Contos ambientados no submundo de Brasília
o casulo Exposto, novo livro de Ray Cunha, é um golpe no ventre da borboleta de Lúcio Costa, expondo-lhe as vísceras como labaredas de luxúria, depravação e morte nos subterrâneos da cidade dos exilados. Mas nos contos há também perfume, romance, esperança, luzes.
Com selo da LGE Editora (http://www.lgeeditora.com.br/), chega às livrarias, em todo o Brasil, o novo livro de Ray Cunha, O Casulo Exposto (R$ 28), 17 histórias curtas ambientadas em Brasília. “Os contos nos põem diante desses seres nascidos da junção plena de todos os brasileiros” – diz, na apresentação, o escritor e crítico Maurício Melo Júnior, autor de Andarilhos (Edições Bagaço, Recife, 2007, 100 páginas) e apresentador do programa Leituras, da TV Senado. A capa é assinada pelo premiado artista plástico e cartunista André Cerino.
Desde 1987, Ray Cunha trabalha como jornalista, em Brasília, cobrindo amplamente a cidade e o Congresso Nacional. “Seus romances e contos são, geralmente, ambientados na Amazônia, mas, como o escritor acaba envolvido ao meio onde vive, surgiu, assim, O casulo exposto” – diz o texto da quarta-capa do livro.
O "Casulo" é uma alegoria à redoma legal que engessa o Patrimônio Cultural da Humanidade, a borboleta de Lúcio Costa, ninfa golpeada no ventre, as vísceras escorrendo como labaredas de luxúria, depravação e morte nos subterrâneos da cidade-estado dos exilados. Mas nos contos há também perfume, romance, esperança, as luzes da grande cidade.
Os seres a quem Maurício Melo Júnior se refere são, quase sempre, amazônidas que migraram para Brasília, frequentadores dos salões da capital, e criaturas que chafurdam nos subterrâneos da cidade candanga, tipos fracassados e duplamente fracassados, estupradores, assassinos, bandidos disfarçados de políticos, e jornalistas.
O Autor
Ray Cunha – da equipe deste blog. É o nosso posto avançado em Brasília - nasceu na Amazônia Caribenha, em Macapá, a capital do estado do Amapá, cidade facilmente localizada no mapa-múndi, situada que é na confluência da Linha Imaginária do Equador com o maior rio do planeta, o Amazonas.
Estreou na literatura em 1972, com o livro coletivo de poemas Xarda Misturada (edição dos autores, Macapá), juntamente com o poeta e contista José Edson dos Santos (Joy Edson) e José Montoril. Em 1982, a União Brasileira de Escritores, seção de Manaus, publicou Sob o céu nas nuvens, poemas.
Em 1990, Ray Cunha estreia na ficção, com A grande farra (edição do autor, contos, Brasília). Em 1996, a Editora Cejup, de Belém do Pará, publica o conto A caça e o romance O lugar errado. Em 2000, publica Trópico Úmido - Três contos amazônicos (Brasília) e, em 2005, a Editora Cejup volta a publicar um romance do autor, A Casa Amarela.
Segue-se a apresentação de Maurício Melo Júnior, publicada na orelha de O Casulo Exposto.
Estreou na literatura em 1972, com o livro coletivo de poemas Xarda Misturada (edição dos autores, Macapá), juntamente com o poeta e contista José Edson dos Santos (Joy Edson) e José Montoril. Em 1982, a União Brasileira de Escritores, seção de Manaus, publicou Sob o céu nas nuvens, poemas.
Em 1990, Ray Cunha estreia na ficção, com A grande farra (edição do autor, contos, Brasília). Em 1996, a Editora Cejup, de Belém do Pará, publica o conto A caça e o romance O lugar errado. Em 2000, publica Trópico Úmido - Três contos amazônicos (Brasília) e, em 2005, a Editora Cejup volta a publicar um romance do autor, A Casa Amarela.
Segue-se a apresentação de Maurício Melo Júnior, publicada na orelha de O Casulo Exposto.
Candangos
“O escritor Jorge Amado costumava se queixar de algumas ausências da literatura brasileira. E dizia que a mais gritante delas era a falta de romances sobre o ciclo do café, como os que foram escritos sobre os ciclos da cana-de-açúcar e do cacau. Também podemos dizer que ainda não surgiram os escritores que tomaram o desafio de contar as sagas da busca da borracha na Amazônia e da construção de Brasília em pleno cerrado goiano.
“Neste seu novo livro de contos e novelas, O casulo exposto, o escritor Ray Cunha, nascido no Amapá e vivente em Brasília, passa longe da narrativa de homens perdidos na solidão da floresta ou na poeira das construções incansáveis. O que interessa ao escritor são os resultados daquelas experiências, são os personagens que ficaram depois das epopéias.
“Os homens e mulheres que saltam destas páginas são bastante curiosos. Têm a política no sangue, embora apenas transitem em torno dela. Vêem o poder bem de perto, mas não participam de suas benesses. Também calejados pelas dores impostas pela opressão da floresta, já nada os surpreendem e a violência pode ser uma forma de defesa ou sobrevivência. Sim, os escrúpulos são poucos. Ou, citando Jarbas Passarinho, um acreano que fez carreira política no Pará: “Às favas com o escrúpulo”. Em compensação, a sensualidade aflora na pele dessa gente. O perigo é que também este poder de encantar e seduzir é instrumento de dominação.
“Naturalmente que a visão que temos aqui está superdimensionada pelos requisitos da literatura, mesmo assim sua base tem intensos pontos de realismo. E Ray Cunha ainda lhes dá um tratamento recheado de um humor cáustico, em alguns momentos até cruel. No entanto, esse humor nasce do clima noir, o clima dos filmes e livros policiais surgidos nos anos de 1940.
“Sem saudosismos e com muito suspense, os contos e novelas de Ray Cunha nos põem diante de O casulo exposto, esses seres nascidos da junção plena de todos os brasileiros. E vale muito a pena conhecê-los.”
“Neste seu novo livro de contos e novelas, O casulo exposto, o escritor Ray Cunha, nascido no Amapá e vivente em Brasília, passa longe da narrativa de homens perdidos na solidão da floresta ou na poeira das construções incansáveis. O que interessa ao escritor são os resultados daquelas experiências, são os personagens que ficaram depois das epopéias.
“Os homens e mulheres que saltam destas páginas são bastante curiosos. Têm a política no sangue, embora apenas transitem em torno dela. Vêem o poder bem de perto, mas não participam de suas benesses. Também calejados pelas dores impostas pela opressão da floresta, já nada os surpreendem e a violência pode ser uma forma de defesa ou sobrevivência. Sim, os escrúpulos são poucos. Ou, citando Jarbas Passarinho, um acreano que fez carreira política no Pará: “Às favas com o escrúpulo”. Em compensação, a sensualidade aflora na pele dessa gente. O perigo é que também este poder de encantar e seduzir é instrumento de dominação.
“Naturalmente que a visão que temos aqui está superdimensionada pelos requisitos da literatura, mesmo assim sua base tem intensos pontos de realismo. E Ray Cunha ainda lhes dá um tratamento recheado de um humor cáustico, em alguns momentos até cruel. No entanto, esse humor nasce do clima noir, o clima dos filmes e livros policiais surgidos nos anos de 1940.
“Sem saudosismos e com muito suspense, os contos e novelas de Ray Cunha nos põem diante de O casulo exposto, esses seres nascidos da junção plena de todos os brasileiros. E vale muito a pena conhecê-los.”
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Até o fim deste mês, ele estará em livrarias de todo o Brasil.
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Contato com o autor:
ray.cunha@uol.com.br
61-9621-6425
Até o fim deste mês, ele estará em livrarias de todo o Brasil.
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ray.cunha@uol.com.br
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