Professora Oriana Trindade de Almeida fala da experiência em comunidades de pescadores na mesoregião do Baixo Amazonas
Uma medida para aumentar a produtividade, diminuir a ameaça de agentes externos e preservar o meio-ambiente. O acordo de pesca, adotado por comunidades de pescadores, tem a intenção de garantir estes benefícios, além de promover o manejo compartilhado dos recursos pesqueiros entre a comunidade e instituições governamentais.
De acordo com a pesquisadora Oriana Trindade de Almeida, que no próximo dia 18 de setembro realizará a palestra "Manejo de Pesca no Baixo Amazonas", no NAEA, os benefícios dos acordos são evidentes. "Muitos começam com regras informais e podem se oficializar. Em comunidades que adotaram o acordo, a produção aumenta e as áreas são resguardadas", afirma.
Em um estudo de campo realizado na mesoregião do Baixo Amazonas com cerca de 260 famílias e líderes das comunidades - onde a pesca é uma atividade de grande importância - Oriana comparou os resultados de nove comunidades com o acordo e nove que nunca haviam feito um acordo.
Os acordos estabelecem regras, como a proibição da pesca com redes em certos períodos do ano, o tamanho das embarcações ou até a restrição da comercialização. Eles são oficializados pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), e, geralmente, surgem quando se estabelece um conflito pelos recursos entre pescadores tradicionais e comerciais.
Mais sobre o assunto será falado na palestra "Manejo de Pesca no Baixo Amazonas", com a professora Oriana Trindade de Almeida, doutora em Ciências Ambientais pela University of London. O evento faz parte do Projeto Quintas de Ciência no NAEA, e começa às 15 h, no auditório do Núcleo. A entrada é franca, com direito a declaração de ouvinte.
Edital Plades
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