Recebi de um jovem – pelo estilo do e-mail deu para perceber que se trata de um moço – que se prepara na Feapa – Faculdade de Ciências Avançadas do Pará, para o Jornalismo.
O futuro colega, que não se identificou (retorne com as suas qualificações, ok?), me pede uma palavra sobre jornalismo escrito, o que é, e o que pretende, para ilustrar um trabalho que está preparando.
Nem a propósito.
Hoje Ricardo Noblat, um dos gigantes da nossa profissão, inclui em seu blog um texto assinado por Tetê Catalão, publicado na capa do jornal Correio Braziliense de 19 de julho de 1977, que fala de jornal.
Peço licença ao Ricardo e a Tetê para usá-lo como forma de atender o meu amigo. Ele pode aprender muito com vocês, veteranos, a arte de formar idéias e bem informar.
Para que serve um jornal?
Um jornal serve para servir. Servir principalmente a uma cidade. Um jornal se for só papel serve para cobrir o chão quando pintamos a casa ou embrulhar peixe no mercado. Um jornal se for só negócio serve apenas para crescer em lucros, máquinas e construções. Um jornal se for mero símbolo, tradição e história serve para discursos pomposos mas ocos de compromisso com a vida. Um jornal grife funciona só para o marketing ou propaganda de empresa líder de mercados. Mas o que faz um jornal servir é algo além da mercadoria ou da imagem que projeta.
Um jornal não tem senhores, domínios, posses ou posessões. Um jornal serve quando não é escravo até do seu próprio sucesso. Então pra que serve um jornal, mesmo? Um jornal serve para publicar o que se fala, refletir o que se publica, aprofundar o que se opina sobre o publicado e ampliar TODAS as opiniões sobre o dito e o refletido.
Um jornal serve para servir ao seu eixo principal de credibilidade: o leitor. Um jornal serve para ir além da notícia quando busca suas relações, seu contexto, as circunstâncias que geraram o fato e até avaliar suas consequências. Um jornal serve para pensar. E ser pensado por gente livre e não administrado por máquinas servis. Um jornal serve quando desperta atitudes. Quando analisa os atos que sofre mas também é ator nada passivo. Serve quando é veículo dos muitos meios, modos, culturas e linguagens componentes de uma sociedade.
Serve e é estimulante e rico quando abriga e convive as contradições. E só estará vivo em intensa atividade se servir aos que o lêem e o mantenham. Um jornal serve quando não teme. Nem o conflito natural das divergências nem o confronto acintoso de quem tenta intimidá-lo. Serve quando se expõe até a equívocos mas busca avançar quando a prudência confunde-se com o medo. Um jornal serve como serviço público que é a definição mais básica de imprensa como instituição!
Um jornal serve para reagir, para admitir e apontar erros, para estabelecer todas as linhas de diálogos com todas as representações organizadas de uma cidade.
Serve também para o indivíduo que não adquiriu voz partidária, sindical ou até mesmo de classe tal a sua exclusão no convívio social. Um jornal serve também para emocionar, dar prazer, informar por inúmeros suportes do fato além do texto, deleitar, entreter, indignar, comover e demonstrar que vive intensamente o seu tempo e a sua região. Um jornal não é só um amontoado de linhas, textos, fotos e traços, um jornal serve quando se torna fundamental, preciso, precioso, indispensável para o quê na verdade o mantem vivo: sua credibilidade.
Um jornal serve para reconhecer seus talentos e sua vocação maior de comprometimento com o seu serviço primordial: um jornal serve para servir!
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O futuro colega, que não se identificou (retorne com as suas qualificações, ok?), me pede uma palavra sobre jornalismo escrito, o que é, e o que pretende, para ilustrar um trabalho que está preparando.
Nem a propósito.
Hoje Ricardo Noblat, um dos gigantes da nossa profissão, inclui em seu blog um texto assinado por Tetê Catalão, publicado na capa do jornal Correio Braziliense de 19 de julho de 1977, que fala de jornal.
Peço licença ao Ricardo e a Tetê para usá-lo como forma de atender o meu amigo. Ele pode aprender muito com vocês, veteranos, a arte de formar idéias e bem informar.
Para que serve um jornal?
Um jornal serve para servir. Servir principalmente a uma cidade. Um jornal se for só papel serve para cobrir o chão quando pintamos a casa ou embrulhar peixe no mercado. Um jornal se for só negócio serve apenas para crescer em lucros, máquinas e construções. Um jornal se for mero símbolo, tradição e história serve para discursos pomposos mas ocos de compromisso com a vida. Um jornal grife funciona só para o marketing ou propaganda de empresa líder de mercados. Mas o que faz um jornal servir é algo além da mercadoria ou da imagem que projeta.
Um jornal não tem senhores, domínios, posses ou posessões. Um jornal serve quando não é escravo até do seu próprio sucesso. Então pra que serve um jornal, mesmo? Um jornal serve para publicar o que se fala, refletir o que se publica, aprofundar o que se opina sobre o publicado e ampliar TODAS as opiniões sobre o dito e o refletido.
Um jornal serve para servir ao seu eixo principal de credibilidade: o leitor. Um jornal serve para ir além da notícia quando busca suas relações, seu contexto, as circunstâncias que geraram o fato e até avaliar suas consequências. Um jornal serve para pensar. E ser pensado por gente livre e não administrado por máquinas servis. Um jornal serve quando desperta atitudes. Quando analisa os atos que sofre mas também é ator nada passivo. Serve quando é veículo dos muitos meios, modos, culturas e linguagens componentes de uma sociedade.
Serve e é estimulante e rico quando abriga e convive as contradições. E só estará vivo em intensa atividade se servir aos que o lêem e o mantenham. Um jornal serve quando não teme. Nem o conflito natural das divergências nem o confronto acintoso de quem tenta intimidá-lo. Serve quando se expõe até a equívocos mas busca avançar quando a prudência confunde-se com o medo. Um jornal serve como serviço público que é a definição mais básica de imprensa como instituição!
Um jornal serve para reagir, para admitir e apontar erros, para estabelecer todas as linhas de diálogos com todas as representações organizadas de uma cidade.
Serve também para o indivíduo que não adquiriu voz partidária, sindical ou até mesmo de classe tal a sua exclusão no convívio social. Um jornal serve também para emocionar, dar prazer, informar por inúmeros suportes do fato além do texto, deleitar, entreter, indignar, comover e demonstrar que vive intensamente o seu tempo e a sua região. Um jornal não é só um amontoado de linhas, textos, fotos e traços, um jornal serve quando se torna fundamental, preciso, precioso, indispensável para o quê na verdade o mantem vivo: sua credibilidade.
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Tetê Catalão
Um comentário:
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