva, ou seja, à gestão da comunidade internacional”. Frases como essas, ditas por líderes das potências mundiais, dão na canela.
Por que a Amazônia é a região do planeta com maior número de ONGs? O fato é que as potências estrangeiras já demarcaram, na Amazônia, principalmente províncias de nióbio e urânio; 96% das reservas mundiais de nióbio, metal utilizado especialmente na indústria aeroespacial, estão na Amazônia. Quanto ao urânio, dispensa comentário.
Além dessas questões, há o desmatamento, que poderá ser a justificação para uma invasão da Amazônia menos subtil. Nos seus 5 mil anos de história, a Humanidade concentrou-se em retirar do planeta sem repor, e agora faz isso com tecnologia devastadora. Dois terços das florestas do planeta foram varridos, e o terço restante, grande parte dele de florestas tropicais, está sumindo do mapa. No Brasil, a Mata Atlântica foi reduzida a 6%, se tanto, e encontra-se em processo de extinção completa. Na Amazônia, 16% da maior floresta tropical do mundo já foram torados. No ritmo atual, em duas décadas a Hiléia seria uma África.
Utilizei o verbo na forma condicional, pois as potências estrangeiras aproveitarão a oportuna devastação desavergonhada da Hiléia para uma intervenção mais direta. Então o diabo se soltará.
Explorar a floresta não é problema, como o Canadá nos ensina. O problema é que os governos brasileiros, que se sucedem, e agora se perpetuam, não têm competência para administrar o subcontinente amazônico, e esse é o maior estímulo para os colonizadores do mundo - principalmente Estados Unidos, Inglaterra e França.
O fato é que há mais funcionários do Ibama na ilha da fantasia, Brasília, do que na Amazônia; há mais contingente e equipamentos das Forças Armadas na Cidade Maravilhosa, Rio de Janeiro, do que nos 11 mil quilômetros de fronteiras da Amazônia; obter licença do Ibama para manejo florestal custa pelo menos dois partos e propina gorda; o Ibama leiloa madeira ilegal; São Paulo é um dos grandes consumidores de madeira ilegal da Amazônia; quem lucra com as hidrelétricas na Amazônia são revendedores de energia elétrica e multinacionais, além de empreiteiras; os lagos das hidrelétricas dizimam, de uma forma ou de outra, milhares de índios e caboclos – pessoas.
O desenvolvimento da Amazônia terá que começar com o primeiro passo: investimento maciço, sistemático, contínuo, e nunca desestimulado, em Educação e Pesquisa.Contudo, isso é utopia. É lamentável. A Amazônia é apenas um apêndice de um país corrupto; confuso, no mínimo. Se uma improvável revolução fosse deflagrada por instituições que vivificam o sentimento nativista e responsabilidade social, o paredão ficaria encharcado de sangue.

Brasília – O rio Amazonas é o maior do mundo, afirma o vice-presidente da Sociedade Geográfica de Lima, professor Zaniel Novoa, após 12 anos de investigações, confirmando a versão do explorador polonês Jacek Palkiewicz, que, em 1996, localizou a nascente do rio sul-americano. Até a segunda metade do século XX, os geógrafos apontavam o rio Nilo, na África, com 6.857, como o maior do mundo. Desde que o rio foi batizado, em 1500, foram identificadas nascentes em vários pontos do Peru, contudo a nascente verdadeira encontra-se a 7.040 quilômetros do mar, a 5.179 metros de altitude, próximo do monte nevado Quehuisha, na região sul de Arequipa, no Peru.
O Amazonas foi chamado pelo navegador espanhol Vicente Yañez Pizón, em 1500, de Mar Doce, e o também espanhol Francisco Orellana mudou-o para Amazonas, em 1542. Ao entrar em território brasileiro, o gigante recebe o nome de Solimões, até Manaus.
O colosso marrom é a espinha dorsal da maior bacia hidrográfica do mundo, formada por 7 mil afluentes, abrangendo uma área, segundo a Agência Nacional de Águas, de 6.110.000 quilômetros quadrados, no norte da América do Sul, banhando Peru (17%), Equador (2,2%), Bolívia (11%), Brasil (63%), Colômbia (5,8%), Venezuela (0,7%) e Guiana (0,2%). Só a bacia do rio Negro contém mais água doce do que a Europa.
Da nascente até 1.900 quilômetros, o Amazonas desce 5.440 metros; nos 5.140 quilômetros, até o Atlântico, a queda é de apenas 60 metros. Suas águas correm a uma velocidade média de 2,5 quilômetros por hora, chegando a 8 quilômetros, em Óbidos, cidade paraense a mil quilômetros do mar e ponto da garganta mais estreita do Amazonas, com 1,8 quilômetro de largura e 50 metros de profundidade.
Fora do estuário, a parte mais larga situa-se próxima à boca do rio Xingu, à margem direita, no Pará, com 20 quilômetros de largura, mas nas grandes cheias chega a mais de 50 quilômetros de largo, quando as águas sobem ao nível de até 16 metros. O Amazonas é navegável por navios de alto-mar da embocadura à cidade de Iquitos, no Peru, ao longo de 3.700 quilômetros. Seu talvegue, nesse curso, é sempre superior a 20 metros; chega a meio quilômetro de profundidade próximo à foz. A bacia amazônica conta com 25 mil quilômetros de rios navegáveis.
A vazão média do rio-mar é de pelo menos 200 mil metros cúbicos de água por segundo, o suficiente para encher 8,6 baías da Guanabara em um dia. No Atlântico, despeja, em média, 400 mil metros cúbicos de água por segundo; chega, portanto, a despejar 600 mil metros cúbicos de água por segundo no mar. Num único dia, o Amazonas deságua no Atlântico mais do que a vazão de um ano do rio Tamisa, na Inglaterra. O colosso contém mais água do que os rios Nilo, na África; Mississipi, nos Estados Unidos; e Yangtzé, na China, juntos.
O Amazonas despeja também no mar 3 milhões de toneladas de sedimento por dia, 1.095.000.000 de toneladas por ano. O resultado disso é que a costa do Amapá está crescendo. A boca do rio, escancarando-se do arquipélago do Marajó, no Pará, até a costa do Amapá, mede 240 quilômetros, e sua água túrgida de húmus penetra 320 quilômetros no mar, atingindo o Caribe nas cheias e fertilizando o Atlântico com 20% da água doce do planeta.
O húmus despejado pelo gigante no Atlântico torna a costa do Amapá uma explosão de vida marinha, o ponto mais rico da Amazônia Azul, no Brasil mais mal-guardado pela Marinha de Guerra e menos estudado pela academia.
“O que me intriga, não apenas no conteúdo da educação fundamental brasileira, mas também na base de informações científicas e acadêmicas no Brasil, é a pobreza de informações ambientais e biológicas sobre essa região, batizada de Mar Dulce pelo navegador espanhol Vicente Yañez Pinzón, em 1500, mesmo ano em que Cabral achava o Brasil” – comenta o oceanógrafo Frederico Brandini.
Brandini lembra que, no Amapá, as autoridades estão pouco preocupadas com o estudo da Amazônia Atlântica. Na Amazônia, não há sequer um curso de oceanografia e as costas do Amapá e do Pará são um inacreditável banco de vidas marinhas, coalhado de piratas, que vão lá pegar, de arrastão, lagostas, camarão pitu e outros frutos do mar. Pescadores paraenses já capturaram na altura da Vila de Sucuriju, no município de Amapá, marlim azul de meia tonelada. Nem Ernest Hemingway, no Gulf Strean, conseguia espadarte desse porte.

Fórum de turismo se reúne
no pólo Araguaia Tocantins

O pólo Araguaia Tocantins vai sediar, na próxima segunda-feira, dia 2 de junho, a 30ª Reunião Ordinária do Fórum de Desenvolvimento Turístico do Estado do Pará. O evento, que reúne diversas entidades, órgãos municipais e estaduais de turismo tem como objetivo a mobilização, articulação e fortalecimento do turismo paraense. É um diálogo entre os diversos setores em busca de alternativas que garantam o desenvolvimento do Estado tendo como ferramenta o turismo.
Resultado de uma deliberação do Fomentur as reuniões já ocorreram nos pólos Marajó, Tapajós e Amazônia Atlântica, tendo como sede os municípios de Salvaterra, Santarém e Tracuateua, representando os respectivos pólos.
Na pauta da reunião desta segunda, que começa às 9 horas no auditório do Hotel Itacaiunas, em Nova Marabá, a presidente do Forum Regional, Isis Mourão, fará uma exposição sobre o pólo Araguaia Tocantins. A turismóloga mostrará o que aquela importante região turística, composta por diversos municípios como Marabá, Tucuruí, Itupiranga, Conceição do Araguaia, entre outros, tem a oferecer aos visitantes.
O Plano de Desenvolvimento Turístico da região Araguaia também está na pauta com Eugênio Peres, assim como o Plano de Desenvolvimento Turístico da região Tocantins, que será apresentada pela secretária de turismo de Tucuruí, Mariana Bogea. À tarde representantes da Companhia Paraense de Turismo (Paratur), apresentam uma pesquisa de fluxos turístico para a região, as prioridades de ações do Fomentur, definidas no início do ano durante uma oficina de planejamento.
Também está na pauta a participação do Pará no Salão do Turismo - Roteiros do Brasil, que ocorre em junho em São Paulo e a Feira Internacional de Turismo da Amazônia – Fita, que acontece em dezembro no Hangar Amazônia.
Além da presidente do Fomentur e da Paratur, Ann Pontes e de sua equipe técnica, também participam da reunião representantes da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo – Abrajet Pará, da Coordenadoria Municipal de Turismo de Belém (Belemtur), prefeituras de Marabá e Tucuruí, empresários e outros.

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Benigna Soares –
Presidente da Abrajet Pará

CALENDÁRIO ELEITORAL 2008

Saiba quais são os prazos a serem respeitados pelos candidatos e eleitores
até outubro, segundo a Justiça eleitoral

A pouco mais de quatro meses do primeiro turno das eleições municipais, o eleitor deve ficar de olho no calendário para fiscalizar os candidatos e os partidos quanto ao cumprimento das restrições impostas pela Justiça eleitoral. No dia 5 de outubro, eleitores de todo o país irão às urnas para escolher prefeitos, vice-prefeitos e vereadores dos 5.561 municípios brasileiros.
A Justiça eleitoral estabelece prazos para a realização das convenções partidárias e a divulgação das propagandas e impõe restrições na administração pública para evitar o uso político da máquina. O eleitor que estiver fora de seu domicílio eleitoral também deve ficar atento, pois há datas a serem seguidas.
Veja, a seguir, um guia do calendário eleitoral 2008 elaborado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE):
10 de junho – terça-feira
Data a partir da qual é permitida a realização de convenções destinadas a deliberar sobre coligações e escolher candidatos a prefeito, a vice-prefeito e a vereador.
É também a partir do dia 10 de junho que se inicia o período para nomeação dos membros das mesas receptoras para o primeiro e eventual segundo turnos de votação.
30 de junho – segunda-feira
Último dia para a realização de convenções destinadas a deliberar sobre coligações e escolher candidatos a prefeito, a vice-prefeito e a vereador.
1º de julho – terça-feira
Data a partir da qual não será veiculada a propaganda partidária gratuita prevista na Lei nº 9.096/95, nem será permitido nenhum tipo de propaganda política paga no rádio e na televisão.
5 de julho – sábado
Último dia para os partidos políticos e coligações apresentarem no cartório eleitoral, até às 19 horas, o requerimento de registro de seus candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador.
É também a partir desta data que são vedadas aos agentes públicos as seguintes condutas: nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa ressalvados os casos de: a) nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou dispensa de funções de confiança; b) nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais ou Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidência da República) nomeação dos aprovados em concursos públicos homologados até 5 de julho de 2008; d) nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao funcionamento inadiável de serviços públicos essenciais, com prévia e expressa autorização do chefe do Poder Executivo; realizar transferência voluntária de recursos da União aos estados e municípios, e dos estados aos municípios.
A partir do dia 5 de julho é vedado aos candidatos aos cargos de prefeito e de vice-prefeito participar de inaugurações de obras públicas.
6 de julho – domingo
Data a partir da qual será permitida a propaganda eleitoral podendo os candidatos, os partidos políticos e as coligações realizarem comícios e utilizar aparelhagem de sonorização fixa, das 8h às 24h.
7 de julho – segunda-feira
Último dia para o eleitor portador de deficiência que tenha solicitado transferência para seção eleitoral especial comunicar ao juiz eleitoral, por escrito, suas restrições e necessidades, a fim de que a Justiça Eleitoral, se possível, providencie os meios e recursos destinados a facilitar-lhe o exercício do voto.
27 de julho – domingo
Último dia para que os títulos dos eleitores que requereram inscrição ou transferência estejam prontos.
31 de julho – quinta-feira
Data a partir da qual, até o dia do pleito, o Tribunal Superior Eleitoral poderá requisitar das emissoras de rádio e de televisão até 10 minutos diários, contínuos ou não, que poderão ser somados e usados em dias espaçados, para a divulgação de seus comunicados, boletins e instruções ao eleitorado.
6 de agosto – quarta-feira
Data em que os partidos políticos, as coligações e os candidatos são obrigados, durante a campanha eleitoral, a divulgar, pela rede mundial de computadores (internet), relatório discriminando os recursos em dinheiro ou estimáveis em dinheiro que tenham recebido para financiamento da campanha eleitoral e os gastos que realizarem, em sítio criado pela Justiça Eleitoral para esse fim, exigindo-se a indicação dos nomes dos doadores e os respectivos valores doados.
Também é o último dia para o eleitor que estiver fora do seu domicílio requerer a segunda via do título eleitoral ao juiz da zona em que se encontrar, esclarecendo se vai recebê-la na sua zona ou naquela em que a requereu.
12 de agosto – terça-feira
Último dia para o juiz eleitoral realizar sorteio para a escolha da ordem de veiculação da propaganda de cada partido político ou coligação no primeiro dia do horário eleitoral gratuito.
19 de agosto – terça-feiraInício do período da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão
6 de setembro – sábado
Data em que os partidos políticos, as coligações e os candidatos são obrigados, durante a campanha eleitoral, a divulgar, pela rede mundial de computadores (Internet), relatório discriminando os recursos em dinheiro ou estimáveis em dinheiro que tenham recebido para financiamento da campanha eleitoral e os gastos que realizarem, em sítio criado pela Justiça Eleitoral para esse fim, exigindo-se a indicação dos nomes dos doadores e os respectivos valores doados.
20 de setembro – sábado
Data a partir da qual nenhum candidato poderá ser detido ou preso, salvo em flagrante delito.
25 de setembro – quinta-feira
Último dia para o eleitor requerer a segunda via do título Eleitoral.
30 de setembro – terça-feira
Data a partir da qual e até 48h depois do encerramento da eleição, nenhum eleitor poderá ser preso ou detido, salvo em flagrante delito, ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto.
2 de outubro – quinta-feira
Último dia para a divulgação da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. Último dia para a realização de debates.
3 de outubro – sexta-feira
Último dia para a divulgação paga, na imprensa escrita, de propaganda eleitoral, no espaço máximo, por edição, para cada candidato, partido político ou coligação, de um oitavo de página de jornal padrão e um quarto de página de revista ou tablóide.
Também é o último dia para propaganda eleitoral em páginas institucionais na Internet.
5 de outubro – domingo – DIA DAS ELEIÇÕES
O eleitor que deixar de votar no dia 5 de outubro terá até o dia 4 de dezembro para apresentar justificativa ao juiz eleitoral. Nos municípios em que houver segundo turno, o eleitor terá até o dia 26 de dezembro para justificar a ausência na votação do dia 26 de outubro.
7 de outubro – terça-feira
Início da propaganda eleitoral do segundo turno
11 de outubro – sábado
Último dia para o juiz eleitoral divulgar o resultado da eleição para prefeito e vice-prefeito e proclamar os eleitos, se obtida a maioria absoluta de votos, nos municípios com mais de duzentos mil eleitores, ou os dois candidatos mais votados.
24 de outubro – sexta-feira
Último dia para a realização de debates. Também é o último dia para propaganda eleitoral em páginas institucionais na Internet.
26 de outubro – domingo - 0 DIA DA ELEIÇÃO EM SEGUNDO TURNO
De acordo com a Constituição Federal, o segundo turno é obrigatório em municípios com mais de 200 mil eleitores, quando nenhum dos candidatos obtiver a maioria absoluta dos votos no primeiro turno.

Fonte: TSE
MOTINHAS
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Jornalista e publicitário com 25 anos de estrada, Chico Cavalcante, da Vanguarda Propaganda, de Belém do Pará, é o novo marketeiro do PT. Diretor de criação dos quatro filmes que o partido do presidente Lula exibiu em rede nacional no dia 15 de maio, foi chamado em Brasília para agendar as gravações que integrarão o programa do PT que irá ao ar no dia 05 de junho em rede nacional. ●●● Na última sexta-feira/23, os 76 anos, Jefferson Peres, líder do PDT no Senado sofreu infarto fulminante em Manaus (AM). Era sempre uma voz a criticar a corrupção e o mau uso e o desvio de dinheiro público. Para o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), o senador era “um peregrino em defesa da ética”. O vice-governador do Pará, Odair Corrêa, participou do velório que aconteceu no sábado (24). ●●● As comunidades do Mararu, Urumanduba e Diamantino receberão ações do Projeto Nossa Gente nesta sexta-feira/30, no Centro Comunitário do Mararú, às 18H00. No sábado/31, na Escola Profa. Nazaré Demétrio Mussi. Serão oferecidos gratuitamente cerca de 85 serviços nas áreas de saúde, assistência social, jurídica, entre outros. ●●● Isaias Batista, ex-prefeito de Juruti por quatro vezes, teve suas contas referente ao exercício de 1999, aprovada pela Câmara Municipal por 5 X 4, na ultima terça-feira (27). A briga promete ser acirrada entre Isaias Batista e o atual prefeito Henrique Costa. ●●● O deputado estadual Alexandre Von (PSDB-PA) voltou a fazer severas críticas ao Governo do Estado do Pará pelo não funcionamento pleno do Hospital Regional e a cobrar informações sobre o Contrato de Gestão, no valor de R$ 60.766.000,00 (sessenta milhões e setecentos e sessenta e seis mil reais), celebrado entre a SESPA e a Pró-Saúde. ●●● Considerado pé quente, deputado federal Lira Maia (DEM-PA), foi aplaudido pela torcida do São Raimundo no último domingo no Barbalhão. ●●● Neste domingo tem São Raimundo e Águia, no Barbalhão. A presença do torcedor é importante. No final, vamos comemorar a vitória do Pantera (haja coração), com a gostosa loira gelada (Nova Schin), bela ruiva destilada e exuberante morena quente. Fui.

5/26/2008

Para um futuro colega, com prazer


Recebi de um jovem – pelo estilo do e-mail deu para perceber que se trata de um moço – que se prepara na Feapa – Faculdade de Ciências Avançadas do Pará, para o Jornalismo.
O futuro colega, que não se identificou (retorne com as suas qualificações, ok?), me pede uma palavra sobre jornalismo escrito, o que é, e o que pretende, para ilustrar um trabalho que está preparando.
Nem a propósito.
Hoje Ricardo Noblat, um dos gigantes da nossa profissão, inclui em seu blog um texto assinado por Tetê Catalão, publicado na capa do jornal Correio Braziliense de 19 de julho de 1977, que fala de jornal.
Peço licença ao Ricardo e a Tetê para usá-lo como forma de atender o meu amigo. Ele pode aprender muito com vocês, veteranos, a arte de formar idéias e bem informar.

Para que serve um jornal?

Um jornal serve para servir. Servir principalmente a uma cidade. Um jornal se for só papel serve para cobrir o chão quando pintamos a casa ou embrulhar peixe no mercado. Um jornal se for só negócio serve apenas para crescer em lucros, máquinas e construções. Um jornal se for mero símbolo, tradição e história serve para discursos pomposos mas ocos de compromisso com a vida. Um jornal grife funciona só para o marketing ou propaganda de empresa líder de mercados. Mas o que faz um jornal servir é algo além da mercadoria ou da imagem que projeta.
Um jornal não tem senhores, domínios, posses ou posessões. Um jornal serve quando não é escravo até do seu próprio sucesso. Então pra que serve um jornal, mesmo? Um jornal serve para publicar o que se fala, refletir o que se publica, aprofundar o que se opina sobre o publicado e ampliar TODAS as opiniões sobre o dito e o refletido.
Um jornal serve para servir ao seu eixo principal de credibilidade: o leitor. Um jornal serve para ir além da notícia quando busca suas relações, seu contexto, as circunstâncias que geraram o fato e até avaliar suas consequências. Um jornal serve para pensar. E ser pensado por gente livre e não administrado por máquinas servis. Um jornal serve quando desperta atitudes. Quando analisa os atos que sofre mas também é ator nada passivo. Serve quando é veículo dos muitos meios, modos, culturas e linguagens componentes de uma sociedade.
Serve e é estimulante e rico quando abriga e convive as contradições. E só estará vivo em intensa atividade se servir aos que o lêem e o mantenham. Um jornal serve quando não teme. Nem o conflito natural das divergências nem o confronto acintoso de quem tenta intimidá-lo. Serve quando se expõe até a equívocos mas busca avançar quando a prudência confunde-se com o medo. Um jornal serve como serviço público que é a definição mais básica de imprensa como instituição!
Um jornal serve para reagir, para admitir e apontar erros, para estabelecer todas as linhas de diálogos com todas as representações organizadas de uma cidade.
Serve também para o indivíduo que não adquiriu voz partidária, sindical ou até mesmo de classe tal a sua exclusão no convívio social. Um jornal serve também para emocionar, dar prazer, informar por inúmeros suportes do fato além do texto, deleitar, entreter, indignar, comover e demonstrar que vive intensamente o seu tempo e a sua região. Um jornal não é só um amontoado de linhas, textos, fotos e traços, um jornal serve quando se torna fundamental, preciso, precioso, indispensável para o quê na verdade o mantem vivo: sua credibilidade.
Um jornal serve para reconhecer seus talentos e sua vocação maior de comprometimento com o seu serviço primordial: um jornal serve para servir!

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Tetê Catalão

5/25/2008

CONTO
Congresso em chamas

O presente conto integra meu próximo livro, ainda sem título, programado para ser publicado em 2009.
- Adoro a tetuda mamãe Congresso Nacional! - disse o deputado Rato Mala à sua mulher, enquanto examinava o embrulho que enviaram a ele. – Mas não se manda dinheiro pelos Correios; rouba-se nos Correios - disse, olhando o embrulho por todos os lados.
- Será que não é o vigésimo-quarto salário, querido? – Salamandra lhe perguntou, interrompendo ligeiramente a maquiagem.
- Não seja burra; o salário é depositado no banco; diga-se, não é o do Banco Rural, nem do BMG, mas o do Banco do Brasil - disse Rato Mala.
Ofendida, Salamandra ficou na dela. “Ele já me chamou de anta, cérebro de galinha, hipopótamo fêmea, marmota e agora de burra” - pensou. “Mas é o homem mais charmoso que eu já conheci; tem bolsos recheados de dólares, dólares até na cueca.”
- Aarrah! - disse Rato. - Olha só o que me mandaram: um cuecão com capacidade para grandes depósitos!
- Tenho orgulho de você, minha Catita. Logo você terá uma conta, ou várias contas tão recheadas como as do Dudu, ou até mesmo do Salim – disse Salamandra, concentrada no pincel de rímel.
Rato Mala derretia-se todo quando Salamandra utilizava seu apelido de criança, Catita ou Cafifa, e ao ser comparado ao seu ídolo, Salim. Parou, sonhador, e fez alguns cálculos mentais.
- Salaminho, ainda terei que dar muito duro para chegar a Salim - disse Rato, usando um dos apelidos de Salamandra. - Mas pode chegar a Dudu, não pode? – disse Salamandra, toda melosa, devido à atenção que Rato estava lhe dando. – Ocê merece, pai!- Vou para o quarto, experimentar o cuecão. Tenho que dar uma passada, hoje, no Banco Rural e depois ir a São Paulo para me avistar com alguns companheiros.
- Cuidado no aeroporto com aquele pessoal xereta da Polícia Federal.
- Eles sabem que não podem nem se aproximar de mim.
- E se estiverem com aqueles cachorros que vão diretamente ao dinheiro? Poderão morder sua virilha, querido!
- Só se for a sua. Esse tipo de cuecão é anti-farejamento, galinácio.
- Você já está me ofendendo de novo, ratuíno!
- Desculpe-me, querida, é que fico nervoso sempre que levo um carregamento grande para minha estrela-guia.
- Acho que você tem que seguir o exemplo do Dudu. Ninguém consegue descobrir os depósitos dele e ele ainda continua com as contas da Petrobras.
- Você tem razão. Vou marcar um encontro com ele.
Rato foi ao quarto e voltou de lá vestido com o cuecão.- Veja, Salamandra! Sob medida! – disse Rato, dando uma volta para ela ver o cuecão.
Salamandra prestou atenção.
- Ué, Catita, você tem que diminuir o ventre, porque então caberão mais verbas – disse Salamandra.
- Já mandei fazer um remédio para emagrecer.
- Daquele não, homem; contém Racumin.
- Humm! Acho que aquele médico da Câmara está trabalhando pros tucanos. Não é com Racumin que irão acabar comigo. Já decidi: não precisarei perder minha barriguinha. Conversarei com José Nobre Vieira, que, flagrado com as verdinhas na cueca, aperfeiçoou o transporte de valores e desenvolveu uma técnica capaz de burlar os mais sensíveis detectores de mentira.
Salamandra olhou orgulhosa para sua ratazana, cheia de si por ter capturado um murídio tão esperto. “Se um rato desses pega o INSS, nem a CIA o detém” – pensou, já fazendo planos para as compras no ParkShoppping, à tarde.

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● Cortesia do site ABC Politiko

José Wilson Malheiros


O PARÁ NÃO VIVE SÓ DE ÍNDIOS

Noticia a imprensa que o Judiciário está bastante preocupado com a situação do conflito com os indígenas na região chamada de Raposa Serra do Sol, em Roraima.
Como se sabe ali historicamente existe uma briga entre os latifundiários, principalmente os plantadores de arroz, e os índios, estes afirmando que estão invadindo um território que é seu de fato e de direito, embora vez por outra os jornais nos informem que existem, também, aborígines corruptos, pois hoje em dia eles, mais próximos do mundo chamado civilizado, não querem mais apenas apito, como diz a musiqueta carnavalesca e sim dinheiro e todas as benesses do mundo globalizado.
Recentemente três ministros do Supremo Tribunal Federal, a mais alta corte de justiça em nosso país, estiveram sobrevoando a região.
Gilmar Mendes, Carlos Ayres Britto e Carmem Lúcia foram lá, ver de perto, no próprio palco dos acontecimentos, para que possam sentir, raciocinar melhor e assim decidir, preocupados em emitir senão a verdade real, mas a verdade processual possível que, segundo a melhor técnica jurídica, deve se aproximar, tanto quanto as circunstâncias permitirem, do que se considera como realidade.
Essa visita, por motivos óbvios e de segurança foi cercada do sigilo até o último instante, mas faz parte da função do repórter furar paredes e trazer ao público a notícia.
Recordemos que no próximo mês de junho o Supremo Tribunal Federal vai decidir se a demarcação das terras em conflito é regular, é legal ou não.
Não nos esqueçamos, também, que em abril essa corte de justiça suspendeu uma operação da Polícia Federal para retirada de não-índios do local, supostamente reserva indígena, no que em minha opinião acertou, até que saia o veredicto final.
A tensão social na localidade tem atingido níveis perigosos e assim justifica-se a visita e o interesse dos respeitáveis Ministros.
Fatos como esse só chamam a atenção, mais uma vez, para a necessidade de se implantar, de uma vez por todas, uma política que resolva de maneira satisfatória, a questão da terra no Brasil. Condenar criminosos e mandantes, expulsar invasores, tudo isto é de suma importância. Mais premente, ainda, é não mais adiar a solução das pendências, separando o joio do trigo. Existem muitos latifundiários produtivos, como existem os especuladores.
Há os verdadeiros sem terra, ávidos para se estabelecer e produzir, como existem os profissionais da desgraça, os invasores, instrumentos de interesses subalternos, os agitadores de épocas eleitoreiras.
É preciso, também, deixar a hipocrisia de lado. Existem os que são a favor da reforma agrária, desde que seja feita em terra dos outros.
Não podemos misturar reforma agrária com o banditismo que vem se praticando aí no sul do Pará, por exemplo, ameaçando e assassinando inocentes, pois isto não vai resolver nada.
Aqui entram outra vez o Judiciário, o Ministério Público, os cidadãos de bem, os verdadeiros interessados na paz social.
Diminuindo a impunidade, denunciando os abusos, procurando resolver seus conflitos na base do diálogo (nem sempre fácil esta opção).
Precisamos fazer com que o Pará não seja conhecido apenas pelas chacinas, pelos crimes de encomenda, pelas terras em eterna disputa e sim por seu folclore, por suas belezas naturais, sua arte, seu povo bonito.
Copiando o bom exemplo baiano, precisamos mostrar o que de melhor o Pará tem.

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5/23/2008


GLEBAS

O Deputado Joaquim de Lira Maia (DEM/PA), apresentou Projeto de Lei que "Dispõe sobre a transferência de titularidade de bens imóveis de propriedade da União para os Municípios da Amazônia Legal", as chamadas glebas patrimoniais "As terras dos Municípios e de sua população continuam até hoje, em propriedade da União. Esse fato acarreta diversas dificuldades para os Municípios, conseqüentemente, para suas populações, que não podem ter assegurado o direito constitucional à propriedade. Essa parcela da população fica excluída dos benefícios bancários, pois não podem sequer adquirir empréstimos bancários, para investir em seu patrimônio ou para montar um negócio próprio visando a geração de emprego e renda, pois não podem oferecer em garantia seu imóvel na aquisição dos referidos empréstimos. Nosso projeto visa corrigir uma lacuna deixada pela Constituição Federal de 1988, acabando com a condição de segunda natureza a que são submetidos esses brasileiros, assegurando ao ente municipal e a população amazônida a real propriedade de suas terras, revertendo este direito constitucional, em benefícios para as populações que vivem nesses Municípios da Amazônia Legal", disse o Deputado.

DUCHA FRIA

Notícia veiculada por vários veículos de comunicação da capital, divulgaram uma estratégia da governadora Ana Júlia Carepa, no sentido de brecar os chamados separatistas das regiões Sul e Oeste do Pará. Disse ter conseguido 2 bilhões de reais através do PAC e boa parte vai para Marabá e Santarém, integrando o Estado e gerando emprego e renda, para os munícipes das duas mais importantes cidades das respectivas regiões. É pensamento da Governadora a criação das sub-governadorias em Marabá e Santarém, onde terá toda infra-estrutura física e jurídica, uma das promessas de campanha. Resta saber se a Governadora vai conseguir mudar a cabeça de milhares de pessoas que defendem a criação dos estados do Carajás e Tapajós há muitos anos. Quem não está gostando dessa idéia, são os vereadores de Santarém que montaram uma estrutura dentro do Poder Legislativo, onde funciona o Movimento pelo Plebiscito e Criação do Novo Estado.

CONTRA PONTO

O vereador Reginaldo Campos (PSB), da tribuna da Câmara Municipal de Santarém, relatou o êxito da sua viagem à Brasília, juntamente com o vereador Rivelino Mota (PT) e membros do Movimento Pelo Plebiscito e Criação do Novo Estado, quando na oportunidade foram recebidos pelo Ministro da Integração Nacional, José Múcio Oliveira e presidente da Câmara Federal deputado Arlindo Chinaglia. "Temos que continuar a luta pela nossa libertação. Vamos mostrar para o Brasil o nosso potencial", disse o vereador, se referindo a criação do Estado do Tapajós. Agradeceu a ajuda da prefeita Maria do Carmo e do presidente da Câmara Municipal José Maria Tapajós, que viabilizaram a ida para a capital federal, além do apoio do deputado federal Lira Maia (DEM-PA), que esteve permanentemente com a comissão.

BOA IDÉIA

O próximo Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que pediu para assumir a pasta somente no dia 27, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aceitou as suas dez condições para assumir o Ministério. Entre as exigências seria a possibilidade de usar as Forças Armadas para patrulhar os parques nacionais. Acredite, o presidente Lula teve uma idéia melhor, sugeriu a Carlos Minc, a criação de uma guarda nacional das florestas, semelhante a Força Nacional de Segurança. Concordo em gênero, numero e grau, com apenas uma sugestão, que os guardas florestais sejam jovens dos Estados que compõem a Amazônia Legal, assim, teremos emprego e renda, para os nossos conterrâneos.

ANARQUIA

Já está virando uma verdadeira baderna, freqüentemente garimpeiros e trabalhadores rurais "sem terra" invadem a ferrovia que fica no município de Parauapebas, região Sudeste do Estado, solicitando a reabertura de serra pelada, que já foi considerado o maior garimpo a céu aberto do Mundo. O governo do Estado e a Polícia Federal tem que agir com energia, se existe uma decisão da Justiça Federal que impede os garimpeiros e trabalhadores "sem terra" de ocupar a estrada de ferro, porque não colocá-los na cadeia por desobediência à lei? O dia em que eles forem punidos de verdade, a baderna pode parar. Pela estrada de ferro Carajás são transportados combustíveis, 100 milhões de toneladas de minério, passageiros, além de gerar milhares de emprego e contribuir com o nosso Estado com pagamento de impostos. Lamentavelmente, o fato já virou anarquia (negação do princípio de autoridade, sociedade política constituída sem governo, desordem e confusão). Paralisar o transporte dos trens, não é a melhor estratégia de pressionar os governos estadual e federal.

COMBATE AO FUMO

A Prefeitura Municipal de Santarém, através da Divisão de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde, realiza a partir da próxima semana programação especial antecedendo o Dia Mundial de Combate ao Fumo, comemorado em 31 de maio. A data também é conhecida como Dia Mundial Sem Tabaco. De acordo com a coordenadora da Vigilância Sanitária de Santarém, a Farmacêutica-Bioquímica Adelina Furtado, haverá palestras em escolas públicas da cidade, visando orientar a classe estudantil sobre os perigos do fumo, com a distribuição de panfletos educativos. No dia 31 de maio, a partir das 18h00, na Orla da cidade, no trecho que vai da Praça da Matriz ao Mascotinho, será realizada blitz educativa com a distribuição de panfletos e folderes educativos.

MOTINHAS
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Vice-governador do Estado do Pará, Odair Corrêa, chega em Santarém, no inicio da semana. Deve reunir-se com vários segmentos da sociedade. ●●● O grande causídico Edibal Cabral se encontra em Belém, participando de um Seminário sobre Direito Eleitoral, com advogados renomados de todo o Brasil. ●●● Ainda em Belém, o advogado e professor Eduardo Fonseca, se restabelecendo de uma cirurgia, breve estará de volta à Pérola do Tapajós, totalmente renovado. ●●● Nesta sexta-feira/23, na Casa de Forró Meu Xodó (Feira Agropecuária), grande show baile com a banda forrozeira Meu Xamego de Manaus. Imperdível. ●●● Neste domingo/25, tem a 5ª Rodada (Semifinais), da II Mini Copa AABB de Futsal, iniciativa do presidente Geda, colaboração Cleo Soares e Zé Colares. ●●● Repercutiu em todo o Estado do Pará, encarte publicado pelo jornal Diário do Pará, no último final de semana, sobre a criação do Estado do Tapajós. Investimento na ordem de R$ 50.000,00. ●●● No dia 7 de junho, acontece em Santarém, o II Seminário de Marketing Político do Oeste do Pará, no Amazon Park Hotel, com a presença de grandes feras da publicidade paraense, entre eles, Orly Bezerra, Juvencio Arruda, Chiquinho da Vanguarda, dentre outros. ●●● Com a pauta destrancada, os deputados devem analisar uma série de projetos nesta semana. Entre os itens em pauta, está o Projeto de Lei 73/99, que cria cotas para negros, índios e alunos de escolas públicas em universidades federais. Outro tema que pode ser analisado pelos deputados é a PEC dos Vereadores, que define a composição das câmaras municipais. ●●● O PMDB e o PT estão se digladiando nos principais municípios do Estado para indicar o cabeça de chapa. Em Itaituba estava praticamente certo o PT indicaria o vice na chapa do PMDB, onde o empresário Valmir Clímaco seria o candidato a prefeito. O PT agora quer inverter os nomes, o PMDB fica com a vice. ●●● Em Santarém, está praticamente fechado o acordo entre PT e PMDB, , José Antônio Rocha (filho do deputado Antônio Rocha), será o vice de Maria do Carmo. Comenta-se nos bastidores que o ex-deputado federal José Priante, aborrecido com a postura da governadora Ana Júlia, em não apoia-lo em Belém, vai dar o troco e deve apoiar Lira Maia (DEM) ou Alexandre Von (PSDB), para derrotar o PT. Este é o primeiro capítulo de uma novela que termina somente no dia 5 de outubro. ●●● O técnico santareno Valter Lima, do Ananindeua, após a vitória sobre o Payssandú por 3 X 1, em plena Curuzú, ganhou definitivamente a simpatia da imprensa da capital. Brevemente estará dirigindo um clube de elite do futebol brasileiro. É apenas uma questão de tempo. ●●● Quando eu digo que tem uma cabeça de frango enterrada em baixo das instalações do Hospital Regional, ninguém acredita. No inicio da semana, o mau uso causou defeitos em vários equipamentos de ponta do hospital, atrasando ainda mais o seu funcionamento. Saravá meu irmão. ●●● Meu amigo oftalmologista Paulo Fernandez, assumiu a vice diretoria do Hospital Betina Ferro e Souza, em Belém. O diretor é Claudio Acatauassú. ●●● Deputado estadual Carlos Martins (PT), solicitou através de requerimento, a reativação com melhor infra-estrutura do posto comunitário da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT), na Vila Balneária de Alter do Chão, em Santarém. ●●● Se tudo der certo, estaremos neste final de semana em Arapixuna. ●●● Mais um final de semana, como ninguém é de ferro, vamos curtir uma gostosa loira gelada (Nova Schin), uma bela ruiva destilada e uma exuberante morena quente. Fui.

Representantes italianos visitam Icoaraci, Outeiro e Cotijuba


Com a finalidade de verificar os resultados obtidos com os termos da cooperação bilateral firmados desde 2005 a fim de atender a projetos que beneficiam pessoas com a distribuição de água , representantes governamentais das cidades irmãs, Belém (Brasil) e Pontassieve (Itália) - Marco Mairagui Alessandro Sarti -, visitaram pela manhã de quarta-feira/ 21, os sistemas de abastecimento de água e esgoto sanitário nos Distritos de Outeiro e Icoaraci, respectivamente, São João do Outeiro e Águas Negras.
A visita se estendeu pela Escola Bosque e orla de Outeiro e ilha de Cotijuba, local com 60 quilômetros quadrados, destes, 20 quilômetros de praias. Segundo Raul Meireles, presidente do SAAEB, e representante da Prefeitura Municipal de Belém, a cooperação entre as cidades de Belém e Pontassieve deu certo. “Agora estamos em busca de novas parcerias e eles (representantes de Pontassieve) acenam positivamente para a possibilidade de novos investimentos”, declarou.
Outeiro - O sistema de São João do Outeiro, inaugurado em janeiro de 2007, foi o primeiro a ser visitado pela comitiva italiana. Em total funcionamento, o sistema integra um poço com profundidade de 270 metros profundidade e, se utilizado 100% da capacidade da vazão, o sistema pode jorrar até 290 metros cúbicos por hora.
Atualmente, o número de ligações é de 2,7 mil casas, mas, segundo o engenheiro do SAAEB, Francisco Rendeiro, com a expansão da rede, o número de ligações pode chegar a 3,5 mil. Ele ressaltou o grau de potabilidade adquirido com o sistema utilizado através da captação subterrânea da formação de Pirabas. “A água vinda dessa profundidade está apta para o consumo humano, basta apenas adicionar cloro para evitar infecção na rede e fluor para evitar cáries”, comentou.
A visita prosseguiu pela orla de Outeiro, ao longo da Praia do Amor. Raul Meireles mostrou aos visitantes o sistema de tratamento de esgoto sanitário e disse que antes o esgoto era despejado “in natura” no rio, agora, com o tratamento de câmaras, biofiltros e caixas de areia, que chega a 97% do esgoto produzido, a qualidade de vida da população de Outeiro aumentou. “Conseguimos melhorar muito o impacto ambiental causado ao longo dos anos na praia do Amor”, comentou o representante da PMB.
Icoaraci - O grupo visitou o sistema de Águas Negras I. Em referência ao convênio firmado, que teve um custo total na ordem de R$ 1.450 milhão, a torre do reservatório de água possui a bandeira da cidade de Pontassieve. Emocionado com a força da água ao abrir o reservatório de Águas Negras, sistema, este, que recebeu ajuda financeira da cidade de Pontassieve, em torno de 700 mil euros, o representante oficial da cidade italiana,
Marco Mairagui- visivelmente encharcado e emocionado - disse sentir-se realizado ao ver o projeto pronto, acabado e funcionando, após três anos de investimento no Águas Negras I. O sistema possui uma reservação de 500 mil litros de água, uma rede de 13 mil metros de extensão e atende a 1200 ligações, beneficiando cerca de seis mil pessoas.
Solicitações - Sérgio Cruz, líder do Centro Comunitário de Santa Paula agradeceu a presença das autoridades e disse que o investimento melhorou a vida de muitos moradores de Outeiro. O comunitário aproveitou a oportunidade e repassou projetos de interesse comunitário para serem analisados pelo líder político de Pontassieve. O sistema já foi ampliado em função do crescimento populacional e, com recursos da Prefeitura, na ordem de R$ 1 milhão, foi possível estender a rede de distribuição de água para as comunidades do Recanto Verde, Parque Zogby, 7 de Setembro, Uxiteua e a Vila dos Inocentes.
As comunidades integram o sistema denominado Águas Negras II. Luca Filgueiras, téxnixo do SAAEB disse, que com a ampliação, mais 11 mil pessoas foram contempladas, totalizando 2.200 novas ligações através de mais 15 mil metros de rede de distribuição.
Cotijuba – Logo após, a bordo do navio/motor “Lady Nara”, o grupo seguiu para Cotijuba, onde foi recepcionado pela comunidade. Após uma visita às ruínas do antigo Educandário Nogueira de Faria, Marco e Alessandro e comitiva apanharam um trenzinho (puxado por trator tipo “pula pula”) e se dirigiram para a Pousada Farol - em frente a praia do mesmo nome – onde foram homenageados com almoço na base de filhote grelado e cozido com tempero nativo, tucupi, verduras e hortaliças, além de açaí com farinha de tapioca, numa cortesia da Prefeitura de Belém/Administração Regional do Outeiro e do empresário João Durval Osório, proprietário da pousada.
Projeto - Em seguida, Raul Meireles apresentou junto com técnicos e engenheiros do SAAEB, a nova proposta de parceria, desta vez, para atender com investimento na construção de uma extensa rede de distribuição com água potável para os seis mil moradores da ilha.
Luca Filgueiras, autor do projeto, ressaltou a importância da parceria para implantação de um sistema definitivo para a ilha de Cotijuba. Atualmente os moradores da ilha são atendidos por dois poços de 70 metros de profundidade. “O sistema definitivo vai permitir construir uma rede de distribuição de água com 1.200 ligações. “Um total de seis mil pessoas serão contempladas adequadamente”, declarou Lucas.
Ele lembrou que por ocasião do primeiro convênio firmado quem estava à frente da Prefeitura de Pontassieve era o atual coordenador do Consórcio Público de Água (Publiacqua) das cidades da região da Toscana, Sr Mauro Perini. “Sendo assim, além da parceria que deu certo, temos mais um ponto a nosso favor para avançarmos no trabalho conjunto na ilha de Cotijuba”, ressaltou Luca.
Mairagui, por sua vês, garantiu que a parceria com o município de Belém vai continuar e que todos os projetos voltados para inclusão social e de comprometimento ambiental que chegaram em suas mãos serão analisados com muita atenção e certamente aprovados “pois é importante essa união intercontineital logindo duas regiões, a de Toscana, na Itália e a Amazônica, no Brasil”
Dízendo no pé – Enquanto todos faziam a digestão do almoço, o Conjunto Parafolclórico “Tucuxi”, do Outeiro, apresentou várias danças paraenses, inclusive o carimbo. Marco Mairagui e Alessandro Sarti não resistiram e partiram para a roda de dança. Com o apoio de duas graciosas bailarinas deram um show de apresentação, não errando um passo sequer, sendo muito aplaudidos.
Eles repetiram a dose no navio na volta para Icoaraci, quando o “Tucuxi” resolveu animar a viagem tocando e cantando músicas regionais, samba e pagodes.
Conclusão: todo mundo dançou inclusive Raul Meireles e Elinaldo Ferreira, administrador regional do Outeiro. Como prêmio por sua performance Marco Mairagui ganhou um remo, objeto que integra as apresentações do grupo. O prefeito de Pontassieve desceu no trapiche de Icoaraci feliz da vida.

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Christina Haynes/
Aldemyr Feio

5/21/2008


ANTÔNIO ALFREDO DE OLIVEIRA RAMOS

PARTICIPAÇÃO – MISSA DE 7º DIA - CONVITE

O redator, colunistas, colaboradores e amigos do Jornal do Feio e companheiros diletos de Antônio Alfredo de Oliveira Ramos, um dos criadores deste jornal eletrônico, comunicam o seu falecimento e, pesarosos, convidam todos os amigos do ilustre extinto, para a Missa de 7º dia pelo eterno descanso de sua boníssima alma, a ser celebrada nesta sexta-feira, 22 de maio, no Santuário de Fátima, localizada à Av. Duque de Caxias, esquina com a Travessa Antônio Baena, em Belém, ás 18:h30m, pelo eterno descanso de sua boníssima alma.
Agradecem desde já pelas orações pela presença de todos que participarem deste ato de Fé e Piedade Cristã

ANTÔNIO ALFREDO DE OLIVEIRA RAMOS

MISSA - CONVITE

A família de Antônio Alfredo de Oliveira Ramos, ainda compungida pela dor em virtude da perda irreparável deste entre querido,convida todos os amigos deste blog a participarem da Missa de 7º dia a ser realizada nesta sexta-feira, 22 de maio, no Santuário de Fátima, sito à Av. Duque de Caxias, esquina com a Travessa Antônio Baena, em Belém, ás 18:h30m, em sufrágio de sua boníssima alma.
Desde já agradecemos a presença de todos

5/20/2008

Mas que um site, a historia de um grande homem


Certo dia de abril de dois mil e três, em uma de minhas pesquisas Google, por um acaso visualizei um link que me direcionou para a URL http://www.fielbicolor.com.br/, logo de cara vi que se tratava de um site de uma torcida "organizada" do Paysandu, mas após algum tempo constatei que o site era editado em São Paulo, fiquei tão curioso com a existência de uma torcida do Paysandu em São Paulo que logo passei um e-mail para o contato do site, e mais que rapidamente recebi um retorno de agradecimento pelo contato e após algumas trocas de e-mail fui convidado a fazer parte da família bicolor.
Meu amor pelo Paysandu era insignificante comparado ao amor do Doutor (Alfredo), nunca tinha visto um cara tão apaixonado por um clube a ponto de dedicar seu tempo para divulgar o nome de seu clube do coração pelos quatro cantos do planeta.
Logo após conhecê-lo ele perdeu a parceria de seu Web Master Sidney Nóbrega e diante da primeira crise de seu suntuoso portal, e sem Web Master, pensou desistir da idéia, diante dos fatos não devia deixar que o sonho daquele apaixonado torcedor terminasse ali, disse a ele a seguinte frase: "Não conheço web, mas posso ajudá-lo", já trabalhava como Analista de Sistemas porém num segmento diferente. Logo fui atrás de apostilas e tutoriais para obter conhecimento necessário para tocar o projeto junto ao Alfredão.
Logo ele elaborou o primeiro protótipo (esse era feio! Mas quem era eu para dizer que aquilo era feio), desenvolvi a primeira versão e tão logo terminado atravessei a cidade de São Paulo, pois morava na zona Norte (Tremembé) e ele na Zona Sul, foram intermináveis três a quatro horas de viajem entre ônibus e metrô, ali vi que Abaetetuba (minha cidade natal) não era tão distante de Belém (não gostava de ir a Belém, achava a viajem demorada). Após o primeiro protótipo veio o segundo, terceiro, quarto, quinto...
Assim nasceu a historia de uma grande parceria onde ele era o gênio literário (escrevia como ninguém) e eu o gênio da Web, ele me pedia uma coisa e ali estava eu pronto para realizar seu desejo e assim vivemos até sua internação e nem mesmo internado ele deixava de pedir as coisas, e a ultima delas foi que eu buscasse parceiro para tocar seu projeto, logo cair na real que talvez nossa parceria estivesse chegando ao fim, me deu um aperto no peito e vi que meu grande amigo sempre forte diante de qualquer situação, principalmente aquela que ele estava enfrentando já não dava como certo o seu retorno a Fiel Bicolor, e os dias foram se sucedendo com muitas orações e vibrações positivas para meu grande amigo.
A última vez que escutei a voz de meu grande amigo foi dias após a cirurgia, ele dizia palavras desconexas e não entendia quase nada, e diante de sua saúde frágil resolvi encerrar a ligação, mas com profunda tristeza, ele queria me falar alguma coisa, e não pude entendê-lo.
Hoje diante de sua ausência humana tenho respostas para muitas coisas que aquele otimista Alfredo me questionara, hoje sei que o amor que ele tinha pelo Paysandu era o principal combustível para ele tocar seu projeto e mesmo diante de derrotas como a fatídica eliminação para o Boca e sua queda vertiginosa para a segunda e terceira divisão do campeonato nacional, ele balançou como todo ser humano, mas levantou a cabeça e seguiu em frente.
Irreverente em suas crônicas até mesmo aquelas que narravam sua trajetória publicada no Blog de seu cunhado. O estilo Alfredo Ramos deixara saudade, mas o que sentirei mais falta é ver aquela brilhante mente inventando e reinventando um novo Paysandu a cada dia.

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João Santos
Web Master Fiel Bicolor Brasil

Cooperação técnica avança entre Belém e Pontassieve

Foto Antônio Silva
Fortalecer e avançar a cooperação técnica, econômica, social e cultural entre Belém e Pontassieve foi o motivo da reunião entre os gestores políticos Duciomar Costa e Marco Mairagui. O gabinete do Palácio Antônio Lemos foi o cenário escolhido para receber a comitiva italiana, que integrou também o secretário de Cultura e Relações Internacionais, Alessandro Sarti.
Entre os representantes que compuseram a comitiva do município de Belém, estiveram presentes a diretora-presidente da Companhia de Desenvolvimento do Município de Belém (Codem), Rosa Cunha, o secretários municipal de Esporte, Juventude e Lazer, Carlos Cunha, o coordenador geral do Fundo Ver-o-Sol, Elder Mello, o diretor-presidente da Fumbel, Raimundo Pinheiro e o presidente do Saaeb, Raul Meireles.
Cada um deles apresentou um projeto de relevância com a finalidade de ser contemplado com a parceria e em busca de novos investimentos junto aos visitantes da cidade de Pontassieve, localizada na região de Toscana, no centro-norte da Itália. Marco Mairaghi, após ressaltar sua satisfação em estar na cidade, falou sobre o quanto considera importante o fortalecimento das relações institucionais em torno de projetos públicos e ações sustentáveis que contribuam com o combate as desigualdades sociais, com o avanço nas relações culturais entre ambas as cidades e com a troca de experiência entre profissionais qualificados, principalmente, entre especialistas em recuperação de patrimônios históricos. Um dos objetivos de Mairagui é trazer para Belém uma escola especializada em restauração através do estabelecimento de uma filial do Instituto Ítalo Brasileiro (IBRA). “Temos como garantir uma cooperação técnica forte voltada para preservação, revitalização e recuperação do patrimônio histórico local, e a geração de mão-de-obra qualificada”, ressaltou o prefeito de Pontassieve.Em referência a vinda do Instituto Ítalo Brasileiro para Belém, o prefeito Duciomar ressaltou que será de grande valia, uma vez que, será possível trocar experiências e garantir aprendizado junto a pessoas que trazem experiências históricas seculares. “Precisamos aprender muito em como cuidar do nosso patrimônio histórico”, disse o prefeito.

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Heloisa Huhn

COLUNA DO HP


Estão descartando crianças como se descarta fraldas

Acompanhe comigo os últimos acontecimentos divulgados na imprensa, envolvendo crimes contra crianças. Inúmeras Izabelas surgem diariamente em várias partes do Brasil. O que está havendo? Porque atitudes extremas e drásticas estão sendo tomadas, por pais, mães, padrastos e madrastas ?”
Uma menina recém-nascida foi encontrada em uma lixeira, em um conjunto habitacional da Penha (zona norte do Rio. Ela chegou a ser levada por PMs ao Hospital Getúlio Vargas, porém, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, chegou morta. Conforme a PM, a menina foi encontrada com um saco de plástico em volta do pescoço e outro na cabeça. O caso deverá ser investigado.
Mulher ainda não identificada abandonou um recém-nascido de ao menos dez dias de vida na portaria de um prédio na Asa Sul de Brasília . As câmeras do circuito interno do edifício flagraram a ação. A Polícia Militar foi informada cerca de 40 minutos após o abandono por moradores do edifício e encaminhou o bebê para o HMIB (Hospital Materno Infantil de Brasília), onde a criança deve ficar durante 48 horas em observação.
Um bebê de um ano foi abandonado em um mato na rua Rio Verde, 23, no bairro Lagoa, em Ribeirão das Neves (Região metropolitana de Belo Horizonte-MG). O menino foi encontrado por volta das 12h deste sábado por uma pessoa que acionou a PM (Polícia Militar).
De acordo com a PM, perto da criança foi encontrada uma mochila com uma certidão de nascimento. O documento contém dados de uma criança nascida no dia 2 de fevereiro de 2006, mas ainda não foi confirmado se o bebê da certidão é o mesmo que foi abandonado. Os PMs procuram a mãe cujo nome consta da certidão para prestar esclarecimentos. A criança foi encaminhada ao Conselho Tutelar de Ribeirão das Neves e passa bem. Segundo a polícia, o menino tem a aparência saudável e está bem vestido.
Um bebê foi abandonado em uma caixa de papelão na rua Costa Aguiar, altura do 1.248, no bairro do Ipiranga, na zona sul de São Paulo. Policiais militares encontraram a caixa por volta das 22h30. A polícia não informou a idade do bebê, que foi levado para o pronto-socorro do Ipiranga. A mãe não foi localizada. Ela pode ser indiciada por abandono de incapaz e perder a guarda da criança. O caso foi registrado no 17º DP (Ipiranga).
Uma recém-nascida foi encontrada no terminal de ônibus de Florianópolis (SC). Segundo informações da Polícia Militar, uma mulher ligou para o terminal e informou que havia um bebê no banheiro feminino. A criança foi encontrada pelos policiais militares enrolada em um cesto. Nele, um bilhete com um pedido para que a criança fosse adotada. A recém-nascida, de aproximadamente três dias de vida, foi levada para a Maternidade Carmela Dutra e seu estado de saúde é bom. Depois, ela deverá ser encaminhada para o Conselho Tutelar.
Em São Paulo, um morador da cidade de São Miguel Arcanjo (interior) encontrou um menino recém-nascido na porta de sua casa na manhã de domingo (3).
De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública, o morador ouviu o choro do bebê e encontrou a criança embrulhada em uma roupa. O bebê foi levado para o pronto-socorro do município e passa bem, segundo a secretaria. A Polícia Civil abriu um inquérito para identificar os pais do recém-nascido”.
Estão descartando crianças como se descarta fraldas de bebês. Será que o amor acabou ? Não existe mais sentido de família ? A procriação está chegando ao fim? A que e a quem devemos recorrer para colocar um basta neste estado de coisas?
As perguntas são muitas e poucas são as respostas. Vamos orar muito para pedir que o amor eterno de Deus penetre o coração das pessoas que estão desencorajadas de viver e tenham motivação para fazer valer o sentido bíblico “crescei e multiplicai”, mas conservai seu crescimento

Haja
Paz, sempre

5/18/2008

Adeus Alfredão


Conheci o meu cunhado em 1964. Quando namorou com a minha irmã Célia em Belém, onde passávamos nossas férias escolares.
Como morávamos em Sampa, retornamos para nossa casa.
Filho de dentista e diretora de escola, veio morar em São Paulo, atrás do seu grande amor. Constituiu família e fixou residência por aquí a mais de 40 anos.
Morador do Planalto Paulista, bairro classe A, optou por morar na periferia, onde conseguiu diversas melhorias para o seu bairro.
Começou a torcer pelo Santos F.C, mas sua grande paixão foi mesmo o Paissandú.
Resumindo, homem de carácter, bom pai de familia, cumpriu a sua missão aquí na terra.
Homem de coragem, eu acompanhei de perto, a sua luta contra a morte.
Sabendo, o quanto era delicada a cirurgia do aneurisma na aorta, encarou com otimismo e bravura, sobrevivendo a ela, mas infelizmente houve uma infecção hospitalar, e seus pulmões não resistiram.

Valeu Alfredão!

Fica com Deus.
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Ricardo Uchoa

5/17/2008


Caro amigo:

Como contribuição à crônica publicada no seu blog sobre o Tio Alfredo, quero agradecer em nome da nossa família e lhe oferecer um resumo da sua preciosa vida:

Antonio Alfredo de Oliveira Ramos, natural de Belém do Pará, nasceu no Hospital D. Luis I, filho do cirurgião dentista Antonio Ramos Júnior. e da professora Haydeé Marques de Oliveira Ramos. Foi casado, em São Paulo, com Célia (favor colocar o sobrenome), tendo deixado os seguintes filhos: Cláudio, Silvio e Alfredo Joaquim, nomes que foram dados em homenagem aos seus irmãos residentes em Belém, Joaquim, Cláudio e Silvio. Faleceu no dia 16 de maio de 2008, às 19h30min no Hospital Dante Pazzanese, em São Paulo, devido á complicações pós-operatórios de um aneurisma na aorta. Seu enterro se dará – ou se deu - no dia 16 de maio, ás 16h30min, no Cemitério de Campo Grande, em Santo Amaro.

Sua vida

Em 1953, veio de Castanhal para estudar em Belém, no Colégio Moderno, morando no Pensionato da professora Nídia Pontes, na Avenida São Jerônimo, atual Jose Malcher. Alfredo construiu, em sua vivencia em Belém, uma identidade ideológica envolvida com movimentos estudantis secundaristas. Envolvimentos que o levaram a se desentender por diversas vezes com as varias administrações dos colégios por onde passou, como o Colégio Moderno, onde não foi mais aceito, indo estudar no Colégio do Carmo, criando e organizando neste, o Jornal estudantil “O Bem-te-vi _ o jornal tão caro quanto a verdade”, fazendo criticas à administração do colégio, chamando para si a antipatia dos padres que administravam aquela instituição educacional, visto que suas criticas eram feitas com bastante humor e sátira, o que tão bem caracterizavam sua personalidade. Passando desta forma, mais uma vez, a não ser aceito como discente,sendo transferido para o Colégio Abraão Levi, em 1958.
Aos 23 anos, parte para São Paulo, em busca de novos horizontes, novas oportunidades na cidade de maior progresso do Brasil. No decorrer de sua vida, participa da criação da Associação Jardim Guanhembu, conseguindo asfalto, linhas de ônibus e escolas para o bairro. Em reconhecimento às suas atividade sociais e políticas, foi dado o nome de seu pai à uma avenida naquele bairro, a Avenida Dr Antonio Ramos Júnior.
Em Belém, foi líder estudantil do movimento secundarista e militante do PCB, tendo trabalhado como repórter do jornal A Província do Pará, e a Tribuna da Imprensa, daí vem sua veia jornalística que aparece nas suas crônicas carregadas de humor, no site de sua criação http://www.fielbicolor.net/. Torcedor ferrenho do Paysandu divulgou o máximo que pôde a trajetória de seu time querido, com reportagens e crônicas, divulgando também a cultura paraense em São Paulo, sintetizada na Festa de Nazaré, onde acompanhava através de reportagens.

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Adriana Marinho

Tchau, Alfredo Ramos



Lamento comunicar a todos os amigos deste jornal eletrônico, o falecimento nesta madrugada no Hospital Dante Pazzanese, no bairro do Paraíso, em São Paulo, do meu cunhado ANTONIO ALFREDO DE OLIVEIRA RAMOS, vítima de parada cardíaca.
O velório está sendo feito no Cemitério de Campo Grande, na Av. Nossa Senhora do Sabará, Campo Grande-Santo Amaro. O enterro será hoje as 16h:30h.
Meu amigo Aldredaço
Alfredo Ramos, ia fazer 67 anos no dia 10 de agosto. Era casado há quase 42 anos com a minha irmã Célia. Desta união nasceram três rebentos, Cláudio, Sílvio e Alfredo (Alfredinho). De origem gragantina, mesmo tendo nascido em Belém Alfredo – que o chamava de Alfredaço – era o mas velho dos três irmãos, Joaquim Fileto, Silvio Clóvis e Claudio Haidemar, além de Nelly Concneião, irmã de criação.
Muito jovem “gamou” numa loirinha de 19 anos, de belos olhos verdes.
A família não olhava com simpatia essa relação.
A minha mãe foi morar em São Paulo e levou os outros irmãos, inclusive a Célia,
Alfredaço não se conformou.
Parece coisa de cinema ou de folhetim, Na primeira oportunidade se mandou para a Paulicéia atrás da amada.
Com o tempo conseguiu descobrir o endereço da Célia; e quase todos às noites ia “paquerar” a casa na esperança de ver a moça. Ela morava num sobrado na Alameda dos Guaianumbis, 1080 – Indianópolis, próximo das antigas instalações da Tv Record – Canal 7 e do Aeroporto de Congonhas.
Tanto fez que acabou ganhando a Célia, com as bênçãos da família.
O casamento veio logo depois. Ele com 23 e a mana com 20 anos
Nesses oito lustros o nosso Alfredaço fez de tudo em São Paulo; ou seja, trabalhou em quase todas atividades com vistas a oferecer o melhor para a família,
E fez.
Tanto isso é verdade que, mesmo não sendo vereador de São Paulo e nem politico, conseguiu várias melhorias para o seu bairro - Jardim Guainhembu -, às proximidades da Autódromo de Interlagos.
Sua atuação na defesa dos interesses da população foi tanta, que conseguiu colocar o nome do pai Antônio Ramos Jr, numa das ruas do bairro.
Por seu trabalho e dedicação, ganhou há dois anos o título honorífico de Cidadão Paulistano, concedido pela Câmara de Vereadores da Cidade de São Paulo.
Apaixonado desde menino pelas cores do Payssandu Sporte Clube, organizou uma torcida bicolor em Sampa. Dessa torcida surgiu o site Fiel Bicolor há quatro anos no ar
Padrinho do Jornal do Feio

Alfredo Ramos foi quem mais me incentivou a criar um blog. Pela internet me deu todas as dicas necessárias para fazê-lo. Até mesmo o provador, o Google, foi sugestão dele.
Fí-lo meu correspondente em São Paulo.
E a coisa deu certo.
Estou juntamente com colaboradores, há quatro nos no ar; e devo muito ao nosso grande desaparecido,
Eu não perdi um cunhado. Perdi um amigo, um irmão carinhoso, preocupado e interessado no meu sucesso na internet.
Agora que foi pro céu vai ser mais fácil ver o Jornal do Feio.
Pois o que faço, que fazemos gira torna de satélite.
E ele que manjava muito de eletrônica – era técnico em telecomunicações – vai tira isso de letra: vai poder ler antes de todo mundo o conteúdo do/nosso blog.

Tchau Alfredaço
Um dia se encontra na eternidade.
Ai haverá uma festa igual aquela que você me proporcionou no final do ano.
A festa que nunca tive na minha vida.
Descanse em Paz, maninho e que a terra lhe seja leve.

Aldemyr Feio

José Wilson Malheiros



... E DEPOIS DE MARINA?


Sou um tanto cético. No início da década de setenta trabalhei na região de Tomé Açu e adjacências. Triste e até certo ponto aflito, via todo dia dezenas de caminhões passarem carregados de madeira e mais madeira.
O início da década de noventa veio me encontrar trabalhando na região de Altamira e Transamazônica.
Mais comboios de caminhões carregados de toras de madeiras passavam pelas ruas da cidade rumando não sei para onde.
Só sei que levavam preciosos pedaços da floresta e nos arrancavam valiosos pedaços de vida.
Agora nosso Presidente diz que com a saída da Ministra Marina a política ambiental brasileira não vai mudar, querendo rechaçar possíveis intervenções e velhas cobiças internacionais por este pedaço de Brasil importante e lindo.
Com todo respeito que o Presidente merece, se não vai mudar, então vamos continuar assistindo a dilapidação de nosso patrimônio florestal, pois com boa vontade não se resolvem os problemas públicos e os órgãos encarregados de fiscalizar, de proibir o saque à floresta vão continuar recebendo poucas verbas, vão continuar com contingente humano insuficiente para tentar, com algum sucesso, coibir a ganância dos poderosos e mais interessados no dinheiro do que na vida, propriamente dita.O desmatamento na Amazônia só será detido quando se instituir o pagamento pela manutenção da floresta em pé, falou de certa feita o ilustre o ministro da Agricultura em depoimento no Senado, após o afastamento de Marina Silva que tende, agora, a virar boi de piranha.
As palavras do ministro nos deixam preocupados. Enquanto não houver compensação financeira, a motossera continuará a cantar sua canção assassina na floresta. Continuará, segundo o tal Ministro - não é amazônida, evidentemente - que se mostrou desinteressado no assunto por não ser de suas atribuições, segundo falou.
A conclusão não pode ser diferente. Quem viola as florestas, amparadas por lei, não pode pretender, ainda, receber uma compensação financeira, já que é um criminoso, devedor e, não credor da floresta e da sociedade.
Pensar diferente é inverter totalmente a ordem dos valores em que a sociedade acredita. Pagar-se o infrator da lei por ele ter cometido um ilícito. Se são essas as soluções miraculosas para nossa floresta, patrimônio vital? Quando se fala em Amazônia não se pode ficar cômoda e ignorantemente restrito às árvores, esquecendo a multidão de animais – nossos irmãos menores – que têm todo o direito de ali viver, fazendo parte de uma cadeia quem tem no ser humano um elo dependente.Nunca é demais repetir que as soluções engendradas nos vistosos gabinetes de ar condicionado nunca foram as melhores.
Já estava e está na hora de se colocar em lugar da ex-Ministra, um outro amazônida, que conhece nosso chão, para que possa fazer com que a cobiça e a recriminação internacional deixe de acontecer, como é sonho de todo brasileiro que se preza.

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jwmalheiros@hotmail.com

5/16/2008

MISTÉRIO
Miss do Amapá terá sido assassinada no Hotel Grand Bittar?
Brasília – O juiz titular da Décima-Primeira Vara do Tribunal do Júri de Brasília, João Egmont Leôncio Lopes, marcou para as 16h30 do dia 21 de maio o interrogatório do empresário Carlos Humberto Pereira Montenegro, acusado de assassinar a estudante de jornalismo Patrícia Melo de Oliveira, do Amapá, empurrando-a, segundo investigação policial, da sacada da suíte 1.134, no décimo-primeiro andar do Hotel Grand Bittar, em Brasília, no dia 7 de janeiro de 2004.
O titular da Terceira Promotoria do Júri Popular de Brasília, Andrelino Bento Santos Filho, ofereceu denúncia dia 16 de abril. Fiz-lhe uma pergunta óbvia, na tarde de terça-feira 13, apenas para ouvi-lo falar sobre a investigação do delegado Antônio Cavalheiro, da Primeira Delegacia de Polícia, que aponta para assassinato. Procurei o delegado inúmeras vezes, mas não logrei encontrá-lo. Perguntei ao promotor se o relatório da investigação do delegado o convenceu da tese de assassinato. “Suicídio não foi!” – respondeu-me Andrelino Santos Filho, atrás de uma mesa entulhada de processos. Mas explicou que “faltam, ainda, alguns laudos”, instruindo-me de que a investigação só termina no julgamento - teoricamente. Contudo, disse-me que “há indícios suficientes” – referindo-se à tese de assassinato.
Baseado na sua experiência, quanto tempo leva um caso desses da acusação ao julgamento? – perguntei-lhe. Ele pegou um dos processos empilhados sobre a mesa e disse que aquele levou um ano, e me informou que os casos em que o réu está preso, são prioritários. Informou-me ainda que, no caso Patrícia Melo, serão arroladas mais oito testemunhas. Em suma, esse caso pode demorar uma eternidade. Só são acelerados quando a mídia do Sudeste – São Paulo e Rio de Janeiro – entra na história e põe a Justiça na parede. Não é o caso da mídia de Macapá.
O delegado Antônio Cavalheiro passou dez meses investigando a morte de Patrícia Melo, encontrada morta, por volta das 6h30 do dia 7 de janeiro de 2004, no jardim do cinco estrelas Grand Bittar, diária de R$ 510, no Setor Hoteleiro Sul, coração de Brasília.
Patrícia Melo tinha 21 anos. Era um desses tipos que só se vê no Caribe (o Amapá situa-se na porta do Caribe). Com 1,73 de altura, 60 quilos de peso, morena de olhos verdes, fora eleita Musa Verão 2003 e iria concorrer ao Miss Amapá no concurso Beleza Brasil. Sonhava com o Miss Brasil 2005. Cursava o segundo ano de jornalismo na Faculdade Seama e queria se especializar em meio ambiente. Nasceu na cidade de Pracuuba, no Amapá, e morava no Bairro do Muca, em Macapá. Seu pai e uma irmã moram na Guiana Francesa.
De acordo com sua colega de faculdade, Sândala Nascimento, Patrícia sentia-se deprimida, pois seu namorado pusera fim ao relacionamento; deixara-a por outra mulher. Esse quadro psicológico se agravou com o anúncio do casamento do ex-namorado. Isso deixou Patrícia Melo agressiva, nervosa, quando, normalmente, além de linda, era doce.
O empresário Carlos Humberto Pereira Montenegro, proprietário da Serpol Segurança Privada, estava falido até a assunção do governador Waldez Góes (PDT), que, aqui, é apenas um ponto de referência no tempo. A partir daí começou a ganhar licitações e a dar sinais de prosperidade, adquirindo imóveis e automóveis. É conhecido, em Macapá, pelo seu alto padrão de vida e por relacionar-se com mulheres sensuais.
Sua ficha criminal é movimentada. É acusado de tentar matar sua ex-mulher, Sâmia Soares Castro, e o marido dela, Diano Portela, em outubro de 2002, quando jogou seu Fiat Maréa cinza, em alta velocidade, contra a motocicleta de Diano e Sâmia. Confessou à polícia sua intenção e que sentia ciúme da sua ex-mulher. Em setembro de 2003, o juiz Heraldo Costa, do Tribunal do Júri de Macapá, pediu a prisão preventiva de Carlos Montenegro, pelo crime.
Carlos Montenegro é também investigado pelo Ministério Público do Estado do Amapá por crime contra o patrimônio público. Responde a 24 processos na Justiça, a maioria deles de dívidas para o INSS e a Receita Federal. Na Justiça do estado, foi réu em seis processos, arquivados, inclusive oriundos de São Paulo e de Fortaleza, incluindo acusação de roubo e formação de quadrilha.
Mas Carlos Montenegro terá empurrado Patrícia Melo para a morte? No dia 6 de janeiro de 2004, o ex-patrão de Patrícia Melo foi à casa dela e a convenceu de vir a Brasília com ele. Segundo a mãe de Patrícia, Zilda Melo, o empresário vivia prometendo presentes caros para Patrícia, como casa e carro.
Por volta das 21 horas da noite do crime, Patrícia Melo ligou para sua irmã de um telefone celular em poder de Gregório Jácome, filmado por uma câmera ao subir ao apartamento para buscar o casal. Jácome era funcionário da Secretaria Extraordinária do Amapá em Brasília e o telefone celular era da secretaria. Patrícia estava chorosa no telefonema e pediu à sua irmã que guardasse suas fotos. Às 5 horas, Patrícia voltou a telefonar para sua casa e pediu à sua mãe que viesse buscá-la.
Carlos Montenegro contou à polícia que a trouxe de Macapá porque ela se sentia deprimida. Na noite da tragédia, acordou com gritos de Patrícia, dizendo que iria se jogar e mandando recados para sua família, na sacada do apartamento. Depois, teria voado para a morte, estatelando-se num pequeno jardim na frente da torre do hotel, próximo ao estacionamento de táxi no outro lado da rua, de onde ouviram gritos.
Patrícia Melo saberia de algum segredo explosivo de Carlos Montenegro? Ou se sentiria fortemente deprimida? O Ministério Público lançará novas luzes à investigação policial? Uma coisa, porém, é certa: Carlos Montenegro está seguro, em Macapá.