Duas horas na companhia do senador tucano Marconi Perillo
Pré-candidato ao governo de Goiás, o senador Marconi Perillo chegou às 5h30 aos estúdios da rádio Mega FM, no Gama, quarta-feira 5, para um bate-papo com Dorinato Nogueira, diretor do jornal DF-GOIÁS e apresentador do programa Nosso Povo Nossa Gente, líder de audiência no Entorno.
Perillo estava na companhia do prefeito de Luziânia, o tucano Célio Silveira, e Chiquinho, secretário de Ação Social de Luziânia. Cheguei às 6 horas e acompanhei todo o papo, até às 8 horas, quando Perillo concedeu entrevista exclusiva ao DF-GOIÁS.
O Dorinato, comunicador que sabe falar no rádio do jeito que o povão gosta, conduziu a conversa com eficiência, perguntando ao senador aquilo que interessa aos moradores do Entorno. O telefone também bombou. Duas coisas ficaram claras durante as duas horas de papo: Marconi Perillo, com apenas 47 anos e já duas vezes governador de Goiás e agora vice-presidente do Senado Federal, tem, além de lucidez, a mente aberta, o que lhe dá sabedoria; e sabe com precisão cirúrgica o que precisa ser feito para que Goiás se torne um dos estados mais ricos do país, e para que o Entorno saia da Idade Média e seus moradores passem a compartilhar também do bem-estar social, da modernidade e da prosperidade do estado.
Além de simpático e de irradiar saúde, Perillo utiliza as palavras com propriedade e se comunica de forma direta, clara, sem subterfúgios. É também um homem que emana religiosidade, isto é, sabe que nós, seres humanos, somos criaturas espirituais e que para se alinhar com o Grande Criador é preciso cultivar gratidão, e arregaçar as mangas para agradecer as conquistas com trabalho em prol do desenvolvimento da família. Quanto mais luz, menos ignorância, menos tragédias, menos dramas individuais.
Quando saímos da Mega, fomos a uma padaria lá perto. Visto entre os outros, Perillo misturava-se perfeitamente a todos. Quem não o conhecesse, veria apenas mais uma pessoa tomando café e conversando. Ouvindo-o, porém, logo perceberia que ali estava uma mente especial.
Perillo foi um divisor de águas em Goiás. Quando ele assumiu o governo, em janeiro de 1999, o estado dormitava. Ao deixar o governo, em março de 2006, sete anos depois, Goiás era outro, mais desenvolvido, mais rico, mais moderno e mais próspero.
Dança do Sabre
A Feira do Guará estava fervilhando naquela manhã de sábado. Ele foi à peixaria e comprou um tucunaré de três quilos, capturado no lago de Tucuruí, e cinco quilos de pirarucu fresco. Depois comprou duas barras de açaí grosso, recém-chegado de Belém, farinha de tapioca, farinha d'água, tapioca molhada e castanha-do-pará.
Parou na banca próxima à dona Zenaide. Encarapitado no banquinho, o canudo entre os lábios e os olhos grudados na descascadora de coco, sugava a água deliciosa da Bahia. Ela devia medir 1,70 metro e pesar 75 quilos. Sua pele mulata era clara e sedosa, e, seus olhos, grandes e doces. Os seios fartos, as nádegas volumosas, a cintura de saúva, as pernas bem torneadas, eram, na verdade, parte do espetáculo.
A mulata tinha as mãos de pianista e suas unhas eram pintadas de rosa. No dedo anelar esquerdo exibia grossa coleira de ouro. Segurava o coco com a mão esquerda e com a direita manejava um facão afiado como navalha. Lembrava Uma Thurman em Kill Bill. Em segundos o coco ficava no ponto para ser sugado.
A descascadora de coco manejava o facão como uma prestidigitadora. Ela dançava a Dança do Sabre, de Aram Khathaturian, quando ele viu o facão muito perto do seu rosto. Piscou os olhos e a viu a um palmo de distância. Fora apanhar um coco, os seios quase encostados do rosto dele. Ela se virou e se abaixou novamente, para arrumar alguma coisa, e ele percorreu seus quadris, numa viagem vertiginosa. Ela voltou à Dança de Aram Khathaturian.
O amistoso esfregar de mão feminina nas costas o acordou.
- Vamos! – disse sua mulher, que estivera comprando roupa.
- Sim, vamos! – ele disse, e a seguiu. Sua mulher era ainda mais bonita do que a jovem senhora da Dança do Sabre. “Vou ouvir Khathaturian quando chegar em casa, antes de tomar açaí” – pensou.
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