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2/02/2008

Coluna do Álvaro Jorge


Estamos aí

Em cumprimento a Determinação e Notificação do meu amigo e confrade formado em Direito, Aldemyr Feio, uma das mais interessantes figuras humanas que tenho conhecido, pela riqueza de suas facetas mentais, coexistindo maravilhosamente, ao lado do mais monolítico dos caracteres, honra-me elaborar esta matéria prima para o seu jornal, que em tão boa hora foi produzido pela riqueza de seu código genético. Razão pela qual, destaco dois atributos mais salientes de sua personalidade: a racionalidade na apreciação do ser humano e das coisas, e a liberdade no seu relacionar-se com eles e consigo mesmo, que lhe dão inexcedível capacidade de compreensão e de formulação.
Ele é, indiscutivelmente, um centro irradiador de lucidez e de elucidações, como bem demonstra este seu jornal, formatado de forma invejável com esta mais importante ferramenta para o homem:conhecimento. Portanto, depois deste abrir de cortinas para as atuais e futuras gerações proponho que o " JORNAL DO FEIO” realize um seminário virtual para elaboração de propostas a serem discutidas e analisadas, à luz da razão e do bom senso, no Fórum Social Mundial, que se realizará nesta capital, em 2009, para a construção de uma sociedade mais justa.
Poderá ser elaborado um documento embasado na forma e conteúdo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Assembléia Geral da ONU, em Paris,dia 10 de dezembro de 1948, e que até a presente data a história registra violações em todos os pontos do planeta. E, neste documento poderemos apresentar uma espécie de Carta de Belém, atualizando os 30 artigos da Declaração, subscrito pelos representantes de todas as nações,inclusive,pelo Secretário Geral da ONU.
A luta do homem, em busca da liberdade e de justiça, tem sido uma constância desde o princípio do mundo, mas apenas na segunda metade do século XVIII, ele começou a conquistar,de forma relativa,algumas dessas liberdades. E, mais recentemente, ou seja, na primeira metade do século XX, teve os seus direitos declarados, com a publicação dessa Declaração Universal dos Direitos Humanos. Mas, depois dessas vitórias, o homem vive travando uma luta diária e sem tréguas, para conservá-las em meio a tantos conflitos sociais que atacam a humanidade.
Tem sido difícil distribuir justiça e reivindicar direitos, porque o jogo de interesses, o embate hierárquico das normas jurídicas, o perfil conflitante na redação de textos confundem juízes, tribunais e a expansão da mídia perversa inverte conceitos, cria falsos mitos, enaltece os que se despem de caráter, divulgam pregadores de demagogia que se vestem de deuses e aproveitam sua notória habilidade para ganhar os dividendos do poder.
Antes da Declaração Universal dos Direitos Humanos, havia sido publicada na França, desde 1789, a Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, que não se confundem no tempo e nos objetivos. Aquela foi uma conseqüência da Revolução Francesa de 14 de julho de 1789, tratando das liberdades individuais de manifestação de pensamento e outros aspectos filosóficos,enquanto esta trata dos direitos do homem desde o seu nascimento.
Esta Declaração Universal, nos seus 30 artigos proclamados após tantos séculos de luta, consagrou a verdadeira liberdade humana, a essência da justiça, da educação, da família, da Pátria e do bem-estar de cada individuo. Foi elaborada num cenário repleto de discussões sobre filosofias diferentes, que defendiam as ideologias do comunismo e do capitalismo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Meu caro Feio, parabéns pela aquisição do Jornalista Álvaro Jorge, além de excelente caráter é uma das pessoas mais iluminadas de nosso jornalismo que, inclusive, me honra com sua amizade.
josé wilson malheiros