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6/27/2008


DELÍRIO
Deputada quer capital do Brasil na Amazônia


Brasília (26 de junho) – Em mais um delírio na ilha da fantasia que é o Congresso Nacional, a deputada deputada capixaba Rose de Freitas, do PMDB, quer o governo despachando na Amazônia, 10 dias por ano. Emenda à Constituição (PEC 259/2008) prevê a transferência da sede do governo federal, uma vez por ano, durante até 10 dias, para uma cidade da Amazônia Legal, com o objetivo de se divulgar o potencial econômico, cultural e turístico, e da diversidade ambiental do Trópico Úmido. “Mais perto da realidade local, é possível assegurar maior agilidade para a implementação de políticas e ações que visem ao desenvolvimento sustentável e à preservação da ampla riqueza da floresta amazônica” – diz a Mangabeira Unger da Câmara. Unger é ministro do futuro da Amazônia.
Rose de FreitaS, que é jornalista, segundo sua página no sítio da Câmara, acredita que a mudança temporária da capital do país para a Amazônia Legal reafirmaria a soberania brasileira sobre o subcontinente.
A PEC será analisada na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e, se for aprovada, será analisada por comissão especial e seguirá para o Plenário, para votação em dois turnos.
Será falta do que fazer na Câmara? Como disse o jornal Diário do Pará, na coluna Repórter Diário, edição de quinta-feira 26: “Brasília é farta em delírio. A alucinação da hora, capaz de fazer JK se remexer no túmulo, é da deputada capixaba Rose Freitas, que quer a transferência temporária da capital do país e da sede do governo federal para a Amazônia. De sua autoria, a proposta de emenda constitucional 258/2008 prevê que se fechem as portas do Palácio do Planalto, dos ministérios e chancelaria para que o presidente e seus ministros possam se mudar, uma vez por ano, durante dez dias, para uma das cidades da Amazônia”.
A soberania da Amazônia, sua real divulgação e o desenvolvimento sustentável das populações do Trópico Úmido não dependem da mudança de Brasília para a Hiléia, mas apenas de reformas profundas no Estado brasileiro, como as reformas política, tributária, federativa, educacional, agrária, previdenciária, administrativa e do Judiciário.
Os problemas da Amazônia são dois, os mesmos do Brasil: corrupção e corrupção.

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