PONTE BRASIL/FRANÇA
Lula e Sarkozy falarão sobre tráfico de crianças
Lula e Sarkozy falarão sobre tráfico de crianças
Brasília (8 de fevereiro) - O presidente da França, Nicolas Sarkozy, almoçará com o presidente Lula, às 13h30 de terça-feira 12, na cidade de Saint-Georges, Guiana Francesa, colônia da potência européia, que faz divisa com o estado do Amapá por meio do belo rio Oiapoque, no extremo norte da costa brasileira, à porta do Caribe. O menu será a construção da ponte sobre o Oiapoque, ligando o Brasil à França, a ser inaugurada no fim de 2010, com 355 metros de extensão, ao custo de R$ 38,6 milhões.
A construção da ponte foi acertada, em 1997, pelos então presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Jacques Chirac. O governador do Amapá era João Capiberibe (PSB). Em 2005, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou a parceria brasileira no empreendimento, com o mesmo Jacques Chirac, no governo amapaense de Waldez Góes (PDT). Inicialmente, a ponte estava prevista para ficar pronta em 2008.
A idéia da ponte foi costurada pelo ex-governador João Capiberibe. Prestigiado pela esquerda francesa e fluente no idioma de Marcel Proust, Capiberibe idealizou a saída do Amapá pelo Caribe e instituiu o francês na grade curricular das escolas públicas do Amapá.
Um acordo amplo foi firmado, em 1997, entre o Amapá e a Guiana Francesa, prevendo, além da construção da ponte, cooperação nas áreas de comércio, saúde, meio ambiente, transporte e energia, incluindo o projeto de construção de uma hidrelétrica no município de Oiapoque, projeto engavetado pelo atual governador Waldez Góes, que, agora, se vê às voltas com a falência da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), estatal de energia elétrica mergulhada até o pescoço em dívidas.
Não foi divulgado, mas nas entrelinhas da conversa dos presidentes falar-se-á, também, sobre o Mercosul. Macapá, a capital do Amapá, será, fatalmente, a porta de entrada da França no mercado comum da América do Sul. Produtos brasileiros e de outros países do bloco comercial serão desembarcados no Porto de Santana, no quintal de Macapá, e seguirão para Caiena, a capital da Guiana Francesa, pela BR-156, que liga Macapá à cidade amapaense de Oiapoque e, de lá, via ponte, à Caiena.
O Porto de Santana é o mais próximo do Brasil dos mercados americano, europeu e asiático, via Canal do Panamá. Com a conclusão da BR-156 e da ponte sobre o rio Oiapoque, Santana, na zona metropolitana de Macapá, será ligada às Guianas, Colômbia, Venezuela, Manaus, América Central e Caribe. A BR-156, Macapá-Oiapoque, é a única rodovia federal no Amapá. Começou a ser planejada em 1943, quando o então Território Federal do Amapá foi desmembrado do estado do Pará, e jamais foi concluída. É um sumidouro de verbas públicas; tetas intumescidas que os governos que se sucedem no Amapá nunca tiram das suas ventosas.
Com a BR-156 pavimentada e a ponte sobre o rio Oiapoque erguida, o Amapá contará com uma porta para o Caribe e a Europa. Por hora, conta apenas com o Aeroporto Internacional de Macapá, que a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) promete, há muito tempo, tornar decente.
Outro assunto a ser tratado será a invasão de brasileiros, principalmente amapaenses, cerca de 50 mil, que vivem ilegalmente na Guiana Francesa, muitos deles garimpando ouro. Disse, em Paris, Christian Estrosio, secretário de Estado de Ultramar, em entrevista transmitida na Guiana Francesa pela rádio pública RFO: “A extração de ouro estará na ordem do dia da viagem do presidente Nicolas Sarkozy, que eu acompanharei, em fevereiro, à Guiana, onde teremos um encontro com o presidente Lula. Na Guiana, na maior parte do tempo, a extração de ouro em rios é praticada de forma clandestina, criminosa e muitas vezes em quadrilhas militarizadas vindas do Brasil e do Suriname”.
Não sei o que Lula dirá, pois a Amazônia vem sendo devastada, inclusive por hordas de garimpeiros clandestinos, geralmente fugitivos da miséria que assola o sertão nordestino, e fica por isso mesmo. É provável também que Sarkozy queira saber de seu colega o que é feito para combater o tráfico de escravos sexuais na fronteira Brasil/França. A cidade brasileira de Oiapoque é hoje uma Sodoma, antro de prostituição, corrupção de menores, tráfico e latrocínio.
O comércio de crianças amapaenses e paraenses é intenso na Guiana Francesa e no Suriname, principalmente em cidades como Kourou, onde fica a base francesa de lançamento de satélites; o balneário de Montjoly e Saint Laurent. Meninas e meninos amapaenses e paraenses são bastante apreciados em bacanais, corrompidos por promessas de casamento com franceses ou pela possibilidade de ir para a Europa, onde imaginam que possam ganhar até 100 euros, cerca de R$ 400, por programa, escapando, assim, da miséria.
Dos 200 mil habitantes da Guiana Francesa, 50 mil são brasileiros ilegais, amapaenses em sua maioria, que fogem do Amapá, estado assolado pela miséria social, roubalheira de colarinho branco, nepotismo e corrupção no governo. O Amapá é o limbo do Brasil, terreno fértil para aventureiros, e Macapá é uma cidade sem esgoto, cheia de ruas esburacadas, inchada, violenta, acossada por surtos de dengue, enquanto pacientes morrem nos hospitais públicos do estado, devido à roubalheira na Secretaria de Saúde.
A maior economia de Oiapoque é sexo, pois a cidade é a porta de entrada para a prostituição internacional na Amazônia Caribenha. Antes de meninas e meninos seguirem para as três Guianas, passam, geralmente, por um estágio em Oiapoque. Boates locais constituem-se no internato que prepara meninas e meninos para o abate.
Assim, franceses que atravessam o rio Oiapoque atraídos por sexo são recebidos na cidade de braços abertos, inumeráveis bares nos quais o lenocínio prospera, de manhã à noite, açougues onde se pode comprar crianças de, em média, 13 anos. No Amapá, cidades como Laranjal do Jari, Tartarugalzinho, Calçoene e Santana são, como Oiapoque, vitrines de carne infantil.
Boa notícia: uma fonte de Macapá me disse que os presidentes também conversarão sobre a criação de uma universidade Brasil/França, sediada em Oiapoque.
A construção da ponte foi acertada, em 1997, pelos então presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Jacques Chirac. O governador do Amapá era João Capiberibe (PSB). Em 2005, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou a parceria brasileira no empreendimento, com o mesmo Jacques Chirac, no governo amapaense de Waldez Góes (PDT). Inicialmente, a ponte estava prevista para ficar pronta em 2008.
A idéia da ponte foi costurada pelo ex-governador João Capiberibe. Prestigiado pela esquerda francesa e fluente no idioma de Marcel Proust, Capiberibe idealizou a saída do Amapá pelo Caribe e instituiu o francês na grade curricular das escolas públicas do Amapá.
Um acordo amplo foi firmado, em 1997, entre o Amapá e a Guiana Francesa, prevendo, além da construção da ponte, cooperação nas áreas de comércio, saúde, meio ambiente, transporte e energia, incluindo o projeto de construção de uma hidrelétrica no município de Oiapoque, projeto engavetado pelo atual governador Waldez Góes, que, agora, se vê às voltas com a falência da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), estatal de energia elétrica mergulhada até o pescoço em dívidas.
Não foi divulgado, mas nas entrelinhas da conversa dos presidentes falar-se-á, também, sobre o Mercosul. Macapá, a capital do Amapá, será, fatalmente, a porta de entrada da França no mercado comum da América do Sul. Produtos brasileiros e de outros países do bloco comercial serão desembarcados no Porto de Santana, no quintal de Macapá, e seguirão para Caiena, a capital da Guiana Francesa, pela BR-156, que liga Macapá à cidade amapaense de Oiapoque e, de lá, via ponte, à Caiena.
O Porto de Santana é o mais próximo do Brasil dos mercados americano, europeu e asiático, via Canal do Panamá. Com a conclusão da BR-156 e da ponte sobre o rio Oiapoque, Santana, na zona metropolitana de Macapá, será ligada às Guianas, Colômbia, Venezuela, Manaus, América Central e Caribe. A BR-156, Macapá-Oiapoque, é a única rodovia federal no Amapá. Começou a ser planejada em 1943, quando o então Território Federal do Amapá foi desmembrado do estado do Pará, e jamais foi concluída. É um sumidouro de verbas públicas; tetas intumescidas que os governos que se sucedem no Amapá nunca tiram das suas ventosas.
Com a BR-156 pavimentada e a ponte sobre o rio Oiapoque erguida, o Amapá contará com uma porta para o Caribe e a Europa. Por hora, conta apenas com o Aeroporto Internacional de Macapá, que a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) promete, há muito tempo, tornar decente.
Outro assunto a ser tratado será a invasão de brasileiros, principalmente amapaenses, cerca de 50 mil, que vivem ilegalmente na Guiana Francesa, muitos deles garimpando ouro. Disse, em Paris, Christian Estrosio, secretário de Estado de Ultramar, em entrevista transmitida na Guiana Francesa pela rádio pública RFO: “A extração de ouro estará na ordem do dia da viagem do presidente Nicolas Sarkozy, que eu acompanharei, em fevereiro, à Guiana, onde teremos um encontro com o presidente Lula. Na Guiana, na maior parte do tempo, a extração de ouro em rios é praticada de forma clandestina, criminosa e muitas vezes em quadrilhas militarizadas vindas do Brasil e do Suriname”.
Não sei o que Lula dirá, pois a Amazônia vem sendo devastada, inclusive por hordas de garimpeiros clandestinos, geralmente fugitivos da miséria que assola o sertão nordestino, e fica por isso mesmo. É provável também que Sarkozy queira saber de seu colega o que é feito para combater o tráfico de escravos sexuais na fronteira Brasil/França. A cidade brasileira de Oiapoque é hoje uma Sodoma, antro de prostituição, corrupção de menores, tráfico e latrocínio.
O comércio de crianças amapaenses e paraenses é intenso na Guiana Francesa e no Suriname, principalmente em cidades como Kourou, onde fica a base francesa de lançamento de satélites; o balneário de Montjoly e Saint Laurent. Meninas e meninos amapaenses e paraenses são bastante apreciados em bacanais, corrompidos por promessas de casamento com franceses ou pela possibilidade de ir para a Europa, onde imaginam que possam ganhar até 100 euros, cerca de R$ 400, por programa, escapando, assim, da miséria.
Dos 200 mil habitantes da Guiana Francesa, 50 mil são brasileiros ilegais, amapaenses em sua maioria, que fogem do Amapá, estado assolado pela miséria social, roubalheira de colarinho branco, nepotismo e corrupção no governo. O Amapá é o limbo do Brasil, terreno fértil para aventureiros, e Macapá é uma cidade sem esgoto, cheia de ruas esburacadas, inchada, violenta, acossada por surtos de dengue, enquanto pacientes morrem nos hospitais públicos do estado, devido à roubalheira na Secretaria de Saúde.
A maior economia de Oiapoque é sexo, pois a cidade é a porta de entrada para a prostituição internacional na Amazônia Caribenha. Antes de meninas e meninos seguirem para as três Guianas, passam, geralmente, por um estágio em Oiapoque. Boates locais constituem-se no internato que prepara meninas e meninos para o abate.
Assim, franceses que atravessam o rio Oiapoque atraídos por sexo são recebidos na cidade de braços abertos, inumeráveis bares nos quais o lenocínio prospera, de manhã à noite, açougues onde se pode comprar crianças de, em média, 13 anos. No Amapá, cidades como Laranjal do Jari, Tartarugalzinho, Calçoene e Santana são, como Oiapoque, vitrines de carne infantil.
Boa notícia: uma fonte de Macapá me disse que os presidentes também conversarão sobre a criação de uma universidade Brasil/França, sediada em Oiapoque.
Um comentário:
Arre, o primeiro comentário inteligente sobre a viagem de Lula e Sarkozy ao Amapá!
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