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1/04/2009

Antônio Cavalcante


CARAS DE BELÉM


Caro amigo leitor: em primeiro lugar muita saúde, paz, sucesso neste novo ano que se inicia.
A minha primeira cronica do ano é para a nossa Belém que aniversaria no próximo dia 12 de janeiro.



Belém do Pará, nascida com a construção do forte do Presépio às margens da baía do Guajará a quase quatro séculos. Foi crescendo lentamente com seus erros e acertos e muitas estórias passadas por várias gerações, como a porta de entrada para a conquista da Amazônia, enriquecendo dessa maneira seu patrimônio histórico cultural.
Santa Maria de Belém do Grão Pará fez sua história desde os tempos do Brasil colonial como a sede de governo da capitania do Maranhão, Grão Pará e Rio Negro de onde partiam as drogas do sertão para fortalecer a economia da coroa portuguesa. Mais tarde tomando ares de cidade, foi pouco a pouco conquistando sua primeira légua patrimonial se consolidando assim como a metrópole da região mais cobiçada do planeta.
Muitos símbolos caracterizaram a capital paraense ao longo dos séculos e que fizeram na cidade as suas marcas registradas dos quais podemos citar: A chuva da Tarde. As revoadas sonoras dos pássaros acordando a cidade. As bandeirolas vermelhas anunciando a venda de açaí. Os carrinhos de comidas típicas estacionadas nas várias esquinas espalhada pelos seus bairros, onde sob o sol escaldante e a sombra de suas mangueiras pode-se saborear o tradicional tacacá. Os saborosos sanduíches de picadinho e de leitão para alimentar os notívagos boêmios da cidade. A rivalidade esportiva de Remo e Paissandu. A pimenta de cheiro e os sorvetes de inúmeros sabores. São coisas simples, mas referências na antologia poética da urbe.
Fazem parte do acervo de ícones de Belém, os Círios em homenagem a padroeira Nossa Senhora de Nazaré. Os traços do arquiteto italiano Antonio Landi em prédios públicos e templos religiosos edificados na Belém antiga. As canoas e barcos com velas coloridas docadas no Ver-o-Peso com seus múltiplos odores.
Além de outras alegorias representativas da Belém Lemista como as praças Batista Campos e da República. O Bosque Rodrigues Alves com seus 15 (Ha) de mata nativa no meio urbano, hoje transformado em jardim botânico juntamente com o Museu Paraense Emílio Goeldi outra instituição de pesquisa e lazer da população belemita que fazem da cidade a situação impar no país, de possuir dois jardins botânicos. Os Mercados de Ferro, Francisco Bolonha e de São Brás, O Teatro da Paz, palacetes e construções que mostram o apogeu da era gomífera.
Porém no meu ponto de vista acredito que a verdadeira cara de Belém é o seu povo, alegre e hospitaleiro por excelência, que sabe agradar quem aqui chega para visita a passeio, a negócios, ou para morar. Uma gente que utiliza na linguagem cabocla da musicalidade de sua alma, o termo pai d’égua de ser.

PARABENS BELÉM DO PARÁ!

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Tatá Cavalcante
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