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8/03/2016

CRÔNICA DE SAMPA


São Paulo antiga

E
u nasci em São Paulo em 1951, lembro pouco dessa década, apenas pessoas muito bem vestidas, os homens normalmente de terno e chapéu e as mulheres de vestidos ou saia e blusas discretas, bolsas e joias. Lembro de andar de bonde. a princípio pegávamos no bairro de São Judas, onde morávamos e íamos em direção centro, ou parávamos na Primeira Sessão, onde hoje é a Praça da Árvore, onde o comércio era bem desenvolvido. Domingo íamos à Missa na Igreja de São Judas, com a nossa melhor roupa, as crianças ganhavam um cartãozinho, para poder assistir filmes ou seriados a tarde em um salão ao lado da igreja.
No ano de 1956 mudamos para o bairro de Indianópolis, onde dois anos depois entrei no primário na Escola Agrupadas de Vila Helena; já na década de 60 fiz o ginásio no Colégio Estadual do Villalva Jr. 
Nessa década já víamos mais carros nas ruas, principalmente fuscas, os taxis normalmente eram DKVs; começamos a ir sozinhos nas matinês do Cine Jurucê ou Cine Joá em Moema.                  
Morávamos perto da TV Record, e normalmente íamos aos domingos, no Circo do Arrelia logo depois do almoço e no fim da tarde assistíamos a Gincana Kibon do Vicente Leporace.
As brincadeiras eram de rua, pega pega, pular cela, queimada, jogar futebol nos campinhos; corríamos atrás de balões, empinávamos pipas. Éramos quase todos magros, com atividades intensas; assistiamos televisão somente a noite com os nossos pais. 
Em 1965 já adolescente e cursando o ginásio, me interessei por música; Não perdia um programa da Jovem Guarda; fã dos Beatles, gostava de cantar e tocar principalmente um rock.
Em 1970 já trabalhava de dia e estudava a noite, aí acabou a moleza, - já começei a viver vida de adulto, com responsabilidades.
Hoje lembro com saudades dos anos dourados, dos amigos de infância. Sou grato, principalmente a minha mãe e os bons professores pela educação recebida. 
São Paulo hoje continua lindo, grande metrópole, com alta tecnologia, lindos prédios, carrões... mas não tem o glamour de antigamente, que só quem viu e viveu os anos 50/60 pode avaliar, como diz o nosso ídolo Roberto Carlos: "Velhos tempos belos dias".
Abraços e beijos a todos, principalmente aos brotinhos que hoje são sex...agenários, e frequentam as mesmas filas, estacionamentos, somos preferenciais, Graças a Deus. 
Saudações Ticolores!
Fui!
...mas na semana que vem , eu volto!!!

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Eu e o meu cachorro Flex nos anos 50
Eu e o meu sobrinho Cláudio nos anos 60




Ricardo Uchôa Rodrigues

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