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12/14/2007


PARÁ DESGOVERNADO
Amazônia, terra de ninguém

Brasília – Mais 11.224 quilômetros quadrados de árvores foram torados na Amazônia, entre julho de 2006 e julho de 2007, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O estado brasileiro é incompetente para pôr um fim a isso; a Amazônia brasileira acabará internacionalizada. Esse movimento, na ONU (Organização das Nações Unidas), já é de conhecimento público.
Aliada à destruição da Amazônia, talvez o fator mais forte a favorecer essa teoria é a capenga democracia brasileira, uma elite nadando em dinheiro e parte da população comendo lixo, ou morrendo de fome; isso, além da corrupção, profundamente infiltrada na sociedade, a mesma que elege quadrilheiros para o Congresso Nacional.
Sabe-se que, sem a Hiléia, aos povos da floresta só restará comer capim, se os fazendeiros permitirem.
É no estado do Pará onde mais se destrói a mata. Quase metade do que se torou em um ano em toda a Amazônia Brasileira - 5.569 quilômetros quadrados - foi no Pará. O secretário de Meio Ambiente do estado, Valmir Ortega, reconheceu que esse percentual é semelhante ao de 2006, 1% mais alto. Argumentou que a floresta do Pará é exuberante e, por isso, mais sujeita ao desmatamento.
Esse pensamento é tão desgraçado quanto o da polícia paraense, que atirou uma menina a dezenas de presos, durante um mês, para que os presos a estuprassem todos os dias, horas e horas, a cada dia. Flagrados, os delegados envolvidos nesse caso absurdo inventaram que a menina era maior de idade e débil mental, pois, na cabeça desses indecentes, não há problema em se jogar uma mulher débil mental para dezenas de bandidos caírem em cima dela como urubu na carniça. Em outras palavras, se o Pará ainda possui muitas florestas, a devastação é normal.
Pasmem, dos 5.569 quilômetros quadrados que foram para o espaço, 97% ocorreram em reservas florestais, de onde, por lei, não se deve quebrar nem arbusto; são reservas biológicas e indígenas.
“Estamos trabalhando em medidas que deverão conter o ritmo da devastação no estado” - disse Valmir Ortega ao jornal O Liberal, referindo-se ao Programa Estadual de Prevenção e Combate ao Desmatamento, proposto pelo governo do Pará para ser executado em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), pois a maior parte das terras devastadas é da União. Esse papo furado é velho.
Raimunda Monteiro, presidente do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Pará (Ideflor), declarou a O Liberal que “só a partir deste ano o Pará começou a exercer um controle sobre o seu patrimônio florestal”. Que controle?

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