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2/18/2008

Coluna do HP



A banalização da música


Como era gostoso e relaxante a gente ouvir no rádio o locutor anunciar: “agora com a Orquestra Brasileira de Espetáculos, Luar de Nápoles" ou “você ouviu Francisco Petrônio, O Baile da Saudade", ou até mesmo, “com vocês os olhos azuis que cantam, Franck Sinatra, Fly Me to the Moon". São músicas que o rádio esqueceu, mas que tinham conteúdo, melodia e poesia.
Poderíamos enumerar muitas mais como: Teus Olhos, do Tito Madi, Dio Come te Amo, da Gigliola Cinquetti, e os célebres Beatles. Hoje se quisermos ouvir música de qualidade temos que particularizar esta audição, porque nossas rádios infelizmente não as tocam mais, a não ser as emissoras mais seletas como Cultura FM, UNAMA FM e Diário FM, que além da programação chamada classe A, primam pela nossa "praia", rodando a MPP - Música Popular Paraense, no caso da Cultura e da UNAMA.
A Diário FM vai mais pelo cast internacional. Mas o que queremos enfatizar é a banalização geral daquilo que antes enternecia nossos ouvidos. É comum as nossas emissoras colocarem em evidência músicas com os seguintes títulos: Minha Periquita, Mulher Safada, Eguinha Pocotó e outras. Não tem nexo, uma pessoa gritando e repetindo o mesmo refrão várias vezes, e pensar que está cantando o tal "brega melody, tecno brega e outras coisas".
Achamos que todo mundo tem direito a um espaço em todos os setores, e na música não é diferente, mas gostaríamos que houvesse melhor seleção, um critério mais abalizado antes de lançar estas "pérolas culturais" aos nossos ouvidos. Aqui mesmo no Pará temos um acervo musical excelente nas vozes de Nilson Chaves, Pedrinho Cavalero, Maria Lídia, Lucinha Bastos, Marco Monteiro, Andréa Pinheiro e outros. Vamos valorizar esta turma, santo de casa faz milagre sim. Destacamos o Calypso, que apesar do perfil musical não muito recomendável, eleva o nome da música do Pará em outras plagas.
Vamos tocar e ouvir mais carimbó que é coisa nossa e esquecer um pouco o axé baiano. Poupem-nos de peças musicais onde as garotas endeuzam os "famosos" DJS, das aparelhagens sonoras. Tem uma música onde uma menina se declara para um tal DJ Chico Doido, onde a letra repete várias vezes o nome do homenageado. E a gente tem que ouvir? Aí alguém diz: mude de estação! Se o fazemos, lá está o Chico Doido. Então desliga. É isso que não queremos, apagar nossos rádios por causa do péssimo gosto musical de alguns.
Que os DJS tenham seus fãs clubes, e recebem homenagens musicais, mas que toquem apenas em seus aparelhos para a turma que gosta, nada contra, mas empurrar numa geral é pesado demais.
Haja
Paz, sempre


hamiltonpinheiro_1@hotmail.com

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