'Ciência na Ilha' ajuda a formar professores da
rede estadual
Nessa terça-feira/28, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), por
meio da Unidade Seduc na Escola (USE) 12, começou a receber uma série de
ações do Projeto Ciência na Ilha, iniciativa do Clube de Ciências da
Universidade Federal do Pará (UFPA), que neste ano beneficia a população da
Ilha de Cotijuba, pertencente a Belém. O objetivo do evento é popularizar a
ciência entre os estudantes da educação básica, promovendo a aproximação da
escola com a universidade e a formação de professores da rede pública, com
oficinas executadas em parceria com o Centro de Formação de Profissionais da
Educação Básica do Pará (Cefor), da Seduc.
O evento começou com as oficinas
destinadas a professores, realizadas na Escola Estadual Avertano Rocha, em
Icoaraci, distrito de Belém. Cerca de 90 professores da USE 12 devem
participar das atividades, que prosseguem até quarta-feira (29). Na quinta
(30) e na sexta-feira (1º), as ações serão realizadas em Cotijuba, com alunos
e outros membros da comunidade da ilha.
“Muitas vezes, o aluno da educação
básica não tem ideia do que pode existir em relação a ensino fora dos muros
da escola, principalmente nessas regiões mais isoladas. Então, com o projeto
a gente visa também mostrar para esse estudante que ele pode continuar a
estudar depois da escola, ou seja, oferecer novas referências para esse jovem
que, muitas vezes, vive numa vulnerabilidade social grande”, explicou o
professor João Amaro, coordenador do Clube de Ciências da UFPA e um dos
coordenadores do Projeto Ciência na Ilha.
Ensino atrativo - O professor de matemática Marcelo Santos, da
Escola Estadual Jorge Lopes Raposo, também de Icoaraci, atua no ensino
fundamental e médio e diz que a oficina da qual participa, específica para o
ensino de matemática no ensino médio, vai agregar conhecimento ao trabalho
desenvolvido em sala de aula. “Hoje não dá mais para o professor ficar só com
o quadro como recurso, e esse tipo de oficina contribui muito para mudar
nossa prática pedagógica, pois nos ajuda a olhar o conteúdo do ensino médio
de maneira mais lúdica, tornando a aprendizagem algo mais atrativo para os
estudantes”, frisou.
A professora de História Fernanda
Jaime, da Escola Estadual Professora Marta da Conceição, em Cotijuba, também
participa das oficinas e destaca a importância do Projeto Ciência na Ilha.
“Esse projeto é fundamental porque, muitas vezes, as pessoas frequentam a
Ilha de Cotijuba apenas em busca do lazer e acabam esquecendo de que se trata
de uma área de proteção ambiental, embora ainda não legalizada. E como é uma
ação que vai envolver também a comunidade, ajuda a conscientizar, a fazer a
própria população cuidar da área, para que no futuro crimes ambientais que
hoje estão acontecendo lá não voltem a se repetir. São projetos como esse que
fazem a comunidade se sentir sujeito da história que pratica”, acrescenta.
A mesma opinião tem a gestora da
USE 12, Aline Socorro, que destaca o caráter de interação da programação, que
será encerrada com dois dias de atividades na Escola Marta da Conceição, em
Cotijuba. “Essa prática é muito legal porque proporciona a interação entre a
comunidade e a escola. A escola é, na verdade, o foco central, por isso, nos
dois dias de atividades pedagógicas, ela vai estar aberta a todos e também
vai receber os estudantes da UFPA, que farão atividades com o nosso alunado”,
informa a gestora.
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Elck Oliveira Agência Pará |
11/30/2017
AVANÇO
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