Deu no Correio Braziliense:
Ray Cunha lança O CASULO EXPOSTO
O Correio Braziliense publicou, na edição de 5 de agosto, matéria sobre O CASULO EXPOSTO
Por LÚCIO FLÁVIO
Para o Correio Braziliense
Brasília, 5 de agosto de 2009 - Nascido em Macapá (AP), mas radicado em Brasília desde 1987, o jornalista e escritor Ray Cunha conhece como poucos as cicatrizes da capital brasileira. Experiência adquirida em mais de duas décadas como repórter de cidades e na cobertura intensa do Congresso Nacional. Por isso, não deixa de ser oportuno que o seu mais recente trabalho, o livro de contos O CASULO EXPOSTO, chegue às livrarias justamente no momento em que o Senado passa por uma de suas piores crises.
“Embora seja todo ficção, o livro fala de um momento atual. Essa politicalha na qual estamos mergulhados vem do país inteiro, mas Brasília é a síntese", comenta o autor, que reúne 17 contos escritos desde 1989. "Nenhum dos meus trabalhos anteriores foram inspirados em ocorrências jornalísticas. Esse sim. Mas tudo o que acontece na vida de um escritor acaba entrando, de um jeito ou de outro, na ficção”, observa.
A unidade das tramas esbarra no submundo de Brasília. Ray Cunha, autor também dos romances A casa amarela e O lugar errado, explica que o título remete a utopia que se transformou na capital do país. Tal ideia está nitidamente expressa no primeiro conto do livro, por meio do encontro de dois homens, um guia e um engenheiro, num lugar onde, num futuro não muito distante, será construído o sonho de JK. “O senhor acha que vai dar certo, gente de toda parte se mudar para cá?”, pergunta o guia ao engenheiro. “Sim. Aqui, todos serão iguais”, responde.
“O desenho de Brasília também lembra o de uma borboleta. E a primeira passagem da vida de uma borboleta é o casulo. Um casulo que expõe suas vísceras que são os subterrâneos”, explica. “Uma Brasília engessada”, emenda.
A intimidade do autor com a cidade é denunciada não apenas por meio dos temas abordados - seja a política ou as mazelas da cidade -, mas também pela geografia desenhada em histórias que têm como personagens as vias da cidade como a W3 Sul e a W3 Norte ou um encontro aparentemente casual na Churrascaria Porcão. “Sou um observador privilegiado da cidade”, diz.
“Embora seja todo ficção, o livro fala de um momento atual. Essa politicalha na qual estamos mergulhados vem do país inteiro, mas Brasília é a síntese", comenta o autor, que reúne 17 contos escritos desde 1989. "Nenhum dos meus trabalhos anteriores foram inspirados em ocorrências jornalísticas. Esse sim. Mas tudo o que acontece na vida de um escritor acaba entrando, de um jeito ou de outro, na ficção”, observa.
A unidade das tramas esbarra no submundo de Brasília. Ray Cunha, autor também dos romances A casa amarela e O lugar errado, explica que o título remete a utopia que se transformou na capital do país. Tal ideia está nitidamente expressa no primeiro conto do livro, por meio do encontro de dois homens, um guia e um engenheiro, num lugar onde, num futuro não muito distante, será construído o sonho de JK. “O senhor acha que vai dar certo, gente de toda parte se mudar para cá?”, pergunta o guia ao engenheiro. “Sim. Aqui, todos serão iguais”, responde.
“O desenho de Brasília também lembra o de uma borboleta. E a primeira passagem da vida de uma borboleta é o casulo. Um casulo que expõe suas vísceras que são os subterrâneos”, explica. “Uma Brasília engessada”, emenda.
A intimidade do autor com a cidade é denunciada não apenas por meio dos temas abordados - seja a política ou as mazelas da cidade -, mas também pela geografia desenhada em histórias que têm como personagens as vias da cidade como a W3 Sul e a W3 Norte ou um encontro aparentemente casual na Churrascaria Porcão. “Sou um observador privilegiado da cidade”, diz.
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