Foto:Lucivaldo Sena
Nesta segunda-feira, 14, a Prefeitura de Belém será contemplada com a Placa CARAS 7 Maravilhas/Mercado Ver-o-Peso, que consagra o ponto turístico como uma das Sete Maravilhas Brasileiras. Em cerimônia realizada no Solar da Beira, às 9h, o prefeito Duciomar Costa receberá a homenagem das mãos do gerente de Marketing da Revista Caras, Fábio Cavicchioli. O receptivo do evento tem a parceria da Companhia Paraense de Turismo (Paratur), representada na ocasião pela presidente Ann Pontes.
A maior feira livre da América Latina ganhou o título em um concurso promovido pelo HSBC e Revista Caras, na internet, onde mais de meio milhão de pessoas votaram. O Ver-o-Peso é um dos mais significativos símbolos de representação do povo e da cultura paraenses. É um lugar que concentra misticismos, crenças, hábitos e atividades expressivas do povo amazônida.
"Esta é uma eleição que, além de nos encher de orgulho e satisfação, é mais do que merecida. Afinal, muitas são as atrações que fizeram o Ver-o-Peso receber essa expressiva votação, tais como a própria história da construção do mercado, as suas tradições, os seus cheiros, produtos, temperos e, especialmente, essa gente maravilhosa, atenciosa e hospitaleira", defende o prefeito de Belém Duciomar Costa.Os profissionais que trabalham no Ver-o-Peso, segundo o gestor municipal, têm no mercado não somente um meio de vida mas, sobretudo, a satisfação de ganhar o seu sustento num lugar que esbanja tradição, cordialidade, bom humor e desbanca qualquer concorrência no quesito 'a cara de Belém'.
História - O espaço, hoje registrado como um dos principais pontos turísticos do Brasil, surgiu no século XVIII, como um posto de fiscalização e tributos. Era a chamada Casa do Haver o Peso, onde a fiscalização também incluía o peso dos produtos comercializados.
Pertinho dessa Casa, agora atracam barcos, lanchas e outras embarcações, formando uma das mais típicas paisagens do centro histórico e comercial de Belém. No passado havia ali uma aldeia dos Tupinambás, que se servia do igarapé do Piri, uma espécie de ancoradouro natural das ubás indígenas.
Com o tempo, o lugar da antiga aldeia cresceu em volta do Forte do Castelo, o marco da fundação de Belém. Com esse crescimento, surgiram colégios e igrejas dos Jesuítas, as primeiras construções da cidade.A arquitetura do Ver-o-Peso combina estilos neoclássicos com peças de ferro e gradil importados da Europa. Isto é bastante visível no mercado de carne, conhecido como o Mercado de Ferro do Ver-o-Peso. Trazido da Inglaterra, a construção é uma tradução do luxo e bom gosto da época.
O Mercado de Peixe é outra particularidade. Ao seu redor, um verdadeiro mundo místico se resume nas barracas de vendas de ervas medicinais, usadas em rituais sagrados e na produção de raízes aromáticas, como o tradicional "cheiro-do-Pará", usado para perfumar armários de roupas e ambientes. Além disso, essas ervas são transformadas em produtos regionais usados para tudo, principalmente para atrair sorte, dinheiro e amor.A magia e a beleza dessa feira se completam com o movimento, o fluxo diário de pessoas, as barracas de vendas de frutas, verduras, legumes e comidas. Aliás, no rol de refeições há também pratos típicos e lanches, como o tradicional "Mingau do seu Alcides". As comidas regionais podem ser encontradas prontas ou semi-prontas, como a maniva pré-cozida para a maniçoba, o tucupi temperado e outras iguarias. Há, ainda, a venda de artesanato, plantas, aves, peças de fogão, geladeira, panela e tudo o que mais se imaginar.
Solar da Beira - Todo esse complexo abriga, ainda, a Praça do Pescador, onde se pode apreciar a Baía de Guajará, o cais do porto e um belo prédio, bem no centro da feira. É o Solar da Beira, mais um ponto histórico no Ver-o-Peso. Esse complexo se estende até a Feira do Açaí (onde fica a Casa do Haver o Peso), que é ligada pela Ladeira do Castelo (a primeira rua de Belém) a um outro tesouro turístico, bem no coração da Cidade Velha: o espaço que abriga o Forte do Castelo, a Igreja da Sé, a sua pracinha (Frei Caetano Brandão) e Complexo Feliz Lusitânia. É nesse ponto que começaram a ser traçadas as primeiras linhas da história de Belé .
E nessa história, o Ver-o-Peso ocupa um capítulo especial, pois já faz parte da cultura do paraense e do roteiro dos turistas. O mercado é uma relíquia instalada à beira da baía, que funciona como um verdadeiro "canto de sereia" para quem quer conhecer as maravilhas da Amazônia.
Economia - Somente na Feira do Ver-o-Peso trabalham mais de cinco mil pessoas, em 1.250 barracas, distribuídas em 19 setores, que vão desde hortifrutigranjeiros, importados, mercearia, refeição, a peixe seco, artesanato e ervas medicinais. A capital paraense possui, ao todo, 42 feiras livres, 18 mercados e quatro portos.O reconhecimento do Ver-o-Peso como uma das Sete Maravilhas Brasileiras, concedido pela Revista Caras, é mais uma contribuição que enriquece a história do local, eleva a auto-estima do belenense e a imagem do turismo paraense no cenário mundial.
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Benigna Soares
e Ana Cláudia Martins
A maior feira livre da América Latina ganhou o título em um concurso promovido pelo HSBC e Revista Caras, na internet, onde mais de meio milhão de pessoas votaram. O Ver-o-Peso é um dos mais significativos símbolos de representação do povo e da cultura paraenses. É um lugar que concentra misticismos, crenças, hábitos e atividades expressivas do povo amazônida.
"Esta é uma eleição que, além de nos encher de orgulho e satisfação, é mais do que merecida. Afinal, muitas são as atrações que fizeram o Ver-o-Peso receber essa expressiva votação, tais como a própria história da construção do mercado, as suas tradições, os seus cheiros, produtos, temperos e, especialmente, essa gente maravilhosa, atenciosa e hospitaleira", defende o prefeito de Belém Duciomar Costa.Os profissionais que trabalham no Ver-o-Peso, segundo o gestor municipal, têm no mercado não somente um meio de vida mas, sobretudo, a satisfação de ganhar o seu sustento num lugar que esbanja tradição, cordialidade, bom humor e desbanca qualquer concorrência no quesito 'a cara de Belém'.
História - O espaço, hoje registrado como um dos principais pontos turísticos do Brasil, surgiu no século XVIII, como um posto de fiscalização e tributos. Era a chamada Casa do Haver o Peso, onde a fiscalização também incluía o peso dos produtos comercializados.
Pertinho dessa Casa, agora atracam barcos, lanchas e outras embarcações, formando uma das mais típicas paisagens do centro histórico e comercial de Belém. No passado havia ali uma aldeia dos Tupinambás, que se servia do igarapé do Piri, uma espécie de ancoradouro natural das ubás indígenas.
Com o tempo, o lugar da antiga aldeia cresceu em volta do Forte do Castelo, o marco da fundação de Belém. Com esse crescimento, surgiram colégios e igrejas dos Jesuítas, as primeiras construções da cidade.A arquitetura do Ver-o-Peso combina estilos neoclássicos com peças de ferro e gradil importados da Europa. Isto é bastante visível no mercado de carne, conhecido como o Mercado de Ferro do Ver-o-Peso. Trazido da Inglaterra, a construção é uma tradução do luxo e bom gosto da época.
O Mercado de Peixe é outra particularidade. Ao seu redor, um verdadeiro mundo místico se resume nas barracas de vendas de ervas medicinais, usadas em rituais sagrados e na produção de raízes aromáticas, como o tradicional "cheiro-do-Pará", usado para perfumar armários de roupas e ambientes. Além disso, essas ervas são transformadas em produtos regionais usados para tudo, principalmente para atrair sorte, dinheiro e amor.A magia e a beleza dessa feira se completam com o movimento, o fluxo diário de pessoas, as barracas de vendas de frutas, verduras, legumes e comidas. Aliás, no rol de refeições há também pratos típicos e lanches, como o tradicional "Mingau do seu Alcides". As comidas regionais podem ser encontradas prontas ou semi-prontas, como a maniva pré-cozida para a maniçoba, o tucupi temperado e outras iguarias. Há, ainda, a venda de artesanato, plantas, aves, peças de fogão, geladeira, panela e tudo o que mais se imaginar.
Solar da Beira - Todo esse complexo abriga, ainda, a Praça do Pescador, onde se pode apreciar a Baía de Guajará, o cais do porto e um belo prédio, bem no centro da feira. É o Solar da Beira, mais um ponto histórico no Ver-o-Peso. Esse complexo se estende até a Feira do Açaí (onde fica a Casa do Haver o Peso), que é ligada pela Ladeira do Castelo (a primeira rua de Belém) a um outro tesouro turístico, bem no coração da Cidade Velha: o espaço que abriga o Forte do Castelo, a Igreja da Sé, a sua pracinha (Frei Caetano Brandão) e Complexo Feliz Lusitânia. É nesse ponto que começaram a ser traçadas as primeiras linhas da história de Belé .
E nessa história, o Ver-o-Peso ocupa um capítulo especial, pois já faz parte da cultura do paraense e do roteiro dos turistas. O mercado é uma relíquia instalada à beira da baía, que funciona como um verdadeiro "canto de sereia" para quem quer conhecer as maravilhas da Amazônia.
Economia - Somente na Feira do Ver-o-Peso trabalham mais de cinco mil pessoas, em 1.250 barracas, distribuídas em 19 setores, que vão desde hortifrutigranjeiros, importados, mercearia, refeição, a peixe seco, artesanato e ervas medicinais. A capital paraense possui, ao todo, 42 feiras livres, 18 mercados e quatro portos.O reconhecimento do Ver-o-Peso como uma das Sete Maravilhas Brasileiras, concedido pela Revista Caras, é mais uma contribuição que enriquece a história do local, eleva a auto-estima do belenense e a imagem do turismo paraense no cenário mundial.
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Benigna Soares
e Ana Cláudia Martins
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