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4/22/2008

José Wilson Malheiros


POBRE SANTA CASA!


Desde o tempo de nossos avós aprendemos a respeitar a Santa Casa de Misericórdia, de Belém do Pará.
Esse hospital secular tem prestado bons serviços às pessoas de todos os matizes sociais, no transcurso de sua respeitável história permeada de crises e de prosperidades.
As Santas Casas foram trazidas para o Brasil pelos nossos irmãos portugueses.
A nossa, aqui no Pará, sempre foi imprescindível como hospital, escola, lenitivo, socorro e amiga certa das horas incertas.
Falam os jornais que atualmente mais uma crise se abate sobre a instituição, causando insatisfação salarial nos médicos que ali labutam, falta de recursos materiais para atender a demanda de maneira digna e eficiente.
Todos sabem que a Santa Casa é uma espécie de Fênix, que de tempos em tempos ressurge das cinzas para continuar cumprindo sua missão.
Esta não é a primeira vez. Nem faz tanto tempo assim, eles estavam atolados de dívidas trabalhistas de gravidade tamanha.
Era, realmente, uma ameaça muito séria à sobrevivência do tradicional hospital que todos aprendemos a respeitar.
Foi quando surgiu, na oportunidade, a figura do Juiz Roberto Santos com a idéia salvadora.
Centralizou os pagamentos das dívidas em uma das Varas da Justiça do Trabalho, efetuou intervenções administrativas até que novamente a Casa pudesse voltar a andar com as próprias pernas, livre dos credores.
Em suma, sarou e ressuscitou o paciente.
Vemos agora que o problema – para preocupação de todos o que sabemos da importância da Santa Casa – ameaça a se repetir.
Seria uma recaída ou a volta de uma doença crônica (hipótese que nos recusamos a acreditar, dada a importância da instituição)?
Resgatemos esse hospital, uma das poucas tábuas de salvação – hoje em dia – dos afogados pela sorte, os pobres, os desvalidos, que são o grosso da clientela.
Que tal implantarmos uma administração profissional nos moldes da que coloca ainda hoje em prática uma plêiade de homens interessados no bem comum, liderados pelo grande empresário Antônio Hermírio de Morais em sua Beneficência Portuguesa, na capital paulista?
Não falo em privatização e sim em aproveitamento da experiência de cidadãos, de líderes de notório sucesso na iniciativa privada para aplicação nessa iniciativa que não somente os engrandeceria como faria um bem muito grande à comunidade.
Não custa tentar. Pessoas capazes não faltam em nosso Estado para uma tarefa de tamanha magnitude e abnegação como essa.
Fica a sugestão. Os acertos jurídicos, ainda que imprescindíveis, ficam para uma segunda etapa.
______________________

jwmalheiros@hotmail.com

2 comentários:

Anônimo disse...

Caro:
Professor Dr. Malheiros
Concordo em gênero número e "degrau" com dizia o Vicente Matheus com esta colocações e peço permissão para divulgar este texto em nosso programa na Rádio Clube do Pará
Atenciosamente
J.R. Avelar - jornalista sem diploma

José WILSON MALHEIROS da Fonseca disse...

MEU PREZADO IRMÃO J. AVELAR, QUANTA SATISFAÇÃO EM RECEBER SEU RECADO. ESTÁ MAIS QUE AUTORIZADO A DIVULGAR A MATÉRIA, O QUE MUITO ME HONRA.
jwmalheiros@hotmail.com
]josé wilson