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5/31/2008


Brasília – O rio Amazonas é o maior do mundo, afirma o vice-presidente da Sociedade Geográfica de Lima, professor Zaniel Novoa, após 12 anos de investigações, confirmando a versão do explorador polonês Jacek Palkiewicz, que, em 1996, localizou a nascente do rio sul-americano. Até a segunda metade do século XX, os geógrafos apontavam o rio Nilo, na África, com 6.857, como o maior do mundo. Desde que o rio foi batizado, em 1500, foram identificadas nascentes em vários pontos do Peru, contudo a nascente verdadeira encontra-se a 7.040 quilômetros do mar, a 5.179 metros de altitude, próximo do monte nevado Quehuisha, na região sul de Arequipa, no Peru.
O Amazonas foi chamado pelo navegador espanhol Vicente Yañez Pizón, em 1500, de Mar Doce, e o também espanhol Francisco Orellana mudou-o para Amazonas, em 1542. Ao entrar em território brasileiro, o gigante recebe o nome de Solimões, até Manaus.
O colosso marrom é a espinha dorsal da maior bacia hidrográfica do mundo, formada por 7 mil afluentes, abrangendo uma área, segundo a Agência Nacional de Águas, de 6.110.000 quilômetros quadrados, no norte da América do Sul, banhando Peru (17%), Equador (2,2%), Bolívia (11%), Brasil (63%), Colômbia (5,8%), Venezuela (0,7%) e Guiana (0,2%). Só a bacia do rio Negro contém mais água doce do que a Europa.
Da nascente até 1.900 quilômetros, o Amazonas desce 5.440 metros; nos 5.140 quilômetros, até o Atlântico, a queda é de apenas 60 metros. Suas águas correm a uma velocidade média de 2,5 quilômetros por hora, chegando a 8 quilômetros, em Óbidos, cidade paraense a mil quilômetros do mar e ponto da garganta mais estreita do Amazonas, com 1,8 quilômetro de largura e 50 metros de profundidade.
Fora do estuário, a parte mais larga situa-se próxima à boca do rio Xingu, à margem direita, no Pará, com 20 quilômetros de largura, mas nas grandes cheias chega a mais de 50 quilômetros de largo, quando as águas sobem ao nível de até 16 metros. O Amazonas é navegável por navios de alto-mar da embocadura à cidade de Iquitos, no Peru, ao longo de 3.700 quilômetros. Seu talvegue, nesse curso, é sempre superior a 20 metros; chega a meio quilômetro de profundidade próximo à foz. A bacia amazônica conta com 25 mil quilômetros de rios navegáveis.
A vazão média do rio-mar é de pelo menos 200 mil metros cúbicos de água por segundo, o suficiente para encher 8,6 baías da Guanabara em um dia. No Atlântico, despeja, em média, 400 mil metros cúbicos de água por segundo; chega, portanto, a despejar 600 mil metros cúbicos de água por segundo no mar. Num único dia, o Amazonas deságua no Atlântico mais do que a vazão de um ano do rio Tamisa, na Inglaterra. O colosso contém mais água do que os rios Nilo, na África; Mississipi, nos Estados Unidos; e Yangtzé, na China, juntos.
O Amazonas despeja também no mar 3 milhões de toneladas de sedimento por dia, 1.095.000.000 de toneladas por ano. O resultado disso é que a costa do Amapá está crescendo. A boca do rio, escancarando-se do arquipélago do Marajó, no Pará, até a costa do Amapá, mede 240 quilômetros, e sua água túrgida de húmus penetra 320 quilômetros no mar, atingindo o Caribe nas cheias e fertilizando o Atlântico com 20% da água doce do planeta.
O húmus despejado pelo gigante no Atlântico torna a costa do Amapá uma explosão de vida marinha, o ponto mais rico da Amazônia Azul, no Brasil mais mal-guardado pela Marinha de Guerra e menos estudado pela academia.
“O que me intriga, não apenas no conteúdo da educação fundamental brasileira, mas também na base de informações científicas e acadêmicas no Brasil, é a pobreza de informações ambientais e biológicas sobre essa região, batizada de Mar Dulce pelo navegador espanhol Vicente Yañez Pinzón, em 1500, mesmo ano em que Cabral achava o Brasil” – comenta o oceanógrafo Frederico Brandini.
Brandini lembra que, no Amapá, as autoridades estão pouco preocupadas com o estudo da Amazônia Atlântica. Na Amazônia, não há sequer um curso de oceanografia e as costas do Amapá e do Pará são um inacreditável banco de vidas marinhas, coalhado de piratas, que vão lá pegar, de arrastão, lagostas, camarão pitu e outros frutos do mar. Pescadores paraenses já capturaram na altura da Vila de Sucuriju, no município de Amapá, marlim azul de meia tonelada. Nem Ernest Hemingway, no Gulf Strean, conseguia espadarte desse porte.

Fórum de turismo se reúne
no pólo Araguaia Tocantins

O pólo Araguaia Tocantins vai sediar, na próxima segunda-feira, dia 2 de junho, a 30ª Reunião Ordinária do Fórum de Desenvolvimento Turístico do Estado do Pará. O evento, que reúne diversas entidades, órgãos municipais e estaduais de turismo tem como objetivo a mobilização, articulação e fortalecimento do turismo paraense. É um diálogo entre os diversos setores em busca de alternativas que garantam o desenvolvimento do Estado tendo como ferramenta o turismo.
Resultado de uma deliberação do Fomentur as reuniões já ocorreram nos pólos Marajó, Tapajós e Amazônia Atlântica, tendo como sede os municípios de Salvaterra, Santarém e Tracuateua, representando os respectivos pólos.
Na pauta da reunião desta segunda, que começa às 9 horas no auditório do Hotel Itacaiunas, em Nova Marabá, a presidente do Forum Regional, Isis Mourão, fará uma exposição sobre o pólo Araguaia Tocantins. A turismóloga mostrará o que aquela importante região turística, composta por diversos municípios como Marabá, Tucuruí, Itupiranga, Conceição do Araguaia, entre outros, tem a oferecer aos visitantes.
O Plano de Desenvolvimento Turístico da região Araguaia também está na pauta com Eugênio Peres, assim como o Plano de Desenvolvimento Turístico da região Tocantins, que será apresentada pela secretária de turismo de Tucuruí, Mariana Bogea. À tarde representantes da Companhia Paraense de Turismo (Paratur), apresentam uma pesquisa de fluxos turístico para a região, as prioridades de ações do Fomentur, definidas no início do ano durante uma oficina de planejamento.
Também está na pauta a participação do Pará no Salão do Turismo - Roteiros do Brasil, que ocorre em junho em São Paulo e a Feira Internacional de Turismo da Amazônia – Fita, que acontece em dezembro no Hangar Amazônia.
Além da presidente do Fomentur e da Paratur, Ann Pontes e de sua equipe técnica, também participam da reunião representantes da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo – Abrajet Pará, da Coordenadoria Municipal de Turismo de Belém (Belemtur), prefeituras de Marabá e Tucuruí, empresários e outros.

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Benigna Soares –
Presidente da Abrajet Pará

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