LIBERDADE DE IMPRENSA
Quando publiquei meu livro “Jornalistas sem Diploma”, prefaciado pelo então Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, o saudoso Ministro Orlando Costa, eu disse, ao abrir a obra, que “se juiz do trabalho não fosse, eu gostaria de ter sido jornalista, pois o julgador e o profissional da imprensa se parecem, na medida em que ambos não podem ser misoneístas e devem permanecer vigilantes, procurando o que há de mais sublime em suas profissões: o desmascaramento de falsos mitos, a aversão pelas soluções perfeitas e acabadas e a busca constante da verdade possível.”
Até hoje, como sabem, a tese que ali defendi ainda é vitoriosa perante a maior corte de justiça do país, o Supremo Tribunal Federal, o que me orgulha como paraense.
Na realidade, escrevo em jornais desde 1964, quando era colaborador e quase um faz tudo no valoroso “Jornal de Santarém”, de propriedade do Sr. Arbelo Guimarães.
E é com essa experiência razoável que afirmo não gostar quando vejo a imprensa censurada principalmente por pressões de grandes grupos políticos e econômicos.
Sei que de certa forma sou um sonhador, pois a realidade muitas vezes é bem outra.
Mas a liberdade de imprensa deve ser preservada a todo custo em benefício dos ideais da democracia, do chamado Estado de Direito.
Mas vejam bem. Há uma distância quilométrica entre exercitar uma imprensa livre para bem informar (vezes sem conta com o sacrifício até da própria vida, como nos regimes totalitários) e servir-se de um jornal, de uma revista, para difamar, injuriar, dilapidar a honra e a reputação alheia.
Liberdade de imprensa é um direito e como tal tem que ser usado dentro da lei. A partir daí vêm os abusos, os excessos que entram no campo da ilegalidade.
Thomas Jefferson, o grande estadista americano, fez uma afirmação que se tornou um marco, um parâmetro espetacular quando se fala de liberdade de imprensa: "Fosse deixado a mim decidir se deveriam ter um governo sem jornais ou jornais sem um governo, não hesitaria um momento em preferir este último".
Para ele, a liberdade de imprensa vale mais que a própria idéia de um Estado politicamente organizado. Vejam só a grandeza desse valor.
Esse princípio ele vem consagrado em nossa Constituição Federal, no seu art. 220. Basta ir lá e ler. Mas se a lei maior consagra essa liberdade com amplidão, esse campo aberto não pode ceder às tentações canalhas de brincar com a honra de quem quer que seja.
Quantas vidas, quantas reputações já foram jogadas no lixo por causa de informações, de reportagens desastradas. É essa a liberdade que queremos?
O público, o cidadão merece o maior respeito. E uma das maiores demonstrações de respeito é passar a informação autêntica, sem menosprezar quem quer que seja.
Tomara que meu sonho um dia se torne realidade.
jwmalheiros@hotmail.com
Quando publiquei meu livro “Jornalistas sem Diploma”, prefaciado pelo então Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, o saudoso Ministro Orlando Costa, eu disse, ao abrir a obra, que “se juiz do trabalho não fosse, eu gostaria de ter sido jornalista, pois o julgador e o profissional da imprensa se parecem, na medida em que ambos não podem ser misoneístas e devem permanecer vigilantes, procurando o que há de mais sublime em suas profissões: o desmascaramento de falsos mitos, a aversão pelas soluções perfeitas e acabadas e a busca constante da verdade possível.”
Até hoje, como sabem, a tese que ali defendi ainda é vitoriosa perante a maior corte de justiça do país, o Supremo Tribunal Federal, o que me orgulha como paraense.
Na realidade, escrevo em jornais desde 1964, quando era colaborador e quase um faz tudo no valoroso “Jornal de Santarém”, de propriedade do Sr. Arbelo Guimarães.
E é com essa experiência razoável que afirmo não gostar quando vejo a imprensa censurada principalmente por pressões de grandes grupos políticos e econômicos.
Sei que de certa forma sou um sonhador, pois a realidade muitas vezes é bem outra.
Mas a liberdade de imprensa deve ser preservada a todo custo em benefício dos ideais da democracia, do chamado Estado de Direito.
Mas vejam bem. Há uma distância quilométrica entre exercitar uma imprensa livre para bem informar (vezes sem conta com o sacrifício até da própria vida, como nos regimes totalitários) e servir-se de um jornal, de uma revista, para difamar, injuriar, dilapidar a honra e a reputação alheia.
Liberdade de imprensa é um direito e como tal tem que ser usado dentro da lei. A partir daí vêm os abusos, os excessos que entram no campo da ilegalidade.
Thomas Jefferson, o grande estadista americano, fez uma afirmação que se tornou um marco, um parâmetro espetacular quando se fala de liberdade de imprensa: "Fosse deixado a mim decidir se deveriam ter um governo sem jornais ou jornais sem um governo, não hesitaria um momento em preferir este último".
Para ele, a liberdade de imprensa vale mais que a própria idéia de um Estado politicamente organizado. Vejam só a grandeza desse valor.
Esse princípio ele vem consagrado em nossa Constituição Federal, no seu art. 220. Basta ir lá e ler. Mas se a lei maior consagra essa liberdade com amplidão, esse campo aberto não pode ceder às tentações canalhas de brincar com a honra de quem quer que seja.
Quantas vidas, quantas reputações já foram jogadas no lixo por causa de informações, de reportagens desastradas. É essa a liberdade que queremos?
O público, o cidadão merece o maior respeito. E uma das maiores demonstrações de respeito é passar a informação autêntica, sem menosprezar quem quer que seja.
Tomara que meu sonho um dia se torne realidade.
jwmalheiros@hotmail.com
Um comentário:
NOTA DEZ MALHEIROS, MEU GRANDE JORNALISTA. PARABÉNS AO JORNAL DO FEIO.
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