4/14/2008
Outeiro – 115 anos fazendo feliz o povo de Belém
No dia em que completa 115 anos, nesta segunda-feira, 14 de abril, a ilha de Caratateua, mais conhecida como Outeiro, busca insistentemente políticas públicas que permitam a seus mais de 80 habitantes a garantia de uma identidade econômica e sociocultural que proporcione mais emprego, geração de renda e benefícios públicos, como melhorias no transporte coletivo e na infra-estrutura do distrito, cujas praias são as mais freqüentadas pelos belenenses nos finais de semana, feriados e temporadas de férias.
Começo - Outeiro, teve seu início na história quando vários locais de suas áreas serviam de cemitério para os índios nos tempos antes da fundação de Belém -especialmente no bairro que hoje se chama Itaiteua. A Ilha era chamada por eles de “Caratateua”, que no dialeto tupi guarani, quer dizer: “lugar das grandes batatas” (ou das muitas batatas). Os portugueses batizaram de Outeiro que para eles quer dizer: “pequenos morros”. De acordo com Antonino Alves da Nóbregam autor do livreto “História do Outeiro”- lançado no início do ano – essa denominação foi dada pelo rei de Portugal, D. João VI, “devido a ilha ser de terra alta, muito bonita com muitas praias”.
Em abril desse mesmo ano, o então Governador da Província do Grão Pará, capitão geral Alexandre de Souza Freire, concedeu Outeiro à terceiros, (através da carta das sesmarias, que oficializava a doação de terras a particulares objetivando sua ocupação), As sesmarias se espalharam por todas as colônias, e só foram extintas após a Independência do Brasil.
A segunda fase de colonização de Outeiro se deu no ano de 1893 quando foi criada pelo governador José Paes de Carvalho (1901), a Colônia de Outeiro (ou núcleo modelo de colonização) constituída por retirantes nordestinos italianos, espanhóis e portugueses. Uma segunda hospedaria em Outeiro foi implantada na antiga colônia agrícola – que depois foi Patronato, Escola Agrícola Manoel Barata, Colégio Agrícola Manoel Barata, até ser transferida para Castanhal em 1973. No local, atualmente funciona as dependências do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças — CFAP -, que recebeu em 14 de abril de 1893, doze famílias italianas que deram o pontapé definitivo na colonização de Outeiro.
Autonomia - Até meados de 1990 o Outeiro era subordinado a Agência Distrital de Icoarací. Outeiro tinha um supervidor. O último foi o senhjor Galdino farias, falecido. No dia 12 de janeiro de 1994 foi assinado pelo prefeito Hélio Gueiros um decreto criando oito administrações regionais de Belém. Nesse dia foi inclusive foi sancionado o Plano diretor das Ilhas de Outeiro e Mosqueiro.
No ano seguinte, exatamente no dia 17 de maio 1995, Hélio Gueiros sancionou Lei Ordinária N.º 7753 que criou a Administração Regional do Outeiro (AROUT). órgão de gestão regional, diretamente subordinada ao Chefe do Executivo Municipal.
Dessa forma Outeiro passou a ser Distrito – nada de Agência Distrital e nem Agência Regional e sim Administração Regional, com sua própria autonomia. Aliás, Outeiro é a única administração regional legalizada.
Por uma questão de justiça, o intento de autonomia do Oiteiro só foi realizado na gestão do Prefeito Edilson Brito Rodrigues, que a partir de 1997, pôs em prática a divisão de Belém em oito distritos administrativos.
A criação da Administração Regional do Outeiro – com sede administrativa ma Ilha de Caratateua - teve como finalidade agregar as ilhas de Belém de forma mais eficiente ao contexto administrativo do município, ainda, os elos mais próximos, temporal, físicos e de identidade natural. Além disso, promove a incorporação das demais ilhas à realidade da administração pública.
Outeiro é composto por 26 ilhas situadas no centro leste: Ilha de Caratateua, Cotijuba, Combú, do Maracujá, Murutucum, de Paquetá-Açu, de Jutuba, Grande (longa), Urubuoca, Nova, Satélite, dos Patos, do Papagaio, da Mirim, Jararaca, Jararaquinha, Coroinha de Tatuoca, do Fortim, do cruzador, de Santa Cruz e mais cinco sem denominação ou habitantes.
Possui uma população de aproximamente 80 mil habitantes – com 14..266 domicílios – distribuídos em sete barros: Água Boa, o mais populoso, Brasília, São João do Outeiro, Água Cristalina, Fidelis, Itaiteua e Fama.
O Distrito possui uma área de 110.362 m2, e administra o espaço físico de 25 ilhas, de um total de 42, pertencentes ao município. Tais características se refletem na oscilação da população, nos finais de semana (10 a 20.000 pessoas) e no período de alta estação, mês de julho, quando sua população atinge 100 a 120.000 pessoas, ou mais.
Ilha de Catatateua - A sua posição geográfica, de frente para a Baía de Santo Antônio, lhe confere uma fisiografia com sete praias (Brasília, Prainha, dos, Grande, do Amor, Ponta do Barro Branco e da Água Boa), - além dos balneários Paraíso dos Reis (São João do Outeiro) e Curuperé, no bairro de Água Cristalina - o que lhe confere a condição de Balneário mais próximo da área central do município. Tais características se refletem na oscilação da população, nos finais de semana (10.00 a 5.000 pessoas) e no período de alta estação, mês de julho, quando sua população atinge a mais ou menos 50.000 pessoas.
É o balneário mais próximo de Belém. Situa-se à 18 Km da capital. Suas praias, de água doce, são bastante procuradas nos finais de semana e feriados prolongados. À beira-mar há uma variedade grande de bares e restaurantes que oferecem o tradicional peixe frito. Lá já é possível ter contato com a imensidão da Baía do Guajará, o movimento de maré da água doce e a fartura dos peixes da região. Um final de tarde na Praia do Amor é um passeio imperdível.
Cotijuba - A segunda ilha mais importante de Caratateua, - a ilha de Cotijuba com mais ou menos 6.000 habitantes distribuídos em 1650 domicílios, tem uma área de 15.808.495.144 m2, bastante visitada nas temporadas de veraneio, uma região rica em paisagens e exemplos da harmonia do homem amazonida com a natureza. A ilha de Cotijuba ou “ilha da trilha dourada” (tradução do nome indígena), é um exemplo visível dessa realidade.
Banhada pela baia do Marajó, Cotijuba possui 19 quilômetros de extensão e localidades com as suas características naturais: Praia do Farol, do Amor, da Saudade, da Flecheira, Praia Funda, Vai-quem-quer, Praia das Tintas, Pedra Branca e Praia do Pescador, que compõem a rica orla desse local. Algumas dessas praias são de fácil acesso aos visitantes, próximas do núcleo da vila; outras só para aqueles que se permitem uma boa caminhada entre a flora da ilha num verdadeiro passeio ecológico. Quanto maior à distância, mais intactas as praias são mantidas Quanto maior à distância, mais intactas as praias são mantidas. Cotijuba possui um supervisor diratamente ligado ao administrador regional do Outeiro.
Ocupação- O problema de ocupação na ilha de Caratateua, tem início na década de 80 com a construção da ponte Enéas Pinheiro, que homenageia um ex-governador paraense; e que liga Icoaraci a Outeiro, construída no fin al do segundó governo Jader Barbalho . Esse fato iniciou um processo de ocupação desordenada (devido o problema de ocupação urbana de Belém), o que faz a ilha de Caratateua ser “Área de expansão urbana de Belém” (o Plano Diretor da ilha de Caratateua dá com diretriz zona rural de Belém).
Escola Bosque – A Fundação Centro de Referência em Educação Ambiental Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira (Funbosque) está situada na ilha de Caratateua - Avenida Nossa Senhora da Conceição esquina com a Rua Manoel Barata – Bairro de São João do Outeiro. numa área preservada, de floresta tropical secundária, com 120.000 m2 (12 hectares). Da área total, apenas 4.100 m2, cerca de 3,4%, são ocupados com as instalações físicas da Escola, mantendo coerência com a sua proposta pedagógico-ambiental. A arquitetura dos prédios valoriza a adaptação às condições ambientais, de maneira a permitir uma coexistência harmônica entre o homem e o meio ambiente.
A iniciativa para a criação da Escola Bosque partiu das aspirações e da mobilização da comunidade do Outeiro, na ilha de Caratateua. Trata-se de uma área onde a população predominante é de famílias de baixa renda, que se conscientizaram sobre a necessidade de preservar o meio ambiente, propiciando a seus filhos e a si próprios uma educação integrada à natureza da região.
Implantada na Administração Hélio Gueiros, a Escola Bosque tem como objetivo principal contribuir para a formação de uma nova ética social e ambiental, aliando a preocupação com os problemas globais ligados ao processo de degradação do meio ambiente, aos problemas cotidianos, resultantes da ação predatória do homem, tendo como horizonte a afirmação da cidadania.
Enquanto centro de referência, é finalidade da Escola Bosque fomentar a educação ambiental em caráter formal e não formal, difundindo-a prioritariamente junto à Rede Municipal de Ensino de Belém, mediante a formação de profissionais ligados à área de estudos sobre o meio ambiente e a implementação de projetos e ações educacionais voltados para a sua preservação. Atuando em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, a Escola tem também como prioridade o atendimento à demanda educacional das ilhas, que representam 69% da superfície do Município de Belém.
A Escola Bosque tornou-se famosa como centro de referência em educação ambiental e ganhou prêmios e menções honrosas fora do Brasil, na Argentina, Chile Equador, Guatemala e no México.
Fênix - A administração Duciomar Costa juntamente com a professora Terezinha Gueiros eatão procedendo a restauração total fa Escola Bosque. Tudo está feito de forma que ela que retorne às finalidades iniciais de referência em Educação Ambiental, com menos alunos e um corpo docente de alto nível entre professores, engenheiros florestais e técnicos em turismo.
Alem disso, de acordo com a professora Rita Nery, técnica da Semec. a Prefeitura de Belém tem planos ousados para a Escola Bosque. Como a Fênix, ela vai ressurgir das cinzas”, afirma. Está sedo transformada no Centro e Desenvolvimento Insular, não apenas como referencial de Educação Ambiental como também de centro de irradiação de turismo com a participação total da Comunidade. Como se não fosse bastante, dentro da expansão da Escola Bosque, a atual administração pretende recuperar totalmente as ruínas do antigo Educandário Nogueira de Faria (Cotijuba) e transformá-lo num centro de cultura e lazer. O local será a Central de Desenvolvimento das ilhas, um projeto a ser desenvolvido pela atual administração municipal. “E isso não vai demorar muito” garante a educadora.
Meio Ambiente - Outeiro está integrado na luta pela preservação do meio ambiente das ilhas próximas de Belém administrado pela Secretária Municipal de Meio Ambiente/Semma. Sob o comando do administrador Elinaldo Ferreira e coordenado por Afonso Luz do setor de meio ambiente, a AROUT tem promovido ao longo do ano vários encontros em Cotijuba e ilhas adjacentes sobre a preservação da fauna, flora e recursos hídricos na tentativa de conscientizar essas populações as populações para a importância do meio ambiente.
Escola de Pesca – O melhor presente que Outeiro poderia ganhar pelos 115 anos, é a Escola de Pesca, que será entregue à população nesta quinta-feira, 17 de abril. Instalada em prédio moderno e funcional no bairro de Itaiteua, a Escola de Pesca ajudará com conhecimentos técnicos necessários e essenciais, a formação de novos profissionais nessa atividade.
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2 comentários:
Olá me Chamo Dayse sou aluna da Escola Bosque e tenho 19 anos de idade.
Achei de + importante esse Documento sobre a nossa Ilha de Caratateu eu estou fazendo 1 trabalho sobre os pontos Turistico no Bairro da Brasília e achei algumas pontos como a Praia, o Porto da Sotave,praça da brasília etc....
E eu precisava desse histórico,por isso estou aki para agradecer!!
Muito Obrigadoooooooooo
Olá me Chamo Dayse sou aluna da Escola Bosque e tenho 19 anos de idade.
Achei de + importante esse Documento sobre a nossa Ilha de Caratateu eu estou fazendo 1 trabalho sobre os pontos Turistico no Bairro da Brasília e achei algumas pontos como a Praia, o Porto da Sotave,praça da brasília etc....
E eu precisava desse histórico,por isso estou aki para agradecer!!
Muito Obrigadoooooooooo
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