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1/18/2008

2008
Tudo muda para nada mudar

Brasília – Três acontecimentos recentes são proféticos quanto a 2008 para o Brasil e, em particular, para a Amazônia. O primeiro deles foi o encontro, terça-feira 15, de Lula com o morto-vivo ditador de Cuba, Fidel Castro, de 81 anos e doente. Lula disse, nas entrelinhas daquelas algaravias que ele coaxa na televisão, que Fidel Castro é um estadista e que espera sua volta ao cenário das decisões mundiais.
“Penso que Fidel está pronto para assumir o papel político que ele tem na história, no mundo globalizado, na humanidade” – disse Lula, que levou a Fidel alguns milhões de dólares, apesar dos graves problemas de pobreza no Brasil, entre os quais alta mortalidade infantil. O segundo acontecimento é a confirmação do senador Edison Lobão (PMDB-MA) para o Ministério de Minas e Energia, a mando do maranhense Zé Sarney. Lobão Filho, suspeito de embolsar fraudulentamente R$ 30 milhões, herdará do pai a cadeira no Senado, sem um voto sequer.
O terceiro acontecimento envolve a Sealopra, secretaria de assuntos de longo prazo, parida a fórceps com o nome de Assuntos Estratégicos, e seu secretário, o filosófo Roberto Mangabeira Unger, que esteve, quinta-feira 17, em Santarém, cidade no oeste do extenso estado do Pará, para discutir desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Unger, como de resto os cardeais de Lula, não sabe nada de Amazônia. Marina Silva sabe, mas Marina Silva fala para as paredes.
"O que tem de novo na vinda do ministro é que ele quer que a sociedade amazônica possa se reunir para colocar em prática o que já foi amplamente debatido, que é o Plano da Amazônia Sustentável" – disse a prefeita de Santarém, Maria do Carmo Lima, do PT. Aí é que está o nó da questão. Quem vive de promessa é santo.
Unger sugeriu transportar-se água da bacia amazônica para o semi-árido nordestino. “Vivemos às margens dos maiores rios do mundo e não temos água encanada dentro de casa" – rebateu Maria do Carmo.
“A Amazônia ser incluída e ser prioritária dentro do contexto nacional, dentro do planejamento das políticas públicas, me parece ser um avanço" - disse o economista José Egypto, representante da Federação das Indústrias do Pará e da Federação da Câmara dos Dirigentes Lojistas do Estado.
José Egypto, o americanizado Unger está apenas passeando e vendo o exotismo da indiarada. A Amazônia não será prioritária no contexto nacional, muito menos o Pará terá alguma prioridade, podes crer. A esperança dos paraenses é a governadora petista Ana Júlia Carepa; que ela não empurre o estado ladeira abaixo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Joga esse Unger na privada e puxa a descarga ou joga no canal da Tamandaré. Ora, ora.