PROCESSO DE COMERCIALIZAÇÃO NOS MERCADOS MUNICIPAIS
Meu caros amigos, que me acompanham toda semana neste espaço eletrônico, aí vai mais uma da safra antiga.
É com profunda preocupação, quando observamos que o processo de comercialização nos mercados municipais ainda é o mesmo, ou até pior que o praticado na época do “Velho Lemos" (Ilustração), início do século XX.
Senão vejamos em seu relatório referente às atividades da intendência no ano de 1908 no que tange a “Alimentação Pública” ele diz: “Passarei agora a descrever com a possível minuciosidade quanto ocorreu nos mercados da capital, durante o anno de que me occupo, mostrando-vos ao mesmo tempo o movimento de cada um afim de poderdes avaliar do excellentes serviços que todos prestam a população.
Mercado Municipal – Dr. João Coelho, engenheiro fiscal das obras internas do Mercado Municipal, das quais é concessionário o engenheiro Francisco Bolonha”...”Estes pavilhões são de construcção elegante e sólida e todos ladrilhados de mosaico; tem armação de ferro, com vasto abastecimento de água, possuindo balcão de marmore, com cinco gavetas, duas destinada ao producto das vendas e três a guardar os utensílios e roupas dos trabalhadores; dois cepos de madeira com os pés de ferro; uma balança de metal amarelo e marmore, grampos para pendurar carne, ferramenta completa, moderna e de primeira qualidade, além de uma torneira para o serviço, cada um delles está dividido em duas ordens de talhos, dez de cada lado, tendo ao centro um corredor para acesso apenas aos trabalhadores e empregados. Os compradores serão servidos pelo varandim externo que corre ao longo dos pavilhões. A fim de poderem ser fiscalizados dum só golpe de vista, estão separados um dos outros os talhos por simples gradis de ferro”
Como podemos observar, havia uma preocupação quanto ao requinte e o bem estar da comunidade, havia Matadouro Municipal, Inspeção Sanitária executada por um médico sanitarista, além da lavagem dos mercados municipais sendo essas duas ultimas ações de caráter diário.
Há de se notar, que apesar da evolução no processo de comercialização, notadamente com o advento dos autos serviços espalhados por toda Belém, tal fato não aconteceu nas atividades comerciais em uso nos mercados municipais, onde ainda se vê o ato de compra e venda de carne e pescado, tal qual aquele praticado, há cem (100) anos, com uma agravante, o equipamento obsoleto, sem as mínimas condições higiênico-sanitárias, os cepos de madeira, instrumentos metrológicos não confiáveis e a utilização em larga escala da folha de guarumã, jornais velhos e revistas, sacos de cimento, para embalar a carne e o pescado comercializados nessas unidades de abastecimento, sem contar a maneira como é tratado o consumidor; quando os usuários (açougueiros e peixeiros) impõem as regras de comercialização. O que já não acontece com os supermercados e casas de carne em atividade pela cidade. Que dentre outras facilidades do mundo moderno, aplicam recursos de exposição e organização que desperta o desejo de comprar.
A experiência comercial dessas organizações nos mostra que a mudança mais profunda acontece, não no estabelecimento em si, mas no consumidor. É ele quem exige as facilidades eletrônicas, organização, segurança, limpeza, qualidade e atenção.
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Meu caros amigos, que me acompanham toda semana neste espaço eletrônico, aí vai mais uma da safra antiga.
É com profunda preocupação, quando observamos que o processo de comercialização nos mercados municipais ainda é o mesmo, ou até pior que o praticado na época do “Velho Lemos" (Ilustração), início do século XX.
Senão vejamos em seu relatório referente às atividades da intendência no ano de 1908 no que tange a “Alimentação Pública” ele diz: “Passarei agora a descrever com a possível minuciosidade quanto ocorreu nos mercados da capital, durante o anno de que me occupo, mostrando-vos ao mesmo tempo o movimento de cada um afim de poderdes avaliar do excellentes serviços que todos prestam a população.
Mercado Municipal – Dr. João Coelho, engenheiro fiscal das obras internas do Mercado Municipal, das quais é concessionário o engenheiro Francisco Bolonha”...”Estes pavilhões são de construcção elegante e sólida e todos ladrilhados de mosaico; tem armação de ferro, com vasto abastecimento de água, possuindo balcão de marmore, com cinco gavetas, duas destinada ao producto das vendas e três a guardar os utensílios e roupas dos trabalhadores; dois cepos de madeira com os pés de ferro; uma balança de metal amarelo e marmore, grampos para pendurar carne, ferramenta completa, moderna e de primeira qualidade, além de uma torneira para o serviço, cada um delles está dividido em duas ordens de talhos, dez de cada lado, tendo ao centro um corredor para acesso apenas aos trabalhadores e empregados. Os compradores serão servidos pelo varandim externo que corre ao longo dos pavilhões. A fim de poderem ser fiscalizados dum só golpe de vista, estão separados um dos outros os talhos por simples gradis de ferro”
Como podemos observar, havia uma preocupação quanto ao requinte e o bem estar da comunidade, havia Matadouro Municipal, Inspeção Sanitária executada por um médico sanitarista, além da lavagem dos mercados municipais sendo essas duas ultimas ações de caráter diário.
Há de se notar, que apesar da evolução no processo de comercialização, notadamente com o advento dos autos serviços espalhados por toda Belém, tal fato não aconteceu nas atividades comerciais em uso nos mercados municipais, onde ainda se vê o ato de compra e venda de carne e pescado, tal qual aquele praticado, há cem (100) anos, com uma agravante, o equipamento obsoleto, sem as mínimas condições higiênico-sanitárias, os cepos de madeira, instrumentos metrológicos não confiáveis e a utilização em larga escala da folha de guarumã, jornais velhos e revistas, sacos de cimento, para embalar a carne e o pescado comercializados nessas unidades de abastecimento, sem contar a maneira como é tratado o consumidor; quando os usuários (açougueiros e peixeiros) impõem as regras de comercialização. O que já não acontece com os supermercados e casas de carne em atividade pela cidade. Que dentre outras facilidades do mundo moderno, aplicam recursos de exposição e organização que desperta o desejo de comprar.
A experiência comercial dessas organizações nos mostra que a mudança mais profunda acontece, não no estabelecimento em si, mas no consumidor. É ele quem exige as facilidades eletrônicas, organização, segurança, limpeza, qualidade e atenção.
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Tatá Cavalcante
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