A expressão “Vila Sorriso” surgiu no ano de 1969. Foi criada por mim, Aldemyr Feio.
O médico e ex-deputado federal Stélio de Mendonça Maroja foi indicado para a Prefeitura de Belém, em 1967. Tão logo tomou posse do cargo, sua primeira atitude foi manter contato com as lideranças dos bairros e distritos para conhecer de perto os problemas dessas comunidades.
Stélio veio a Icoaraci para um encontro nos primeiros dias de novembro de 1967 “com as pessoas de prestígio” e representantes do comércio e indústria de Icoaraci. O encontro ocorreu numa noite de sexta-feira na residencia oficial do agente distrital, na Rua Dr. Manoel Barata, onde hoje funciona uma unidade da Funpapa.
Foi um jantar co-patrocinado pela Agência Distrital e empresários. Stélio muito prático ouviu um por um dos convidados, dentre os quais, Evandro Cunha, Orlando Cunha, Alfredo Coimbra, Rodolfo Tourinho (falecido), Bento Castro (falecido), Ivo Araújo (falecido), que à época era gerente da Óleos do Pará S.A (Olpasa) que fabricava os óleos Dora (de leite de coco babaçu) e Doramim (à base de óleo de amendoim), Holdernan Rodrigues, Salustiano Vilhena Filho, o “Chefe Salu” (falecido), Hélio Amanajás (falecido)e Aldemyr Feio, que assinava uma página dominical na Folha do Norte, - “O Liberal” da época, o jornal de maior circulação em todo o Estado, norte/nordeste, com uma tiragem comprovada de 30 mil exemplares/dia e 60/70 aos domingos.
O prefeito solicitou à equipe que apresentasse sugestões e um programa de trabalho para Icoaraci, cuja juridisdição, ia da corrente da Base Aérea - que não mais existe - até quase ao Bengui, Tapanã e São Clemente, áreas conhecidas, além de Cotijuba, ilhas próximas e Outeiro, que tinha um coordenador indicado pelo agente distrital e nomeado pelo prefeito.
Stélio disse que precisava do apoio de todos para que fizesse uma boa administração, e já estava pensando num nome para a administração icoaraciense, antes dirigida pelo tenente Fernando Fraga, da reserva do Exército.
Em dezembro de 1967, duas semanas após o jantar, Stélio Maroja mandou um recado pelo advogado e jornalista Bernardino Santos que era “oficial de gabinete” propondo um novo encontro com todo mundo que compareceu ao jantar.
A reunião ocorreu na sede do Pinheirense Sport Clube. Na ocasião Stélio anunciou o novo “subprefeito” de Icoaraci: o engenheiro rodoviário Evandro Simões Bonna, ex-diretor do Departamento Municipal de Estradas de Rodagens, que funcionava no prédio onde hoje se encontra a Sesan, que o substituiu.
Empossado em meio a uma grande festa, reuniu com todas as lideranças para uma “conversa informal” e traçar um planejamento de trabalho, na residência oficial. Nessas alturas a Agência Distrital estava instalada em suas salas nos altos do mercado municipal.
Para encurtar a estória, desse planejamento surgiram vários frutos. Em abril foi inaugurado o serviço de travessia em balsas para o Outeiro (que antes era feito por barquinhos) com a construção de uma rampa na Rua 2 de dezembro; escola primária no bairro de Itaiteua/Outeiro (Monsenhor Azevedo), uma igrejinha bem em frente. Bonna também negociou com o Pinheirense a aquisição pela Municipalidade de uma área na Rua Manoel Barata e deu início à construção do prédio da Agência Distrital, que foi concluída na administração do major/aviador Rolando Chalu Pacheco, sendo prefeito Nélio Dacier Lobato.
Em maio surgiram rumores de que no ano seguinte – 1969 -, no dia 8 de outubro, Icoaraci completaria 100 anos de existência. Evandro Bonna mandou apurar a estória. Confirmada. Instituiu a Comissão Coordenadora do Iº Centenário de Icoaraci, que foi tornada oficial por ato do prefeito Stélio Maroja. Os seus componentes eram as mesmas pessoas que acompanharam Stélio desde o início: Evandro Cunha, Orlando Cunha, Alfredo Coimbra, Rodolfo Tourinho, Bento Castro, Ivo Araújo, Holdernan Rodrigues, Helio Amanajas, Salustiano Vilhena Filho, “Chefe Salu”, Aldemyr Feio, sob a presidência de Evandro Bonna.
A comissão começou a funcionar a partir de 17 de outubro de 1968 e se reunia todas as quartas-feiras, à noite, na residência oficial.
Stélio veio a Icoaraci para um encontro nos primeiros dias de novembro de 1967 “com as pessoas de prestígio” e representantes do comércio e indústria de Icoaraci. O encontro ocorreu numa noite de sexta-feira na residencia oficial do agente distrital, na Rua Dr. Manoel Barata, onde hoje funciona uma unidade da Funpapa.
Foi um jantar co-patrocinado pela Agência Distrital e empresários. Stélio muito prático ouviu um por um dos convidados, dentre os quais, Evandro Cunha, Orlando Cunha, Alfredo Coimbra, Rodolfo Tourinho (falecido), Bento Castro (falecido), Ivo Araújo (falecido), que à época era gerente da Óleos do Pará S.A (Olpasa) que fabricava os óleos Dora (de leite de coco babaçu) e Doramim (à base de óleo de amendoim), Holdernan Rodrigues, Salustiano Vilhena Filho, o “Chefe Salu” (falecido), Hélio Amanajás (falecido)e Aldemyr Feio, que assinava uma página dominical na Folha do Norte, - “O Liberal” da época, o jornal de maior circulação em todo o Estado, norte/nordeste, com uma tiragem comprovada de 30 mil exemplares/dia e 60/70 aos domingos.
O prefeito solicitou à equipe que apresentasse sugestões e um programa de trabalho para Icoaraci, cuja juridisdição, ia da corrente da Base Aérea - que não mais existe - até quase ao Bengui, Tapanã e São Clemente, áreas conhecidas, além de Cotijuba, ilhas próximas e Outeiro, que tinha um coordenador indicado pelo agente distrital e nomeado pelo prefeito.
Stélio disse que precisava do apoio de todos para que fizesse uma boa administração, e já estava pensando num nome para a administração icoaraciense, antes dirigida pelo tenente Fernando Fraga, da reserva do Exército.
Em dezembro de 1967, duas semanas após o jantar, Stélio Maroja mandou um recado pelo advogado e jornalista Bernardino Santos que era “oficial de gabinete” propondo um novo encontro com todo mundo que compareceu ao jantar.
A reunião ocorreu na sede do Pinheirense Sport Clube. Na ocasião Stélio anunciou o novo “subprefeito” de Icoaraci: o engenheiro rodoviário Evandro Simões Bonna, ex-diretor do Departamento Municipal de Estradas de Rodagens, que funcionava no prédio onde hoje se encontra a Sesan, que o substituiu.
Empossado em meio a uma grande festa, reuniu com todas as lideranças para uma “conversa informal” e traçar um planejamento de trabalho, na residência oficial. Nessas alturas a Agência Distrital estava instalada em suas salas nos altos do mercado municipal.
Para encurtar a estória, desse planejamento surgiram vários frutos. Em abril foi inaugurado o serviço de travessia em balsas para o Outeiro (que antes era feito por barquinhos) com a construção de uma rampa na Rua 2 de dezembro; escola primária no bairro de Itaiteua/Outeiro (Monsenhor Azevedo), uma igrejinha bem em frente. Bonna também negociou com o Pinheirense a aquisição pela Municipalidade de uma área na Rua Manoel Barata e deu início à construção do prédio da Agência Distrital, que foi concluída na administração do major/aviador Rolando Chalu Pacheco, sendo prefeito Nélio Dacier Lobato.
Em maio surgiram rumores de que no ano seguinte – 1969 -, no dia 8 de outubro, Icoaraci completaria 100 anos de existência. Evandro Bonna mandou apurar a estória. Confirmada. Instituiu a Comissão Coordenadora do Iº Centenário de Icoaraci, que foi tornada oficial por ato do prefeito Stélio Maroja. Os seus componentes eram as mesmas pessoas que acompanharam Stélio desde o início: Evandro Cunha, Orlando Cunha, Alfredo Coimbra, Rodolfo Tourinho, Bento Castro, Ivo Araújo, Holdernan Rodrigues, Helio Amanajas, Salustiano Vilhena Filho, “Chefe Salu”, Aldemyr Feio, sob a presidência de Evandro Bonna.
A comissão começou a funcionar a partir de 17 de outubro de 1968 e se reunia todas as quartas-feiras, à noite, na residência oficial.
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Detalhe – A residência oficial do “subprefeito” de Icoaraci funcionava no prédio onde hoje a Funpapa mantém um abrigo para jovens delinqüentes, retirada das ruas, em vias de recuperação, na Rua Manoel Barata, em frente à Vara Distrital de Icoaraci
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A partir daquele momento foi estabelecido um cronograma de eventos e inaugurações alusivos ao Iº Centenário, que deveriam acontecer em todo o decorrer de 1969.
No início de dezembro, a comissão foi procurada pelo empresário Francisco Pires Cavalcante – ele era proprietário da Empresa de Águas Nossa Senhora Nazaré, em Maracauera, atual Indaiá – e compositor. Além disso, oficial de marinha reformado, músico (tocava requinta, uma espécie de flauta, nas bandas de música das unidades onde serviu), natural de São José das Piranhas, sertão da Paraíba - mas apaixonado pela Cidade das Mangueiras havia muitos anos -, e que embora morasse em Belém, possuía uma bela residência na Travessa Souza Franco, próximo da Rua Siqueira Mendes, 1ª rua de Icoaraci. Pires apresentou a todos uma partitura com a letra de um hino que havia criado para o Iº Centenário de Icoaraci, de que tinha ouvido falar. Ele cantou dedilhando um violão. Os membros da comissão acharam interessantes e pediram-no que retornasse em janeiro com o hino gravado com letra e música, para uma mlhor avaliação.
Ele assim o fez. Trouxe o hino gravado em fita cassete. Todos aprovaram.
Pires Cavalcante disse que não queria nada em troca. Apenas que a sua criação se tornasse o Hino Oficial do Iº Centenário, além de uma ajuda da Prefeitura para a produção do disco. As demais despesas, editoria, intérprete, pagamentos de direitos de execução, conexos etc, ficariam por sua conta.
A partir daquele momento foi estabelecido um cronograma de eventos e inaugurações alusivos ao Iº Centenário, que deveriam acontecer em todo o decorrer de 1969.
No início de dezembro, a comissão foi procurada pelo empresário Francisco Pires Cavalcante – ele era proprietário da Empresa de Águas Nossa Senhora Nazaré, em Maracauera, atual Indaiá – e compositor. Além disso, oficial de marinha reformado, músico (tocava requinta, uma espécie de flauta, nas bandas de música das unidades onde serviu), natural de São José das Piranhas, sertão da Paraíba - mas apaixonado pela Cidade das Mangueiras havia muitos anos -, e que embora morasse em Belém, possuía uma bela residência na Travessa Souza Franco, próximo da Rua Siqueira Mendes, 1ª rua de Icoaraci. Pires apresentou a todos uma partitura com a letra de um hino que havia criado para o Iº Centenário de Icoaraci, de que tinha ouvido falar. Ele cantou dedilhando um violão. Os membros da comissão acharam interessantes e pediram-no que retornasse em janeiro com o hino gravado com letra e música, para uma mlhor avaliação.
Ele assim o fez. Trouxe o hino gravado em fita cassete. Todos aprovaram.
Pires Cavalcante disse que não queria nada em troca. Apenas que a sua criação se tornasse o Hino Oficial do Iº Centenário, além de uma ajuda da Prefeitura para a produção do disco. As demais despesas, editoria, intérprete, pagamentos de direitos de execução, conexos etc, ficariam por sua conta.
Era o seu presente para Icoaraci.
A Prefeitura de Belém bancou parte da produção. O titular do blog juntamente com Ivo Araújo foi designado para acompanhar as diversas fases de produção.
As gravadoras do Rio e São Paulo, além de botarem dificuldades na gravação e prensagem do compacto simples (era o chique da época) cobraram muito caro. Pires Cavalcante descobriu uma gravadora de jingles em Belo Horizonte (a Bemol) que, mesmo com o equipamento inferior ao das grandes gravadoras, se ofereceu para produzir o disco.
Todas as atenções se voltaram para Belo Horizonte e, em 40 dias, exatamente no dia 15 de marco, saiu o compacto com duas musicas: De um lado, o Hino de Icoaraci; e do outro Vila Modesta – um “sambossa” que enaltece Icoaraci - do próprio Pires Cavalcante e de Clodomir Colino, radialista famoso na época, já falecido. Foram prensadas 2000 copias. Mil por conta da Prefeitura. As outras mil por conta do Pires. O cantor Luiz Olavo (falecido há cinco anos) foi o intérprete das músicas;
Pires Cavalcante, sempre modesto, não quis festa de lançamento; todavia, o seu pedido não foi atendido. O lançamento oficial ocorreu em meio a um coquetel na sede do Pinheirense, com a presença do Conjunto de Guilherme Coutinho (falecido).
O disquinho foi distribuído imediatamente às emissoras de rádio; contudo, a primeira audição deu-se no Programa José Travassos – falecido em julho - na então Rádio Jornal Liberal, que ia ao ar de nove ao meio dia, e era campeão do Ibope. Nas festas de junho e nas férias de julho de 1969 o disquinho fez o maior sucesso tocando em todas as festas, tanto em Icoaraci, como no Outeiro e Cotijuba.
De tanto rodar nas rádios o hino de Icoaraci ficou famoso. Rodou até n’A Voz da América, graças ao empenho de Roberto Rodrigues – jornalista, já falecido, e correspondente daquela emissora americana, durante o programa Tributo a Icoaraci, produzido pelo próprio RR e apresentado pelo locutor Pedro Américo. O programa foi ao ar pelas ondas curtas d´A Voz da América, (25 metros) no dia 04 de julho de 1969, às 22 horas.
Na pagina que eu escrevia aos domingos na Folha do Norte deixei de usar o termo “Vila Famosa”, como Icoaraci era conhecida, e mudei para Vila Sorriso. A explicação é simples. Na segunda estrofe do Hino do Iº Centenário, Pires Cavalcante diz: “...a vida passa, passa e ninguém se embaraça, a gente é feliz todo dia sem olhar no calendário. A nossa vila sem feitiço, sem mandinga, tem uma rainha que ginga festejando o Centenário”.
Fiz uma reportagem a respeito. Infelizmente não disponho mais, nem dos originais e nem do exemplar da Folha que a publicou. No início houve muita reclamação, mas depois o povo aceitou.
Nos programas de rádio os animadores (àquela época não estava em moda, ainda, a expressão comunicadores) se referiam a Icoaraci como Vila Sorriso, inclusive o próprio José Travassos e o Kzan Lourenço, falecido no início de 2003, criador da primeira rede sonora de Icoaraci, a Top Som Propaganda, atual Tropical Propaganda – da Radio Marajoara – e um dos maiores divulgadores das coisas icoaracienses.
Falta dizer que no encerramento dos festejos do Iº Centenário de Icoaraci – no dia 28 de dezembro de 1969 -, todos os membros da Comissão Coordenadora foram condecorados pelo prefeito Stélio Maroja com a Medalha dos 350 anos de Belém.
Tem muita coisa para falar sobre as alegrias que me deu o Vila Sorriso. A senhora Mízar Bonna, num dos seus livros se reporta sobre o assunto atribuindo-me a criação do Vila Sorriso, com detalhes Mais recentemente o jovem escrito José Raymundo de Oliveira Guimarães Junior (Junior Guimarães), morto tão precocemente há cinco anos, confirma o fato em seu livro Icoaraci – Monografia de um Mega Distrito.
Dois anos após as festas do Iº Centenário, me mudei para o Rio de Janeiro, onde estive por 15 anos. No retorno observei que o meu Vila Sorriso já era expressão popular. Virou símbolo de Icoaraci; nome de edifício, de conjunto habitacional, de bloco, de escola de samba, de escola primaria, de bar e até de motel!
Deveria tê-lo registrado.
Como não o fiz, está difícil reivindicar os direitos autorais. O meu consolo é que Vila Sorriso é o codinome da terra onde a gente é feliz todo o dia sem olhar no calendário.
A Prefeitura de Belém bancou parte da produção. O titular do blog juntamente com Ivo Araújo foi designado para acompanhar as diversas fases de produção.
As gravadoras do Rio e São Paulo, além de botarem dificuldades na gravação e prensagem do compacto simples (era o chique da época) cobraram muito caro. Pires Cavalcante descobriu uma gravadora de jingles em Belo Horizonte (a Bemol) que, mesmo com o equipamento inferior ao das grandes gravadoras, se ofereceu para produzir o disco.
Todas as atenções se voltaram para Belo Horizonte e, em 40 dias, exatamente no dia 15 de marco, saiu o compacto com duas musicas: De um lado, o Hino de Icoaraci; e do outro Vila Modesta – um “sambossa” que enaltece Icoaraci - do próprio Pires Cavalcante e de Clodomir Colino, radialista famoso na época, já falecido. Foram prensadas 2000 copias. Mil por conta da Prefeitura. As outras mil por conta do Pires. O cantor Luiz Olavo (falecido há cinco anos) foi o intérprete das músicas;
Pires Cavalcante, sempre modesto, não quis festa de lançamento; todavia, o seu pedido não foi atendido. O lançamento oficial ocorreu em meio a um coquetel na sede do Pinheirense, com a presença do Conjunto de Guilherme Coutinho (falecido).
O disquinho foi distribuído imediatamente às emissoras de rádio; contudo, a primeira audição deu-se no Programa José Travassos – falecido em julho - na então Rádio Jornal Liberal, que ia ao ar de nove ao meio dia, e era campeão do Ibope. Nas festas de junho e nas férias de julho de 1969 o disquinho fez o maior sucesso tocando em todas as festas, tanto em Icoaraci, como no Outeiro e Cotijuba.
De tanto rodar nas rádios o hino de Icoaraci ficou famoso. Rodou até n’A Voz da América, graças ao empenho de Roberto Rodrigues – jornalista, já falecido, e correspondente daquela emissora americana, durante o programa Tributo a Icoaraci, produzido pelo próprio RR e apresentado pelo locutor Pedro Américo. O programa foi ao ar pelas ondas curtas d´A Voz da América, (25 metros) no dia 04 de julho de 1969, às 22 horas.
Na pagina que eu escrevia aos domingos na Folha do Norte deixei de usar o termo “Vila Famosa”, como Icoaraci era conhecida, e mudei para Vila Sorriso. A explicação é simples. Na segunda estrofe do Hino do Iº Centenário, Pires Cavalcante diz: “...a vida passa, passa e ninguém se embaraça, a gente é feliz todo dia sem olhar no calendário. A nossa vila sem feitiço, sem mandinga, tem uma rainha que ginga festejando o Centenário”.
Fiz uma reportagem a respeito. Infelizmente não disponho mais, nem dos originais e nem do exemplar da Folha que a publicou. No início houve muita reclamação, mas depois o povo aceitou.
Nos programas de rádio os animadores (àquela época não estava em moda, ainda, a expressão comunicadores) se referiam a Icoaraci como Vila Sorriso, inclusive o próprio José Travassos e o Kzan Lourenço, falecido no início de 2003, criador da primeira rede sonora de Icoaraci, a Top Som Propaganda, atual Tropical Propaganda – da Radio Marajoara – e um dos maiores divulgadores das coisas icoaracienses.
Falta dizer que no encerramento dos festejos do Iº Centenário de Icoaraci – no dia 28 de dezembro de 1969 -, todos os membros da Comissão Coordenadora foram condecorados pelo prefeito Stélio Maroja com a Medalha dos 350 anos de Belém.
Tem muita coisa para falar sobre as alegrias que me deu o Vila Sorriso. A senhora Mízar Bonna, num dos seus livros se reporta sobre o assunto atribuindo-me a criação do Vila Sorriso, com detalhes Mais recentemente o jovem escrito José Raymundo de Oliveira Guimarães Junior (Junior Guimarães), morto tão precocemente há cinco anos, confirma o fato em seu livro Icoaraci – Monografia de um Mega Distrito.
Dois anos após as festas do Iº Centenário, me mudei para o Rio de Janeiro, onde estive por 15 anos. No retorno observei que o meu Vila Sorriso já era expressão popular. Virou símbolo de Icoaraci; nome de edifício, de conjunto habitacional, de bloco, de escola de samba, de escola primaria, de bar e até de motel!
Deveria tê-lo registrado.
Como não o fiz, está difícil reivindicar os direitos autorais. O meu consolo é que Vila Sorriso é o codinome da terra onde a gente é feliz todo o dia sem olhar no calendário.
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Em tempo: O vereador Alby Corrêa de Miranda, apresentou antes do recesso da Câmara Municipal, em novembro de 1969, "Votos de Congratulações ao Jornalista Aldemyr Feio pela criação do slogan Vila Sorriso, que identifica a Vila de Icoaraci, que nos orgulhosamente representamos nesta Casa". O requerimento foi aprovado à unanimidade.
Participei de sessão solene alusiva na Câmara Municipal – que se reunia no Palácio Antrônio Lemos, onde hoje funciona o Grande Auditório – onde juntamente com outras “personalidades” recebi um documento impresso em alto relevo que autenticava as "Congratulações", entregue pelo autor da proposição, Alby Miranda.
A penúltima homenagem que recebi pela autoria do Vila Sorriso foi do médico Rodolfo Tourinho (falecido), a quando de sua passagem pela Agência Distrital. Um diploma e uma medalha foi reconhecimento dele e do povo de Icoaraci pela criação que tornou Icoaraci...mais alegre e feliz.
A última foi na terça-feira/29 de setembro, quando a comunidade do Lions Clube de Icoaraci me concedeu um diploma de reconhecimento por relevantes serviços prestados a Icoaraci, e pela autoria do slogan Vila Sorriso, nomeia este Distrito.
Existe muita gente que se intitula o criador do Vila Sorriso; mas o pai da criança sou eu mesmo. Há 40 anos.
Participei de sessão solene alusiva na Câmara Municipal – que se reunia no Palácio Antrônio Lemos, onde hoje funciona o Grande Auditório – onde juntamente com outras “personalidades” recebi um documento impresso em alto relevo que autenticava as "Congratulações", entregue pelo autor da proposição, Alby Miranda.
A penúltima homenagem que recebi pela autoria do Vila Sorriso foi do médico Rodolfo Tourinho (falecido), a quando de sua passagem pela Agência Distrital. Um diploma e uma medalha foi reconhecimento dele e do povo de Icoaraci pela criação que tornou Icoaraci...mais alegre e feliz.
A última foi na terça-feira/29 de setembro, quando a comunidade do Lions Clube de Icoaraci me concedeu um diploma de reconhecimento por relevantes serviços prestados a Icoaraci, e pela autoria do slogan Vila Sorriso, nomeia este Distrito.
Existe muita gente que se intitula o criador do Vila Sorriso; mas o pai da criança sou eu mesmo. Há 40 anos.
2 comentários:
Feio, você precisa atualizar as datas do blog que encimam as matérias. Por exemplo, este post VILA SORRISO é meu! está encimado com a data 10/07/2009. Mas você postou em 7/10/2009. Uma informação: você pode ainda registrar a autoria de Vila Sorriso. Converse com o Wilson Portela, da Gil Publicidade, sobre isso. Mesmo que alguém já tenha usurpado, acho que você tem documentos que comprovam o seu direito. Pode demorar anos no INPI, mas valera a pena.
Sobre o comentário anterior esqueci de um detalhe. A atualização a que me refiro é para substituir a data como os brasileiros usam, isto é, primeiro o dia, depois o mês e depois o ano. Como está é coisa de americano e outros gringos.
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